Mais uma vez eu repito que não é exatamente no sistema eleitoral que não confiamos. É nas pessoas que comandam o processo eleitoral e a justiça.
A palavra é essa mesma, e não há porque me acusarem de baixar o nível. Quem começou com isso foi Lula ao dizer que os ministros do STF não têm colhões. Não têm mesmo. E será preciso muito mais do que colhão para levar a cabo esse plano ridículo de tornar Bolsonaro inelegível. | ||
A ação orquestrada pelo TSE para investigar um suposto crime do presidente da república contra as instituições beira o mesmo ridículo da CPI de Omar Aziz e Renan Calheiros no objetivo de conseguir transformar em crime qualquer atitude que possa tirá-lo das eleições de 2022. E essa ação do TSE é apenas mais uma. Eles precisam inventar um crime porque sabem que no voto honesto, auditado, contado publicamente, ninguém tira a presidência dele. | ||
Mais uma vez eu repito que não é exatamente no sistema eleitoral que não confiamos. É nas pessoas que comandam o processo eleitoral e a justiça. E essa ação do TSE, cujo presidente Barroso é também ministro do STF, como também Alexandre de Moraes e Edson Fachin, é a prova cabal de que realmente não temos motivos para confiar neles, cujos votos no plenário do STF colaboraram para a limpeza da ficha imunda de Lula e a possibilidade de que ele venha a se candidatar à presidência novamente. | ||
Nós não confiamos nos ministros do STF, não confiamos nos ministros do STJ, não confiamos nos nossos senadores, não confiamos nos nossos deputados federais e também temos perdido a confiança no Ministério Público Federal. Mas essa desconfiança não tem nada a ver com as instituições propriamente ditas, fundamentais na manutenção da lei e da ordem, mas com as pessoas que ocupam cargos nelas. | ||
Não sei quem cunhou a expressão, mas o enorme problema do Brasil é a "crise de caráter", o que, infelizmente, não se restringe aos políticos e autoridades, mas também acerta em cheio o povo brasileiro. Falta de caráter não é apenas o que fazemos, mas também o que deixamos de fazer. E quando alguém se dispõe a defender os absurdos cometidos por esses políticos e autoridades ao arrepio da lei, ou é burro ou é tão sem caráter quanto. | ||
Não se tira do cargo um presidente da república com o apoio popular que Jair Bolsonaro tem. Não se derruba um presidente com uma economia forte e promissora como estamos vivendo agora, superando a Pandemia de desonestidade praticadas pelo judiciário e pelo Congresso Nacional que foram muito mais letais ao país do que a própria Covid. Enquanto o vírus matava pessoas, essa turma acabava com o futuro do país a fim de mantê-lo na miséria e na ignorância, que é o que lhes garantiu eleitores pobres e desinformados, ou vice-versa, até aqui. | ||
O negacionismo histérico sobre a fragilidade do sistema de urnas eletrônicas e o ativismo judicial na seara política, da qual membros do judiciário são impedidos legalmente de praticar, são a evidência mais contundente de quem algo errado nunca esteve certo desde que o voto eletrônico foi implantado. É um grito desesperado para que continue errado. | ||
Mas a exposição da fragilidade das urnas eletrônicas não afeta apenas a imagem do nosso sistema eleitoral. Ela atinge diretamente a todos que o comandaram desde que começou. E se comprovada a existência de fraudes, comprovará também que, possivelmente, todos esses ex-presidentes do TSE participaram dessa fraude. E isso sim implode o sistema. | ||
Portanto, a defesa irracível de um sistema eleitoral no qual as pessoas não confiam é nada além de defender também o próprio rabo e o rabo de quem já foi presidente do TSE. | ||
Será preciso muito mais do que culhão para tirar Bolsonaro das eleições de 2022 usando artifícios como esses inquéritos ilegais e inconstitucionais corroborados pela mídia. Mas a situação é grave, e exige de nós culhão maior do que ficar reclamando e xingando autoridades nas redes sociais. E muito mais do que ir agitar bandeiras brasileiras aos domingos vestindo camisa verde e amarela a cada 3 meses. Já passou da hora de entendermos que as milhões de pessoas dos domingos tem que começar a ocupar também as segundas, terças, quartas, quintas, sextas e sábados. Ocupar é diferente de fazer manifestação agitando bandeiras. Ocupar é tomar conta. Precisamos tomar conta desse país. | ||
A votação do voto auditável na comissão especial da Câmara dos Deputados será na quinta-feira, e será também o marco decisivo para os rumos da nossa democracia. E entenda, democracia não é um sistema bonitinho que funciona a partir de Brasília. Democracia é a nossa vida cotidiana, o execício de direitos e obrigações, e é nossa obrigação defendê-lo. | ||
Se por via das malandragens E malandros conhecidos vierem a tornar Bolsonaro irreversivelmente das eleições de 2022, o máximo que acontecerá com ele é receber a pensão de ex-presidente e viver a vida. Esses caras vão esquecer dele. Mas nós não teremos culhão para não comparecer às urnas, com ou sem voto auditável, e mais uma vez seremos cúmplices da nossa própria desgraça como nação. | ||
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Como se vê, tudo nessa história remete a ter ou não ter colhão, e aos respectivos bônus e ônus que envolve tudo isso. Para eles e para nós. O momento é muito mais sério do que possa parecer, acredite. | ||
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