Ciroliro continuará falando mal de Lularapio sem explicar para a plateia como conseguiu ser ministro dele durante 4 anos, em plena vigência de mensalões e petrolões.
Ciroliro fala mal de Lularapio. A claque dá risada, bate palmas. Mas Lularapio não tem coragem de falar mal de Ciroliro, não teria quem desse risada ou batesse palmas, nem mesmo na restritíssima claque que abana o rabo para qualquer coisa que ele fala. | ||
Lularapio tem medo de Ciroliro, não de perder uma eleição para ele, mas de não torná-lo um inimigo que venha a negar-lhe a mão se ele vier a precisar. Perder, numa eleição honesta, Lularapio perde de qualquer um. Já Ciroliro não ganha de ninguém, mesmo que vá ao segundo turno. | ||
Esses dois personagens representam bem a decadência da política brasileira. Basta lembrar que ambos foram candidatos à presidência em 1989, ou seja, 32 anos atrás. E de lá para cá se revezaram no papel de amigos e inimigos entretendo claques à base de pão com mortadela. Lularapio chegou lá em sua quarta tentativa. Ciroliro tentará a quarta, mas não vai levar. | ||
A palhaçada da vez é forjarem uma briga pela presidência, fingindo ignorar a existência de Jair Bolsonaro como candidato, e candidato favorito. Tratam de um segundo turno entre eles como se as evidências de que Bolsonaro é franco favorito para a eleições não existissem. Ou será que contam com essa hipótese via outro caminho? | ||
Está mais do que claro e evidente que a CPI da falta de vergonha relatada por Renan Calheiros tem como objetivo arrancar Bolsonaro do Planalto o mais rápido possível, ou, no mínimo, arranhar sua imagem o mais fundo possível para tirá-lo do páreo. Mas não vai funcionar. | ||
Ciroliro e Lularapio negam o mais óbvio: a realidade. Todo mundo já conhece os esquetes trapalhões de ambos e ninguém mais acha graça. E se não receberem uma ajuda desonesta de quem cuida das eleições, ou uma ajuda ainda mais desonesta de quem, em tese, poderia tirar Bolsonaro da presidência, mesmo que um deles chegar ao segundo turno, não ganha a eleição. Nenhum dos dois tem credibilidade para receber o apoio necessário para ganhar uma eleição presidencial. | ||
Infelizmente, no entanto, teremos que conviver com as palhaçadas dessa dupla até a hora de verdade, quando a inviabilidade de ambas as candidaturas se derem por falta de votos, apesar do Datafolha e da mídia que insistirão em ambos como salvação nacional. | ||
Ter Ciroliro e Lularapio como pretensos candidatos mostra como o Brasil não evoluiu desde a redemocratização em 1985. Desde então os candidatos à presidência são os mesmos, os políticos proeminentes no congresso e nos estados também são os mesmos. | ||
Isso, por si só, seria suficiente também para explicar o fenômeno Jair Bolsonaro, que não apenas apareceu como novidade como também faz um governo diferente de tudo o que já se fez nesse país desde que os militares entregaram o poder aos civis. E o povo acordou e não quer mais pão e circo, muito menos palhaços que há décadas repetem os mesmos números circenses que trouxeram o Brasil ao caos em que se encontra. | ||
Ciroliro continuará falando mal de Lularapio sem explicar para a plateia como conseguiu ser ministro dele durante 4 anos, em plena vigência de mensalões e petrolões. Também não vai explicar a defesa indefensável que fez de Lularapio quando este foi preso, e mesmo da cadeia puxou o tapete de Ciroliro preferindo apoiar um poste inelegível ao invés de juntar forças para encarar Bolsonaro. | ||
O Brasil deixou de ser picadeiro, especialmente para palhaços de um circo mambembe, com lona remendada, cheio de goteiras, que, há tempos, não fazem mais ninguém rir. Não há mais elefantes, malabaristas, mulheres barbadas, cachorros pulando arcos e ursos andando de bicicleta. Só mesmo Ciroliro e Lularapio, dois palhaços cujas carreiras se encerram de vez em 2022. | ||
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