Eu errei, Lula foi até o fim. Espero não ter errado apenas nisso.
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Eu errei, Lula foi até o fim. Espero não ter errado apenas nisso.

Só é possível encontrar lógica na presença de Lula nas urnas se buscarmos motivos para isso em outras explicações

HS Naddeo
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Mas, em pouco mais de 24 horas, todos saberemos

Durante mais de um ano sustentei o palpite de que Lula desistiria da candidatura, por motivos que, a mim, sempre pareceram óbvios: uma candidatura inescrupulosa, fadada ao fracasso, cuja derrota não apenas feriria de morte o ego do petista como também a esquerda como um todo, uma vez que, mesmo ex-presidiário, permaneceu o ícone da esquerda que se subdivide em partidos de aluguel para roubar os cofres públicos, mas, que, todos sabemos, na hora H se alinham a ele.

Que ninguém pense que com o PDT de Ciro Gomes e com o MDB de Simone Tebet. Ciro pode não apoiar Lula num segundo turno, mas Carlos Lupi, presidente e dono do partido, fisiologista e oportunista como é, já deve, inclusive, ter acertado este apoio em troca de algum possível ministério, pois dentro do partido a pressão por apoio ao candidato petista é forte e já pressionava o próprio candidato pedetista a desistir de sua candidatura. Já Simone Tebet é provável que apoie Lula, a despeito da denúncia feita pela sua vice de que ele é o mandante do assassinato de Celso Daniel. Tebet também era pressionada pelo partido a desistir em favor de Lula. E, diferentemente de Ciro Gomes, que é um personagem político que sobrevive sem cargo público, Simone, sem uma boquinha, deve amargar um ostracismo até a próxima eleição.

Honestamente, não sei o que pensar ao certo a respeito da permanência de Lula, e entre as coisas que penso, ou não fazem sentido, ou me enveredam por um caminho absolutamente nada republicano. Pensando apenas no candidato, não faz o menor sentido que ele tenha encarado todo o desgaste que sofreu até agora apenas para cometer suicídio político em nome do seu ego ou de servir de alavanca para candidaturas a governos estaduais, Senado Federal, assembleias legislativas e Câmara dos Deputados, porque isso não se traduziu em realidade. Poucos, mas muito poucos mesmo, são os candidatos apoiados por Lula que aparecem no cenário eleitoral impulsionados pela presença dele. Aliás, podemos dizer que é o contrário, a ponto de postes como Fernando Haddad pouco terem citado o nome de Lula em suas campanhas ou usufruído da presença dele em seus palanques. Portanto, para mim, esse raciocínio não encontra respaldo em nenhuma lógica que sustentasse essa caminhada para o abismo.

Só é possível encontrar lógica na presença de Lula nas urnas se buscarmos motivos para isso em outras explicações que não tem necessariamente a ver com ele, como, por exemplo, a defesa do establishment corrupto que só pode ser encarnada por um corrupto que não tem o menor senso de ética, moral e a quem falta vergonha na cada, sendo capaz de mentir escandalosamente, repetidamente, sem ficar vermelho por um mísero segundo - pelo menos até ter dado de cara com o Padre Kelmon no debate de Globo, que teve a coragem de dizer na cara e com todas as letras o que nem Bolsonaro tinha feito até então. É nesse entendimento, e apenas nele, que consigo encontrar razões para que Lula tenha sido uma ferida exposta nas eleições deste ano, e que me leva a pensar que o sistema estaria disposto a tudo para elegê-lo, tendo usado a força da justiça com extrema injustiça para prejudicar seus adversários, com ênfase em Jair Bolsonaro e qualquer um que o apoie.

É baseado no comportamento da imprensa dependente de dinheiro público que podemos tentar entender a necessidade de vender a imagem de um ladrão para candidato a presidente da república como se ele fosse o salvador da pátria e não o que realmente é. É dentro deste pensamento que podemos pensar em compreender que pesquisas eleitorais tenham tido resultados encomendados a fim de projetar na população a imagem de que Lula é o que o povo quer, mesmo que o contraste com a realidade do apoio explícito a Bolsonaro nas ruas, na boca do povo, demonstre exatamente o contrário do que estas pesquisas apontam. É concluindo que bancos, banqueiros e empresários acostumados ao lucro fácil, garantido por propinas, que podemos deixar de ser ingênuos e entender o porquê de muitos deles sustentarem apoio a um candidato que eles sabem muito bem do que é capaz.

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Mas, existe ainda razão maior, que talvez seja a verdadeira explicação para que Lula, neste dia 2 de outubro, seja uma opção de voto para os eleitores, uma explicação que vive nas sombras, que de fato é quem comanda os poderes da república há algumas décadas, e ao qual Jair Bolsonaro teve a coragem de enfrentar. Esta explicação tem nome, Crime Organizado, cujos tentáculos estão espalhados nas Câmaras Municipais, Prefeituras, Assembleias Legislativas, Governos Estaduais, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, e que precisa, sob pena de ser destruído, reconquistar a Presidência da República, poder no qual mandou desde a redemocratização do Brasil em 1985. E é pela necessidade do controle total dos poderes da república que um ladrão foi tirado da cadeia para ser candidato a presidência, motivo que me leva a pensar que estão dispostos a tudo, e tem fartamente demonstrado estarem dispostos a afrontar e confrontar qualquer um que se poste diante deste objetivo.

