Um passaporte para o inferno
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Um passaporte para o inferno

...violaram as mentes e corpos das pessoas, seus direitos civis e agora classificam os contrários e resistentes e os punem com violência e os excluem da sociedade...

HS Naddeo
8 min
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Diariamente sou impactado por inúmeras fontes de informações, formais e informais, oficiais e não oficiais, que me levam permanentemente ao questionamento do que é verdade ou mentira, realidade ou fantasia, quais os propósitos de cada uma delas e, principalmente, o propósito de quem as concebem e divulgam, juntando tudo isso em um "balaio" de fatos, versões e narrativas que só uma boa base de conhecimento, experiência de vida, bom senso e lógica permitem discernir o que é o quê nisso tudo.

Não me considero mais inteligente ou sábio do que ninguém, não sou profundo conhecedor de história, antropologia, sociologia ou qualquer outra disciplina. Mas tenho uma característica que não vejo em muitas pessoas, e arrisco até a dizer que grande parte da população mundial não a tem: sou curioso. Foi a curiosidade que trouxe o mundo até o lugar em que estamos. Biblicamente falando, foi a curiosidade que levou Eva a comer o fruto proibido influenciada pela serpente, assim como foi a conivência que levou Adão a fazer o mesmo. E deu no que deu.

As grandes invenções e descobertas da humanidade em todas as áreas foram motivadas pela curiosidade acima de qualquer coisa. Mesmo que desenvolvidas ou descobertas por necessidade, foi preciso haver curiosos para chegar às soluções encontradas. Não existiriam inventores, cientistas e escritores se não houvesse neles uma grande dose curiosidade que os fizesse buscar conhecimento para levar adiante o que tinham em suas cabeças. Foi ela, a curiosidade, que sempre fez o mundo evoluir ou involuir através de erros e acertos, e que deu poder a quem se propôs a desenvolver suas ideias, e mais ainda, a quem soube se aproveitar dos resultados desses esforços. Por isso, da mesma maneira, gerou submissão aos que se limitaram a viver da decorrência dos benefícios e malefícios gerados pelos curiosos e por aqueles que, com propósitos diversos, se tornaram poderosos através destes mesmos benefícios e malefícios.

Acredito, porém, que a curiosidade não é um dom especial de ninguém, mesmo sendo uma característica que não encontramos em qualquer pessoa. A curiosidade se desenvolve através do estímulo ao exercício do pensamento, sobretudo, e é exatamente esse estímulo que vem sendo suprimido da humanidade nos últimos 50 anos, na mesma proporção e velocidade que os curiosos desenvolvem a tecnologia a ponto de formar uma massa populacional no mundo que abre mão de questionar os acontecimentos com naturalidade, ao mesmo tempo em que é ensinada a questionar quem questiona a realidade, como se fossem esses os vilões.

Espero que o raciocínio até aqui tenha sido compreensível, pois essa, digamos, tese pessoal, é que permeia o que propõe a imagem a seguir e o que direi na sequência.

Imagem do canal @A_Toca_Do_Coelho no Telegram
Imagem do canal @A_Toca_Do_Coelho no Telegram

Tudo o que está descrito nessa imagem é fruto da experiência dos que, em vários momentos da história, se atreveram a testar teorias desenvolvidas, para o bem ou para o mal, por curiosos das mais diversas áreas do conhecimento. E uma coisa que nem é preciso ser curioso para saber ou descobrir, é que, desde sempre, o medo sempre foi o principal elemento para controlar a humanidade.

Dos dinossauros aos fenômenos naturais que exerciam controle sobre os homens das cavernas, passando pela religião e pela violência nas idades média e moderna, chegando agora às restrições de liberdade de pensamento e expressão utilizando as questões sanitárias como pano de fundo para o exércicio do controle sobre as populações do mundo. E não importa a forma como o medo se impõe ou é imposto, ele tem fundamento em uma única característica comum a basicamente todos os seres vivos, o instinto de sobrevivência, mais conhecido como medo de morrer.

O medo de morrer não se estabelece apenas pela ideia da finitude, mas também no "quando e como" a morte poderá acontecer, o que faz da violência e da saúde dois ingredientes poderosos para gerá-lo diante de sociedades que há um bom tempo abriram mão de pensar e questionar de maneira simples ou abrangente o que quem tem poder lhes impõe.

