Ontem prenderem mais um jornalista, respeitado, de carreira, Wellington Macedo, reduzido a blogueiro por um juizeco sem carreira que sonha em ser respeitado como juiz.
Estar certo de alguma coisa não significa que a coisa vá dar certo. Prognósticos festeiros não nos levam a um plano B realista. E precisamos ter um. Talvez até um plano C. Não estamos lidando com um inimigo sério, desprovido de poder, e muito menos honesta. | ||
O 7 de setembro de 2021 está sendo esperado como um marco divisor da história brasileira. E tem que ser. E espero que seja a favor da direita, do conservadorismo, do Brasil e não de ideologias comunizantes que se apresentam com avisos de censura à imprensa, à internet, à liberdade de expressão. E quem aceita essas premissas, aceita qualquer coisa. Esse é o perigo. | ||
Haverá algum tipo de intervenção federal? Alguma intervenção militar? A intervenção popular, simbolizada por essa manifestação, será usada como? Em qual circunstância? Por quem? | ||
Ter fé não é suficiente para eliminar a hipótese de que não aconteça nada, ou que aconteça ao contrário, com as instituições reagindo e acelerando o autoritarismo das leis ignoradas e da justiça ignorante. Ontem prenderem mais um jornalista, respeitado, de carreira, Wellington Macedo, reduzido a blogueiro por um juizeco sem carreira que sonha em ser respeitado como juiz. Seu crime? Ah! O juizeco não gosta das coisas que ele fala, especialmente porque as pessoas gostam de quem fala a verdade nesses tempos em que as versões tem ganhado mais força que os fatos. | ||
Se nada der certo para o nosso lado, muitos dos que ousam informar ou opinar sobre notícias e fatos envolvendo a realidade, podem ter o mesmo destino que Wellington Macedo. E caso a coisa vire, quem não quiser correr esse risco que tenha um plano B partindo de algum aeroporto ou porto. Não sugiro estradas porque das que nos levam para fora do Brasil, quase todas desembocam em países nos quais o regime do qual estaríamos fugindo já é dominante. | ||
Para os que entendem que sair do Brasil não é uma opção, ainda que por falta de opção, será necessário um gigantesco grau de resiliência e conformismo. Enquadrar-se em novas regras, conviver com falta de liberdades quando se tratar de você e todas as liberdades quando for contra você. Nada de tribunas livres na internet, nada de propriedade privada. "Tá indo aonde", "por que?", "encontrar com quem?" farão parte do cotidiano, assim como a doutrinação em massa e a lavagem cerebral nas escolas para as quais mandaremos meninos e meninas biológicamente formados e que por influência de professores poderão voltar para casa dizendo são o oposto. | ||
Nada de acúmulo de capital, ter diversas propriedades, trabalhar no que quiser, ou em algum lugar que não seja controlado pelo governo, ser promovido por mérito, viajar para onde bem entender na hora que entender, criar os filhos como quiser e, principalmente, nada de reclamar quando essas coisas te incomodarem. Provavelmente nem votar você poderá mais. E se puder, será nós candidatos que o partido escolher, não cabe oposição nesse tipo de governo. De espécie alguma. | ||
O Brasil se tornará uma falida república aos moldes bolivarianos, com um judiciário (já) bolivariano e um legislativo tomado por representantes do pensamento que te proibi de pensar. Nossos recursos naturais serão globalizado e só quem ganhará com isso serão os dirigentes que se renovarão em conluio no comando do país e do povo. E nem falei dos muitos que hoje dão as caras em nome da direita e do conservadorismo que, se não escaparem, não passarão muito tempo longe de prisões ou paredões, ou apenas desaparecerão de cena sem que a gente venha a saber ou poder perguntar o porquê. | ||
Chocante? Exagerado? Pessimista? Realista? Em Cuba é assim. Na Venezuela é assim. Na Nicarágua, na China, na Coréia do Norte, nas ditaduras africanas, no Irã, no Afeganistão, em processo na Argentina, na Bolivia, no Peru, no Chile. E sabe porque? | ||
Cubanos, venezuelanos, nicaraguenses, chineses, coreanos do norte, africanos, iranianos, afegãos, argentinos, bolivianos, peruanos e chilenos acreditaram nas promessas da esquerda mundial, ou vacilaram na defesa de suas liberdades quando puderam, e se viram forçados a aceitar o que essa esquerda impôs a eles através da violência e do medo. Nem citei a antiga URSS que se aproveitou da tragédia da segunda guerra para escravizar o leste europeu - que saiu das garras do nazismo para cair na armadilha do comunismo. | ||
Não pense que o destino do Brasil será diferente. Se não reagirmos à altura da ameaça que nosso país, nossa nação, nosso povo está sofrendo, o único plano viável para viver no Brasil será a sobrevivência. | ||
Eu não estou apostando que vai dar errado. Nem contando com a hipótese. Minha retórica toda é para que nenhum de nós se esqueça o tamanho do risco que corremos. | ||
Em 7 de setembro de 1822 o povo não brigou por sua independência. Não houve manifestações, não tinha gente insatisfeita com o judiciário ou com deputados. Não havia sequer um verdadeiro inimigo, Portugal sentia-se dono do Brasil e não inimigo. O grito da independência foi de fato um brado retumbante, mas de afirmação, para que o mundo a partir dali soubesse que o Brasil era uma nação independente. | ||
Essa realidade faz do 7 de setembro de 2021 a comemoração mais importante dessa data, ouso dizer que até mais importante do que dói em 1822. Dessa vez a declaração de independência será dada pelo povo, para o povo e em nome do povo. Vai mostrar que nenhum autoridade é maior que a autoridade do povo. Temos inimigos e eles não são apenas externos. Nosso maior inimigo é interno, ocupa o judiciário e o legislativo, e tem como objetivo fazer exatamente o contrário só que fez Dom Pedro I, e fazer do Brasil uma colônia chinesa. Nosso brado será mais do que retumbante, e terá que fazer ecoar nossa soberania como povo e como nação, aqui dentro e lá fora. | ||
São 199 anos de independência e liberdade que precisam necessariamente ser ratificadas pelo povo. A hora é agora. Mesmo não sabendo quai instrumentos, leis ou ações poderão ser utilizadas para isso, a única certeza da vitória é a certeza da participação. Se omitir desse momento, por medo ou proteção, não vai salvar a vida de ninguém. Se a canoa virar vai todo mundo para a água, inclusive que tá usando boia. | ||
Eu não sou pessimista, não estou pessimista, e o que tentei fazer através desse texto foi mostrar, relembrar os riscos que corremos caso as coisas não aconteçam como esperamos, o que só será possível se não nos mantivermos firmes e sem medo de fazer do Brasil o país que a maioria quer, reafirmando nossa independência e nossa vocação de país livre e democrático. | ||
Gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso, se o teu futuro espelha essa grandeza, terra adorada. Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil. | ||
Brava gente brasileira, longe vá, temor servil, ou ficar à pátria livre, ou morrer pelo Brasil. | ||
Sim. Podemos impedir. | ||
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