"não se ganha apenas com os próprios acertos, mas também com o erro do adversário..." "não mostre ao seu adversário que ele está errando, deixe ele errar..."
Quem tem a noção de como funcionam as estratégias no esporte sabe que não se ganha apenas com os próprios acertos, mas também com o erro do adversário. Muitas vezes um adversário mais fraco consegue a vitória no erro do seu oponente mais forte. Mas quando é o mais forte quem impõe a força que tem, ganha pelos seus acertos e por saber induzir e explorar a fragilidade e os erros de seu oponente. Um bom exemplo é o tênis, no qual a maioria dos jogadores conhecem as virtudes e defeitos de seus principais oponentes e os exploram em cada centímetro da quadra, não se atendo apenas à técnica, mas também ao fator psicólogico como forma de induzir o outro ao erro. | ||
No livro Sun Tzu, A Arte da Guerra, há um trecho que diz mais ou menos assim: não mostre ao seu adversário que ele está errando, deixe ele errar. Se não é isso literalmente que está escrito, essa é a síntese da ideia. | ||
Tentaram tirar Bolsonaro do jogo antes mesmo do jogo começar. Foi como se um tenista desse uma facada no seu oponente imaginando que ganharia o jogo por WO (quando o adversário não aparece pra jogar). Não deu certo. Milagrosamente lá estava ele no jogo na hora de ser jogado. | ||
Então, desde o dia 1° de janeiro de 2019, os adversários tentam fazer Bolsonaro errar. Forçaram jogadas, reclamaram, tentaram parar o jogo, compraram o juíz e forçaram um tie break interminável imaginando que o juiz e o cansaço de Bolsonaro seriam suficientes pra encerrar a partida com um erro fatal dele. E isso não aconteceu nem mesmo aliciando os juízes de linha que ficam vendo bola fora das quatro linhas quando na verdade a bola nunca saiu um milimetro da quadra. Não adiantou nem a imprensa mostrar replays editados para convencer os espectadores de que Bolsonaro errou. | ||
E apesar do oponente, do juiz central, dos juízes de linha e dos replays e comentários da imprensa, quando menos se esperava Bolsonaro respirou fundo, jogou a bola pro alto e sacou. E o que estamos vivendo agora é a viagem da bola cheia de efeito até a quadra adversária e a maneira como o adversário vai responder ao saque; e se vai conseguir mandar a bola de volta no chão da quadra do lado de Bolsonaro. O saque foi forte, fartamente treinado, com o tipo de efeito calculado levando em consideração as deficiências de um adversário visivelmente sem fôlego e sem repertório de jogadas e respostas de saque. Mais do que isso, Bolsonaro, com todo o público presente a seu favor, jogou todo o peso psicológico nos ombros do adversário e dos juízes, que estão sob o olhar meticuloso dos torcedores. | ||
O jogo está sendo jogado. Foi estudado, preparado, tem estratégias e táticas para as diversas possibilidades de resposta. Até eu ia querer seu impedimento se não tivesse a mais absoluta certeza de que Bolsonaro tem o apoio e a retaguarda de quem faz parte do seu time. E mesmo que isso não signifique certeza de vitória, existe aí a certeza de que eles sabem o que estão fazendo, porque estão fazendo e o que querem alcançar com a estratégia adotada. Ele deixou seu adversário errar o suficiente para saber como e quando explorar esses erros ao limite. | ||
A bola já está na direção do chão da quadra adversária. O tempo para reconhecer a força e o efeito aplicados na bola, o lado para onde ela vai correr e como responder é problema do adversário. Bolsonaro aguarda o lance já sabendo que possibilidades o adversário tem para rebater, afinal foi ele que impôs a força e aplicou o efeito de acordo explorando as fraquezas já conhecidas do seu contendor. | ||
Meu conselho aos amigos é que não se desesperem. Quem tem que estar desesperado agora é o oponente. Cabe a ele, com 100% da plateia de um olho e disposta a invadir a quadra, ter competência para rebater, com eficiência, ou não, a bola quando cair no chão. Cabe a nós aguardar o desfecho da jogada, porque dessa vez o jogo acaba. | ||
Deixo como referência artigo que escrevi recentemente sob o título "Chegou a hora de alguém perder." Nesse artigo eu já falava da brevidade e inevitabilidade desse momento. | ||
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