Sr. Yang Wanming. Beijing, Beijing. Tchau, tchau.

Era eu redator publicitário em 1986 quando surgiu um pedido de anúncio para falar de uma comitiva brasileira da área de moda que estava indo para um evento em Beijing - que é o outro nome da capital Pequim, muito usado naquele momento mundo afora.

Meu amigo Luiz Aviz, dono a agência, deve lembrar do anúncio. E o título que eu escrevi fazia óbvia alusão ao "beijinho, beijinho, tchau, tchau" da música da Xuxa, porque era algo alegre, tinha ar de festivo e chamava atenção.

Bem, 35 anos depois, eis que não há nada de festivo no fato, mas o Beijing, Beijing, tchau, tchau nunca fez tanto sentido. O governo paralelo montado pelo Sr. Yang Wanming precisa ser encerrado e esse cidadão tem que ser retirado do Brasil. E se isso for causa de ruptura diplomática, que seja. Se nós precisamos dos insumos deles eles precisam da nossa comida, do nosso minério.

A União Europeia aplicou sanções à China por violações de direitos humanos. Aqui estamos vendo violações à nossa soberania, isso sim motivo para a aplicação de uma Lei de Segurança Nacional, pois diferente do que fizeram com Oswaldo Eustáquio e com o deputado Daniel Silveira, isto é uma real questão de segurança nacional.

É inconcebível que se tenha uma comissão Brasil China dentro do congresso nacional e que ela defenda acima de tudo os interesses da China e não os interesses dos cidadãos que, compulsoriamente, pagam seus salários. Um comitê de vassalagem aos wons chineses. Sim, já não se fala mais em dólar, é won. Já sabem e fazem o câmbio de cabeça, nem calculadora precisa.

O Brasil está infestado pelos interesses da China. E muitos políticos entendem que esse é o negócio da China das suas vidas. Gente que está na vida pública única e exclusivamente por esse motivo.

A desenvoltura do embaixador chinês no Brasil é imoral. Tão imoral quanto usar insumos para as vacinas  como objeto de barganha, já que foi exatamente de lá que esse vírus ganhou e contaminou o mundo, sabe-se lá o real motivo.

A fala do presidente Bolsonaro não é mera bravata de populismo. A relação do embaixador chinês com João Doria e outros governadores, exatamente os que fazem oposição mais ferrenha ao governo, é notória, noticiaram ao vivo. Assim como são as ameças que esse embaixador faz através de emissários exigindo inclusive a demissão de assessores da presidência.

Tenho dito que me incomoda muito a postura de muitos governadores, prefeitos, deputados e senadores, que atentam contra os direitos da população como se não fossem depender desses votos na próxima eleição. A tranquilidade é como se não houvesse mais a próxima eleição. E, mais uma vez, são os mesmos alinhados na defesa dos interesses da China no Brasil, não nos interesses dos brasileiros.

Essa relação dos países com a China tem que ser rompida e reestrururada.  Se todos dependem tanto da China, logicamente a China também depende de todos. A China precisa de muito petróleo, minério e principalmente muita comida.

Mas, ao invés de vendermos a comida plantada na terra, por obra e graça de parlamentares pouco preocupado com as próximas gerações, estamos vendendo a terra para eles plantarem a comida, e levarem para o seu país. Colocaram a China dentro da cadeia produtiva e ainda querem conceder mais facilidades.

A passagem do Sr. Yang Wanming pela Argentina culminou na construção de uma base, que não deveria ser militar mas é, na Patagônia, em cuja área os argentinos não podem entrar. Esse acordo foi tratado e assinado por Yang Wanming no governo Cristina Kirchner. Quando Macri assumiu, viu a cagada e tentou renegociar o acordo. Acontece que a renegociação do acordo da tal base implicava automaticamente nas negociações de todos os acordos e contratos da Argentina com a China. A chantagem que constava no contrato ganhou a parada e Macri não tocou mais no assunto.

O Sr. Yang Wanming é amigo pessoal de Xi Jinping.  E não deve ser fácil ser amigo pessoal de um cara que tem escrito na testa que não é amigo de ninguém. E se é mesmo, não está rondando a América do Sul há tanto tempo e desembarcou no Brasil no momento mais turbulento da nossa história política por acaso.

Precisamos entender que para os chineses, mentir faz parte do jogo. Xi Jinping, no jardim da Casa Branca, afirmou para Obama ou Trump, não me lembro qual, que as ilhas artificiais no Mar do Sul da China não tinham nenhum propósito militar. Ele falou isso enquanto as ilhas totalmente militarizadas eram construídas.Aliás

Aliás, esse assunto gera outro fenômeno interessante. Essas ilhas artificiais foram construídas sobre santuários ecológicos, colônias de corais, e não se viu uma Greta Thunberg da vida falando sobre o assunto.

O ponto desse fato é que a permanência do atual embaixador chinês no Brasil é uma afronta à nossa soberania, ao nosso sistema de governo e ao futuro da nossa própria liberdade.

E se há problemas de recebimento de insumos por parte dos chineses, precisamos cobrar deles e do seu representante oficial no Brasil, que é o governador João Doria. Foi ele quem assinou o contrato com a Sinovac. Ele representa a Sinovac para a vacina contra a Covid, ele fábrica a vacina, ele vende a vacina para o governo federal.

Precisamos de medidas diplomáticas duras, que antes de mais nada valorizem os nossos interesses, a nossa soberania. Chega de permitir infiltrações e influências que se não forem contidas agora poderá chegar o momento de ser impossível contê-las.

O Brasil vive um momento dramático, com fatos jamais pensados possíveis mesmo em um momento recente da nossa história. Cinco anos atrás não era previsível que chegássemos a tamanho desgaste institucional. Mas chegamos. E já temos problemas demais causados por nós mesmos. É hora de se livrar problemas que não precisamos ter. E um muito importante é pedir que a China troque sua representação diplomática no Brasil.

Com esse aí e Beijing, Beijing, tchau, tchau mesmo.

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