Todas estas perguntas, ou a falta de respostas para elas, apenas reafirmam o quanto estamos perdidos...
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Depois que o "mineirês" invadiu a internet, quase todo mundo sabe o que significam as expressões que dão título ao artigo. Mas, caso ainda exista quem não conheça, elas significam "onde que eu tô?", "pra onde que eu vou?". | ||
ONCOTÔ? | ||
Ninguém sabe onde está nesse momento, se num país democrático, no qual as pessoas têm o direito de manifestar seu descontentamento com os fatos ou em uma ditadura liderada pelo judiciário na qual o direito de opinião, pensamento e expressão foram suprimidos à canetadas sem que a anuência ou até mesmo uma consulta ao poder legislativo para que a lei fosse mudada nesse sentido. Ninguém sabe mais que Brasil é este, mas quase todos que protestam tem certeza de que Brasil será se o resultado eleitoral for mantido independentemente da forma fraudulenta com que foi gerado. A reação popular tem muito mais a ver com a maneira que chegamos até aqui do que com o destino que teremos a partir daqui. A quebra de confiança no sistema eleitoral foi promovida pela própria justiça eleitoral e pelo poder judiciário de modo geral. Basta olharmos para as decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos 5 anos, para as quais a Constituição Federal não serviu nem como referência, pois tudo o que eles fizeram que não era constitucionalmente permitido foi ignorado ou teve o entendimento adulterado. A "legalidade" de tais decisões baseou-se apenas na vontade e no compromisso dos ministros, chegando ao cúmulo da ministra Cármen Lúcia denunciar durante seu voto no TSE que as leis brasileiras proíbem a censura, mas que, excepcionalmente, votaria a favor de praticá-la. | ||
Afinal, onde estamos neste processo eleitoral que, por mais que o TSE dê por encerrado, de fato, não terminou? Qual o poder que tamanha manifestação popular tem para mudar o resultado? Por que as ditas provas de que a eleição foi ilegítima não nos são apresentadas? Por que tanta demora em se tomar uma atitude ou nos dizer que atitude nenhuma será tomada? Qual o significado de dar início a uma transição de governo se o presidente não se pronunciou acatando o resultado? O que é fake em tudo o que ouvimos, lemos e assistimos? E o que é verdade nisso tudo? Todas estas perguntas, ou a falta de respostas para elas, apenas reafirmam o quanto estamos perdidos em relação ao momento. Porém, precisamos refletir e entender que ao serem respondidas os impactos serão muito maiores do que o simples pronunciamento de palavras, tanto positivos quanto negativos, interna e externamente, o que me faz crer que existe uma lista de prós e contras sendo analisada meticulosamente para que não sejamos jogados num abismo que poderia ser até mais danoso para o país e para o povo do que aceitar o resultado até aqui já estabelecido. | ||
Pelos olhos da justiça eleitoral o processo já foi concluído e Lula foi eleito. E ponto. Não há razões para acreditar que eles tenham o mínimo de disposição para voltar atrás ou acatar as denúncias de irregularidades, afinal eles trabalharam incessantemente para isso. Por esse ponto de vista, não seriam manifestações nas ruas, estradas e portas de quartéis que os fariam rever alguma coisa. Aliás, parece ao contrário, quanto mais o povo se manifesta, mais eles dobram a aposta. E no meio disso tudo, a fim de estimular ou desestimular os manifestantes, notícias verdadeiras são minimizadas e tratadas pelo judiciário, pela imprensa e pela esquerda como fake news, ao mesmo tempo que as fake news que eles mesmos promovem não são vendidas como verdade, disseminando a desconfiança e a insegurança no povo, que é o que realmente desejam que aconteça para que fiquemos cada vez mais vulneráveis e mais aptos a ceder ao medo. | ||
PRONCOVÔ? | ||
Na verdade, não tenho respostas. Tudo o que disser aqui será a minha leitura e prognóstico pessoal de tudo que vejo, leio, assisto e percebo dos acontecimentos. Como gosto de dizer, adoro ligar A com B, B com C, C com D, e a partir disso tirar minhas conclusões, corretas ou não, coisa que só o tempo dirá. Mas, de cara, e qualquer pessoa com dois neurônios que ao menos se conheçam, digo que estamos no maior impasse da nossa história. Nem Dom Pedro I viveu tamanho impasse quando decidia se declarava nossa independência. Nem mesmo os revolucionário de 1989 tiveram tantas dúvidas ao depor Dom Pedro II e proclamar a república. As implicações resultantes da decisão final nesse imbróglio irão impactar o Brasil por décadas, seja dando posse a Lula ou mantendo Bolsonaro. Em ambos os casos, existirá a consolidação de quebra constitucional. Para que Lula fosse eleito, esta quebra já vem acontecendo desde que o judiciário começou a trabalhar por sua candidatura. Para o caso da manutenção de Bolsonaro, será necessário dar voz ao povo acima da constituição, pois o emprego de artigos que possam dar voz ao que este povo pede implicará na ruptura com as instituições da forma como estão estabelecidas. | ||
