Ódio, Cuba, Doria, hacker, voto auditável e mazelas da semana

A semana começou com o presidente hospitalizado por problemas no intestino, mas quem terminou na merda foi a esquerda. E não foi só no Brasil.

Ódio a Bolsonaro

Eu já passei da idade de nutrir ódio pelas pessoas que não gosto ou não aprecio. Nem mesmo em relação às pessoas que me fizeram mal. Só quem odeia sofre. O odiado, como bem disse Bolsonaro em outro contexto, caga para quem o odeia.

Arrisco dizer que a maioria dos que odeiam Bolsonaro não têm um motivo consistente para isso. Fazem parte de um grupo que odeia porque a categoria odeia. É mais importante adorar um ladrão do que tolerar um honesto porque ele é tosco. Ignoraram o genocídio de mais de uma década de homicídios na casa dos 60 mil por ano e das centenas de milhares de vidas ceifadas por falta de assistência médica, por falta de água tratada, por falta de esgoto canalizado, por falta de estradas seguras, por falta de água até mesmo se fosse suja, gente que não tem esgoto a céu aberto porque praticamente não tem como gerar sujeira para que possa existir esgoto no local.

As manifestações de ódio contra Bolsonaro essa semana ultrapassaram todos os limites de civilidade, porque revelam do que milhares de alucinados são capazes de fazer em defesa de um grupo de comprovados ladrões que apoiam ditadores e comprovados genocidas que matam suas populações de fome, de falta de assistência médica e à bala, literalmente.

Já deu. Essa parte da história precisa começar a ter um fim.

Quem não sabe que todo cubano é prisioneiro do seu país não sabe nada sobre democracia

O que está acontecendo em Cuba nós sabemos. E teria acontecido antes se o Brasil não tivesse financiado o regime cubano com o dinheiro dado por Lula e Dilma através de obras propineiras e do famigerado Mais Médicos. Dado mesmo. E eis aí o desespero e a necessidade extrema de Lula e sua gangue. A possibilidade de queda do regime cubano é também a possibilidade da revelação de muita coisa e da perda de muito dinheiro de gente da esquerda que está guardado naquele país. Se a ditadura cair Cuba será um cofre arrombado.

Penso que é cedo para cravar uma aposta no que vai acontecer em Cuba. Existem muitas informações incompletas para poder entender que caminho a coisa está tomando. A China estaria enviando armas e até soldados para Cuba, muitos agentes cubanos que estavam na Venezuela (aquelas milícias de moto) teriam voltado para Havana, familiares de dirigentes cubanos já teriam se refugiado na Espanha... A sensação que tenho é que existe uma enorme disposição do povo de dar um fim à ditadura. Só o tempo dirá se essa disposição será na mesma intensidade que a disposição de Fidel quando derrubou Fulgêncio Batista em 1959.

Não queria falar de Doria, mas serei breve.

Se Bolsonaro pular do alto do Terraço Itália, em São Paulo, Doria vai à Nova York pular do Empire State.

É inveja ou paixão. Já deixou de ser política.

Finalmente um hacker preso de língua solta.

Segundo o ministro Luis Roberro Barroso, Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker que invadiu o TSE na eleição passada, está mentindo. E se está mesmo mentindo, gostaríamos de entender porque ele está preso.

Marcos Roberto não precisa apresentar provas do que ele disse. Sua prisão é a prova.

O rabo preso por ter rabo solto está custando muito caro à democracia do Brasil. Mas, muito mais do que isso, está custando muito caro para a manutenção da estabilidade social do país.

E isso nos leva à importância crucial do voto auditável com contagem pública de votos

A manobra que impediu que a PEC do voto auditável fosse enterrada na última sessão da comissão da Câmara dos Deputados, foi brilhante. Zé Dirceu deve ter sentido inveja.

A trapaça me lembrou do gol de cabeça de Zico contra a Suécia em 1978 que foi anulado no último minuto porque, segundo o juiz ele teria apitado antes que a bola entrasse no gol. Foi isso que o deputado Paulo Martins fez. Encerrou a sessão e desligou o equipamento quando a bola estava prestes a cruzar a linha do gol.

Se a busca por transparência e confiabilidade era o motivo principal para termos votos auditáveis - o que só pode acontecer se houver a impressão em papel para a conferência, e que não terá o contato humano - o ativismo de ministros do STF, mesmo que em nome do TSE, na indefensável defesa do sistema atual tornam a mudança ainda mais imperativa, porque aí já se trata de desconfiança mesmo.

Desconfiar do sistema já é menos importante do que desconfiar de quem o controla. O sistema faz o que o programarem para fazer. E quem determina o que será programado é quem manda no sistema. E a gente sabe quem está mandando. A insistência em criar a imagem de que o sistema eleitoral é inviolável e infalível revela muito mais do que uma auditoria nas atuais urnas eletrônicas de, ainda, primeira geração, do tempo dos celulares tijolões, é capaz de revelar.

Lula quer ser presidente. Não há outro caminho para isso que não seja através do atual sistema de urnas eletrônicas não auditáveis.

CPI de propineiro contra motoqueiro

O comportamento dos membros da CPI de Renan Calheiros e Omar Aziz faz o comportamento dos 11 ministros do STF parecer sério. Cenas dignas de Didi Mocó e Dedé Santana, Mister Bean, Inspetor Clouseau. Tudo caricato, falso, desonesto, podre. O senado é podre. A renovação é essencial, mas, mesmo que seja feita de bom tamanho, ainda não será suficiente.

No meio do caminho tem um STF. Tem um STF no meio do caminho.

Bolsonaro recebeu alta e vai para casa

A esquerda vai passar o recesso na merda.

Bom domingo!

Se gostou, compartilhe, comente.

Inscreva-se na coluna e receba por e-mail. É de graça!

Twitter - @nopontodofato

Telegram - t.me/nopontodofato