...além da própria proclamação da república, em nenhum outro momento do nosso passado republicano a percepção de que se tratava de uma eleição que, realmente, definiria o futuro esteve tão presente...
Está chegando a hora de sabermos o resultado da disputa para a presidência da república mais esperado da história do nosso país. Nenhuma eleição presidencial anterior teve tanto envolvimento do povo, tanto acirramento político, nem tantos absurdos como esta. Penso que além da própria proclamação da república, em nenhum outro momento do nosso passado republicano a percepção de que se tratava de uma eleição que, realmente, definiria o futuro esteve tão presente. Nunca antes um ex-presidente, que é também ex-presidiário por 2 condenações em 3 instâncias da justiça (além de outros tantos processos da mesma natureza), por corrupção e lavagem de dinheiro durante seus governos, foi livrado da cadeia pela mais alta corte judiciária do país para concorrer a uma eleição. Nem, tampouco, um presidente da república em exercício foi tão atacado pela imprensa de maneira tão sórdida. Ademais, não encontramos nos anais da república tamanha prática de ativismo judicial deliberado, promovendo tantas interferências nos outros poderes e nos destinos da nação. | ||
Esta eleição não define apenas os mais importantes cargos da nação que são escolhidos pelo voto, mas também o rumo que deverão tomar ocupantes de cargos que nunca receberam um voto sequer e que, "montados" em suas canetas, implantaram uma ditadura de toga que suplantou a Constituição Federal, a organização do sistema judiciário brasileiro e todo o ordenamento jurídico vigente. Foi tudo reduzido a pó, letra morta. Desde a posse de Jair Bolsonaro nosso judiciário executa, legisla, se vitima, denuncia, investiga, julga e sentencia, tornando-se um supra poder, subvertendo todos os fundamentos de república e democracia que conhecemos e que as definem como tal. Não estamos vivendo sob o regime de leis, mas sob o regime de ordens ilegais e inconstitucionais - que têm sido ilegalmente e inconstitucionalmente seguidas por órgãos de estado que têm por obrigação funcional não cumpri-las, como são os casos da Polícia Federal, primeira e segunda instâncias, Superior Tribunal de Justiça, sistema penitenciário, Ministério Público Federal. | ||
Sem cerimônia o Tribunal Superior Eleitoral foi transformado em uma trincheira de batalha cujas prerrogativas vêm servindo aos interesses de ministros que querem mudar as leis e a sociedade pela força da toga. Tal comportamento não chega a ser exatamente uma novidade, mas, até então, era exercido com mais comedimento e desfaçatez. Porém, a partir do momento que Luis Roberto Barroso assumiu o comando da Justiça Eleitoral, o ativismo se aliou à vaidade e ambos se puseram a trabalhar contra o presidente da república e os interesses da população. Em seguida assumiu Edson Fachin, ex-advogado dos movimentos Sem Terra, entusiasta declarado do PT e de Dilma Rousseff, autor da canetada que anulou os processos de Lula e, assim, permitiu que ele pudesse ser candidato. E agora sob o comando de Alexandre de Moraes (que, enquanto vice de Fachin, já colocava a cara na vitrine),que antes de ser indicado para o STF havia sido ministro da justiça de Temer, Secretário de Segurança Pública de São Paulo e advogado para uma empresa de transporte ligada ao PCC. | ||
Desde então o TSE não cuida mais apenas de eleições. Passou a ser usado, também, para fazer política partidária contra Jair Bolsonaro, transformado em "ferramenta" de interferência e coação de políticos e cidadãos comuns declaradamente conservadores, de direita, e, principalmente, apoiadores do presidente da república. Impediu que youtubers e jornalistas pudessem ganhar dinheiro com a produção de seus conteúdos, cassou mandatos e candidaturas por crime de opinião, ameaçou e ameaça eleitores e políticos até no dia da eleição, usurpa de suas funções constitucionais até para a prática de censura em redes sociais, jornais, revistas, TV, rádio, exigindo a retirada ou censura de conteúdos ou trechos dos mesmos. Não são tapas na cara da sociedade. Dessa vez os tapas foram nas caras dos ministros que comandam a justiça eleitoral, transmitidos ao vivo e a cores para todo o país, não viu quem não quis. | ||