A responsabilidade do presidente e das Forças Armadas em uma tomada de decisão não diz respeito apenas ao que acontecerá no futuro, mas principalmente no presente. Uma ação de confronto em resposta às solicitações populares vai nos mergulhar em uma crise institucional sem precedentes, que muito possivelmente nos levará a uma guerra civil que colocará brasileiros contra brasileiros de uma maneira que nunca vimos antes. Nesta hipótese haverão conflitos armados, todo mundo vira alvo, muita gente inocente morre até que tal conflito seja resolvido, o país para, as instituições perdem o valor e são derrubadas, sendo necessário reconstruir um país desde sua base mais profunda, tudo isso pensando apenas nos aspectos internos. | ||
Em termos de consequências externas, o Brasil sofrerá sanções internacionais graves, as exportações e importações irão parar completamente, e, se pensarmos na maneira como a esquerda e os globalistas dominam o mundo, não é descartável a ideia de que possa haver uma intervenção militar externa no Brasil, atentando contra a nossa soberania de maneira irremediável, o que pode acontecer a partir de nossos vizinhos que são aliados de Lula. Eles teriam pouco a perder, nós teríamos muito, e como exemplo cito a Amazônia, que diante da necessidade do efetivo militar ser concentrado em cuidar do conflito que se daria prioritariamente em zonas urbanas, estaria desprotegida o suficiente para ser tomada por forças estrangeiras. Esse quadro hipotético nos impossibilita até de imaginar qual seria o resultado ao fim de tudo isso. | ||
Os responsáveis por tomar a decisão do que vai acontecer serão também os responsáveis por todas as possíveis consequências advindas da decisão. E com isso não estou dizendo que nada deva ser feito, mas que estejamos cientes do preço que nós mesmos pagaremos se as forças armadas encararem a tarefa de agir em favor da nação. | ||
Por outro lado, todo mundo sabe o que esperar do governo petista. Lula não fez promessas durante sua campanha, fez ameaças. Mentiu descaradamente para o povo mais simples, mas deixou claros seus propósitos sobre o tipo de governo que deseja fazer. Em certa ocasião terminou seu discurso dizendo "eu não fiquei mais radical, fiquei mais Maduro, mais Maduro!", o que é mais do que suficiente para sabermos que tipo de governo nos espera caso ele tome posse no dia 1º de janeiro. O fato de termos ciência do que Lula pretende fazer nos coloca em certa posição de vantagem, pois é possível fazer um combate usando as informações que ele mesmo deu, começando com uma oposição estabelecida no Congresso Nacional e com diversos governadores que foram eleitos apoiando Bolsonaro para impedir que o judiciário seja definitivamente transformado em uma corte bolivariana. Neste caso, caberá a nós manter vigilância séria sobre deputados federais e senadores exigindo deles que nos representem de fato. E isso não será fácil, mas será a maneira que teremos para agir. | ||
ESTAMOS NA TÁBUA DA BEIRADA | ||
Outra expressão muito mineira que significa estar em uma situação muito difícil, crítica, angustiante e complicada. E é esse nosso momento, do qual só sairemos com muito equilíbrio, tanto da nossa parte quanto das partes que tomarão as decisões de agir ou não agir da maneira que quem está se manifestando tanto deseja. Não é fácil esperar que a população aja com parcimônia nesse momento, que pese prós e contras, que seja capaz de raciocinar a longo prazo sobre tantas possíveis consequências de decisões que, ao contrário da forma como age o povo, precisam ser tomadas com a máxima frieza e responsabilidade. Os militares tem o exemplo de 1964, quando foram às ruas em resposta à solicitação do povo e por esse mesmo povo foram achacadas, demonizadas e humilhadas por terem feito o que lhes foi pedido. A motivação de fundo, no entanto, é a mesma, impedir a ascensão de um grupo que pretende abertamente implantar o socialismo no Brasil. Resta saber se eles serão mais uma vez sensibilizados para tanto, o que dificilmente acontecerá depois da, até então provável, posse de Lula, que passará a ser o comandante em chefe das Forças Armadas. | ||
Queremos respostas, e a cada hora que passa ficamos mais ansiosos e angustiados sem uma posição clara para entendermos onde estamos e para onde vamos. Imagino, então, como estão as cabeças das pessoas que têm em seus ombros o peso de tomar as decisões para responder tantas perguntas que definirão o destino imediato do Brasil, mas, fundamentalmente, um futuro que irá perdurar por pelo menos duas décadas. A prevalência de Bolsonaro nos remete a um futuro com liberdade. Se Lula prevalecer, o que nos espera é o mesmo que já vivem os países vizinhos, cujos cenários são os piores possíveis. Como diz mais uma expressão mineira, Lula presidente é como "ver a vó pela greta!", e, particularmente, eu preferiria não ter que passar por isso, e não desejo que ninguém passe. | ||
Que Deus ilumine que tem que tomar decisões tão sérias e ilumine também a cabeça do povo brasileiro para entender e aceitar qual seja a decisão, pois, seja ela qual for, é ele que pagará a conta de qualquer jeito. | ||
Força, meu povo! | ||
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