Bolsonaro foi à festa. Lula ao seu próprio velório.
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Bolsonaro foi à festa. Lula ao seu próprio velório.

Se Lula ainda tinha alguma esperança de sair candidato e ver o reflexo disso nas manifestações a seu favor, está na hora de admitir o que parece o óbvio a qualquer observador mais atento aos detalhes: a desistência.

HS Naddeo
6 min
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Em uma busca no Google por imagens do ato pró Lula nesse primeiro de maio 80% dos resultados remete à maniefstações de anos anteriores, inclusive as que não tem nada a ver com o 1° de maio. O motivo é bem simples, aliás, diria que são dois motivos: a grande imprensa não publicou praticamente nada, se publicasse exatamente como foram atos pró Lula no Brasil inteiro estariam colocando de vez a tampa no caixão; outro motivo é que o fiasco foi tão grande que faltou gente para participar e faltou para quem foi faltou coragem de postar imagens dos fiascos lulistas que se multiplicaram pelo Brasil.

O evento no qual Lula compareceu foi um fiasco de corpo presente, a ponto da organização ter que ficar enchendo linguiça e fazendo o tempo passar para ver se a plateia aumentava na mesma proporção que aumentava o ódio de Lula nos bastidores enquanto sugeria o fracasso e a certeza de que só falaria mesmo para comedores de pão com mortadela e recebedores de cachê de 30 reais. Nada mais triste do que comparecer ao seu próprio velório.

Do lado pró Bolsonaro, porém, deu-se o absolutamente inverso. Ruas, avenidas e praças cheias pelo país inteiro, camisas verde-amarelas, povo sorridente, com espírito patriótico, voluntariamente participando da verdadeira festa da democracia, naquela que as pessoas usam do direito de se expressar livremente, cantam hino nacional, renovam a esperança em um país melhor. Não estão ali pelo pão com mortadela, mas para garantir a liberdade de ganhar o pão nosso de cada dia sem que um bando de ladrões voltem a se apossar do dinheiro dos impostos que ele gera.

Ninguém recebe cachê para ser brasileiro de verdade. O pagamento esperado é a certeza de que um condenado duas vezes por corrupção e lavagem de dinheiro, em duas instâncias, com condenação confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça jamais volte a ter poder nesse país. E a grande imprensa não tem como esconder isso, nem optando por usar imagens antigas se quiser. Todas as manifestações pró Bolsonaro encheram as ruas. Em Brasília, Bolsonaro participou da festa, e nem precisou discursar para ser aclamado pela multidão.

Não é preciso ser inteligente para entender a diferença, nem burro o suficiente para não entender. As pesquisas eleitorais que vêm sendo apresentadas são falaciosas. Se fossem verdadeiras o reflexo teria que, obrigatoriamente, se dar nas ruas. Não é possível que uma pseudo-militancia tão aguerrida e superior nas pesquisas não se manifeste nas manifestações a favor de quem aparece liderando a corrida eleitoral. Digo falaciosa para não ser rude, mas você sabe qual é a palavra correta que as define.

Se Lula ainda tinha alguma esperança de sair candidato e ver o reflexo disso nas manifestações a seu favor, está na hora de admitir o que parece o óbvio a qualquer observador mais atento aos detalhes: a desistência. Penso que não dá para esperar nem pelo STF ou pelo TSE para darem um jeitinho dele se eleger. Não seria meramente fraudar urnas ou resultados, mas fraudar a realidade, que é incontestável. Não há marqueteiro ou togado capaz de transformar um condenado como Lula em herói nacional, até porque, de fato, ele sempre foi vilão, e só tinha audiência enquanto estava no poder porque parte dos brasileiros aprendeu a torcer pelo bandido.

Bolsonaro, ao contrário, foi elevado à condição de herói pelo povo. É recebido por milhares de pessoas em qualquer lugar que vai, manifestações totalmente espontâneas cujo único alerde para acontecerem é as pessoas saberem que ele irá em suas cidades. Não tem carro de som convocando nas ruas, não tem arregimentação de pessoas em troca de pão com mortadela ou cachê de 30 reais, não tem ameaças de sindicatos e patrões chantageando e obrigando a comparecer, as pessoas simplesmente vão, se aglomeram por horas debaixo de sol ou de chuva, apenas para ver Bolsonaro passar a alguma metros de distância. É festa do povo para um presidente que esbanja alegria e otimismo, ao invés do ódio e das ameaças bravateadas por seu pretendo adversário, pretenso porque ali nada passa de pretensão mesmo.

O melhor que Lula fará a si mesmo é encontrar rápido uma saída que o transforme em mártir e, com isso, quem sabe, conseguir transferir os poucos votos que têm para um poste cuja derrota nas urnas impactará menos a esquerda do que se for ele o derrotado, ainda mais se for derrotado em primeiro turno. E se conta com o STF para ajudar em alguma coisa, que essa ajuda venha na forma de uma ação qualquer que invibialize sua candidatura e lhe dê a chance de dizer que não ganhou porque não deixaram ele ganhar. Quem sabe até escrever isso na sua lápide. Uma doença grave também lhe cairia bem como desculpa, tem muito jumento que acreditaria nisso também. Quanto mais tempo demorsr para desistir, pior para ele e para a horda que o segue. Torço mesmo para que seja no último minuto.

O melhor para Bolsonaro é continuar sendo o Bolsonaro que é, mesmo falando umas bobagens de vez em quando. É desse jeito que o povo gosta dele. É para ouvir essas poucas bobagens que o povo vai atrás dele em todo lugar, a pé, de carro, de moto, à cavalo, até de jegue, povo que vê nele sinceridade, que não sente ter sua inteligência subestimada ao ouvir discursos francos, com palavras que entende e respeita, que enxergam nele a verdade em contraste com o oponente que mente 24 horas por dia.

Particularmente, gosto de festa, participar e fazer festa. Já tem gente que gosta de velório, e gosta tanto que organiza e participa do próprio velório sem ter morrido, só pela chance de fazer mais um discurso, contar mais algumas mentiras para as carpideiras profissionais darem o tom do evento com suas lágrimas de crocodilo. Que enterrem o defunto.

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