Penso. Logo sabem que eu existo.

Desde o começo da Pandemia a sensação era de que as máscaras de proteção não eram apenas para proteger as pessoas do vírus da Covid. Sempre pareceu haver um algo a mais, um simbolismo, que omitiu dos rostos das pessoas expressões de sorriso, afetividade, discórdia. Um uniforme bucal que, se não falava nossas bocas, calava nossos rostos. E não só no Brasil, mas no mundo todo os rostos foram desfigurados, uma prévia estética do controle sobre nossas bocas.

Enquanto mascaravam a realidade, sem máscara, já adiantavam os próximos movimentos, que tem se traduzido em censura, como mostra o documento abaixo emitido pelo STF.

Esse documento é um manifesto de censura. Mais uma vez a imposição do autoritarismo fantasiado de "é pro seu bem". É a palavra final da mais alta corte do judiciário de uma nação democrática avisando que democracia não é bem assim como a gente pensava. E sobretudo, nós alertando de que é melhor a gente até parar de falar do assunto. Democracia é o que eles querem que seja. O que você pensa que é guarde para si. O melhor mesmo é que você se enquadre nessa nova definição se não quiser vir a ser proibido pensar.

As vacinas experimentais, cujos efeitos de longo prazo ninguém faz ideia quais possam ser, e cujo tema é tratado apenas por uma visão política com verniz de ciência para parecer humanitário, foram aplicadas em milhões de pessoas sem que elas saibam exatamente o que foi injetado em seus organismos. Primeiro fizeram isso pelo medo, agora os passaportes sanitários tentam fazer pela força.

A Covid nos afastou fisicamente, reduziu o convívio entre amigos e parentes, nos deixando a tecnologia como canal óbvio para nos mantermos em contato. As redes sociais foram nossas válvulas de escape e ao mesmo nosso confessionário, facilitando aos  algoritmos, ao mesmo tempo, o monitoramento e a censura do pensamos e dizemos. Até mesmo os aplicativos de conversas privadas, através de bloqueios a vídeos e compartilhamento de conteúdo com as redes sociais, passaram a monitorar o que pensamos e dizemos e compartilhamos com as pessoas do nosso contato. Invasão de privacidade virou Políticas e Termos de uso, e concorde quem quiser continua usando. Pior que isso. Virou jurisprudência no judiciário. O verdadeiro lockdown foi feito em cima da nossa liberdade, sem tempo definido para acabar.

O jogo está jogado. As máscaras não são mais necessárias, nem para quem comete graves árbitrios sobre nossos direitos e nossa liberdade. E é quem discorda do que dizem os senhores da lei que estão errados, não importa o grau de certeza que apontam e comprovam em suas afirmações. Tiraram as máscaras, mas, na caneta, estão tapando nossas bocas.

Falar é perigoso. Escrever, gravar ou registrar opiniões de qualquer maneira mais ainda. Mas o grande e imperdoável delito do momento é o ato de pensar. Se você pensa, eles sabem que você existe, e sua existência passa a ser um problema a ser corrigido, não importa o método que será necessário para isso.

E quem é a Constituição Federal para discutir com esses ministros.

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