Não existe VAR no sistema eleitoral

Até o futebol se rendeu à tecnologia para garantir que as decisões dos árbitros e bandeirinhas sejam justas. Todos os esportes se renderam a mecanismos tecnológicos que garante justiça aos competidores e satisfação aos torcedores aferindo milímetros ou milésimos de segundos que garantem que uma decisão seja justa e eliminem qualquer indício ou suspeita de favorecimento a qualquer um dos lados. E devemos lembrar que decisões injustas no esporte se traduzam, no máximo, em frustração, sem que interfiram na qualidade de vida, no cotidiano ou no futuro de um grupo de torcedores ou de uma nação, e nem mesmo no futuro dos atletas que competem.

Já uma eleição interfere no destino de um povo, altera os destinos econômicos e sociais de um país, afeta diretamente a vida de milhões de pessoas, suas liberdades, suas expectativas, suas oportunidades, o que torna inconcebível que um grupo de pessoas que não foi eleita por ninguém decida sozinho o que é certo ou o que é errado, vetando por diversos meios, lícitos e ilícitos, republicanos e não republicanos, morais e imorais, a possibilidade de que a certeza de que um voto depositado em uma urna eletrônica corresponda exatamente ao que o eleitor decidiu na hora em que votou.

A recusa da justiça eleitoral, assim como a campanha de difamação e criminalização contra qualquer um que tenha levantado dúvidas sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro é um indício grave de que algo certo está errado e que precisa, a qualquer custo, se manter errado. A situação fica mais grave ainda quando, nesta eleição, exatamente nesta, existe um inequívoco apoio popular ao candidato que é exatamente quem exige que a eleição seja limpa e absolutamente transparente, tendo lutado pela implantação de mais um mecanismo que pudesse garantir a possibilidade de aferir os resultados eletrônicos através de uma cédula de papel, que seria intocável pelo eleitor, que poderia ser aferida em caso de dúvida.

Mais grave ainda é que, através de seus, pudemos perceber que além de ser contra o candidato com maior apoio popular, esta justiça eleitoral é claramente favorável ao candidato que representa tudo o que há de errado no país e que foi o responsável pelo maior esquema de corrupção já implantado no Brasil, tendo sido julgado e condenado por estes mesmos membros da justiça que, num dado momento, deram um cavalo de pau em suas decisões anteriores e o libertaram para poder ser candidato a presidência. Além disso, o início dessa reversão ocorreu a partir do momento em que Alexandre de Moraes, que já advogou para a maior facção criminosa do país, se transformou em ministro do STF, dando início à mudança de votos e interpretações de outros ministros da casa que até então defendiam e endossavam os processos que culminaram com a prisão de Lula, cujo partido, não por coincidência, é acusado de ter relações com a mesma facção criminosa que Moraes defendeu enquanto era advogado.

É por estas e outras razões que minha tranquilidade pessoal, ou que minha intranquilidade e grande receio pelo futuro do Brasil, só acontecerá após o encerramento e apuração dos votos. Até lá podem me chamar de alarmista, sensacionalista ou qualquer adjetivo que me caracterize como louco ou teórico da conspiração, mas, de fato, acredito em qualquer possibilidade que tente alterar o resultado eleitoral prejudicando Jair Bolsonaro e favorecendo Lula, pois como já disse nos artigos "O problema não é a justiça. É quem cuida dela" e "No TSE eu confio. Não confio é em quem manda nele.", o problema não está nas máquinas, mas em quem as programa.

Espero, de coração, não ter errado apenas em ter me mantido convicto de que Lula iria desistir de sua candidatura, mas, também, em todas as hipóteses que fizeram com que ele tenha levado esta candidatura às últimas consequências e que o resultado eleitoral ratifique o que vemos nas ruas e nas conversas com as pessoas, apontando Jair Bolsonaro, de maneira limpa e indubitável, se eleja no primeiro turno ou que, no máximo, a diferença que pode levar esta eleição para um segundo turno o coloque numericamente à frente de seu oponente por uma margem condizente com a realidade.

Existe um verdadeiro circo nacional e internacional armado pela justiça eleitoral para fazer com que todos acreditem nos resultados quando forem divulgados amanhã. Este circo envolve a imprensa nacional e internacional, a presença de observadores internacionais, a presença de ministros do STF e do presidente do Senado Federal dentro do TSE durante a apuração, ministros do STF e do STJ de plantão, a exigência feita pelo ministro Fachin e corroborada por publicações como a revista The Economist, pelo Jornal britânico The Guardian, por políticos como o senador democrata americano Bernie Sanders, para que o reconhecimento internacional do resultado da eleição presidencial brasileira se dê imediatamente após a divulgação pelo TSE. E não consigo acreditar que isso seja de graça.

Quanto a nós, brasileiros, sugiro que estejamos preparados para tudo, e que uma vez na vida saibamos fazer o que é certo, caso os indícios de irregularidades sejam gritantes, ao invés de irmos apenas para as redes sociais perguntar "Até quando".

Que Deus proteja o Brasil!


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