O objetivo aparente é levar da cadeia para a cadeira de presidente da república, mas é bem mais profundo do que isso. Envolve a implantação de uma agenda (contrária a vontade do povo e longe de ser unânime entre os próprios políticos) que só interessa a um espectro ideológico e a um sistema obscuro de poder que roubou o Brasil durante 34 anos e quer desesperadamente voltar a comandar o país, a despeito do querem os eleitores. São interesses muitíssimo maiores de personagens e organizações que a maioria da população jamais ouviu falar e nem faz ideia de que elas existam. Gente que há décadas financia a formação de advogados, ONGs, patrocina bons estudantes para passar em concursos para a magistratura, ministério público, magistério, serviço social, além de bancar campanhas políticas de vereadores a presidentes da república. | ||
A fragilidade da democracia brasileira não é decorrente de Jair Bolsonaro, que nada tem a ver com isso, muito pelo contrário. Nossa democracia foi propositalmente fragilizada para que o presidente pudesse ser atacado e desumanizado, um subterfúgio que vem servindo de escudo para a prática do ativismo judicial, tentando fazer que ele se pareça com um remédio, quando na verdade é ele o veneno. E se neste momento eles pouco se importam com cidadãos/eleitores/contribuintes não é difícil imaginar o que será do Brasil caso o intento que há por trás disso tudo saia vencedor. O voto do eleitor, hoje, representa muito mais do que a escolha por um presidente. É uma sobre dar um passo gigantesco para o futuro ou um drástico tombo para o passado que arruinou a vida de milhões de brasileiros durante mais de 30 anos. | ||
Nossa luta é contra um poder da república que já mostrou que tem lado, que não é o do Brasil ou do povo brasileiro. É transparente a preferência manifesta por um candidato que foi tirado da cadeia para cumprir um propósito. É contra um presidente da república que se tornou uma pedra no sapato do sistema que insiste em não morrer, e que se mostra disposto a qualquer coisa para não perder. Jair Bolsonaro é a vítima da vez, como seria qualquer outro presidente, independente de nome ou partido, que não representasse e facilitasse os caminhos da bandidagem que quer porque quer perverter os valores da nossa sociedade para transformar o Brasil em uma nova Venezuela, para implantar por aqui o que sofrem o povo cubano desde 1959. | ||
Não é no sistema eleitoral que não confiamos, muito menos nas urnas eletrônicas. É nas pessoas que estão no comando do processo e que, sabemos, não agem apenas por vontade própria, mas que obedecem a uma estrutura de poder muito mais abrangente do que nossas imaginações podem alcançar sem se alimentar de informações e verdades que a educação escolar, do ensino fundamental às universidades, junto com uma imprensa militante, foram cuidando de sonegar ao povo brasileiro. Por causa destes agentes do mal não confiamos mais nas nossas leis, na legitimidade da justiça para defender nossos direitos fundamentais. Perdemos a fé na única coisa que deveria ser sagrada na proteção da nossa cidadania. | ||
Dentro de menos de 12 horas estaremos diante da verdade ou da mentira. Nos certificaremos do quanto nos enganamos ou fomos enganados durante este difícil ano de 2022, e, de modo geral, desde que Bolsonaro se tornou presidente do Brasil. Saberemos quem disse a verdade e quem mentiu, qual destas vertentes prevaleceu na cabeça dos eleitores. E precisamos estar preparados para tudo, especialmente para um amanhã que poderá ser um alento ou amargo prenúncio do que serão as próximas décadas da nossa nação. Tudo pode se resolver hoje a favor de um dos lados, ou empurrado por mais 28 dias para um segundo turno onde a mentira tentará prevalecer de todas as maneiras, como vem fazendo diariamente através do uso indevido de instrumentos que deveriam, obrigatoriamente, garantir nossa tranquilidade ao invés de fomentar a desconfiança e a discórdia entre os cidadãos. | ||
Que Deus proteja o Brasil e os brasileiros. | ||
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