Chego então ao passaporte sanitário, cuja maior finalidade vem a ser o domínio pela insanidade que foi o imposta ao mundo desde que a pandemia começou. A humanidade reagiu insana ao vírus sem ter tido a curiosidade de questionar com dados históricos o verdadeiro potêncial dessa Pandemia. O quadro abaixo mostra que não estou errado no que digo:

Imagem retirada do perfil @WinstonLing no Twitter.
Imagem retirada do perfil @WinstonLing no Twitter.

O que temos aí são dados, com fontes oficiais e respeitadas. Mas quem teve a curiosidade de procurá-las para se certificar do risco que estava correndo? Quase ninguém. E bastaria uma pesquisa no Google para saber. E o curioso disso é que o Google foi criado e desenvolvido por curiosos como um meio de disponibilizar informações e satisfazer a curiosidade das pessoas sobre qualquer assunto. Ao mesmo tempo, essa facilidade de acesso substituiu o processo cognitivo, a curiosidade de pensar, que há tempos vêm sendo desestimulada, para que chegassemos exatamente no estágio em que estamos. Exagerando, se amanhã tirarem o Google do ar, muita gente será incapaz de fazer café por não ter a menor ideia de como se faz ou ter a quem perguntar, porque a maioria já não saberá como se fazem coisas básicas.

Como exemplo cito as populações da China, da Coreia do Norte e de Cuba, que vivem na ignorância promovida pelo estado através de um sistema de ensino pobre e ineficiente e pela falta de acesso à fontes de informações sobre a realidade do mundo como o Google ou demais mecanismos de busca. E os curiosos que se atrevem a burlar o sistema para obter informações são punidos com a privação da liberdade e até a morte.

A introdução do passaporte sanitário é a fase mais avançada do controle social que está se espalhando pelo mundo. Primeiro suprimiram a curiosidade das pessoas, depois o direito de pensar e expôr seus pensamentos e questionamentos. Em seguida passaram a ignorar os direitos e questionamentos civis impondo uma narrativa homogênica apoiada pela imprensa. Depois disso passaram a punir com sanções, às mais diversas, quem ousa se opor a isso tudo, mesmo que seja apenas falando sobre. Em seguida impuseram um composto experimental a ser injetado em todos os seres humanos sem dar garantias da eficácia e dos efeitos adversos decorrentes dele, sem que fabricantes, governos e déspotas possam ser punidos pelas consequências dessa imposição, afinal eles dizem que é tudo em nome de "salvar vidas". Agora segregam quem não adere voluntariamente, e quieto, a todo esse despotismo.

Resumindo, violaram as mentes e corpos das pessoas, seus direitos civis e, agora, classificam os contrários e resistentes, os punem com violência, e os excluem da sociedade numa tentativa de forçá-los a aderir ao sistema. E muita gente adere. É impressionante que até pessoas com conhecimento e discernimento sobre tudo isso aceitam que injetem essas substâncias em seus organismos para poder viajar a passeio para outros países, uma adesão voluntária e casuística que abre mão do bom senso e da lógica em troca de algumas migalhas. Isso, por si só, não explica, mas ajuda a entender a adesão dos alemães às ideias de Hitler, mesmo sendo claro o quão absurdas elas eram.

O passaporte sanitário não levará a humanidade a uma situação de controle que elimine a pandemia, não importa o esforço que se faça para isso. Já está mais do que provado que mesmo as pessoas inoculadas com 3 doses não só continuam a contrair a doença como também transmitir, com o agravante de que tal passaporte ainda oficializa o direito de transitar espalhando a doença por onde passem, já que ele garante a elas o direito de ir e vir. E sabemos também que os testes exigidos para viagens são falhos, pois tem gente com passaporte sanitário em dia e testes negativos que se descobrem doentes ao chegar a seus destinos. Mas o que vale é a narrativa e o medo, que geram poder para quem as constrói e dissemina, e obediência para quem não tem curiosidade ou deixa de ter coragem para confrontá-las.

Não tenho a prerrogativa da verdade. Ninguém tem. O que determina o que é verdade ou mentira é o resultado decorrente do fato. E, ainda assim, o que é verdade para um é mentira para o outro, não importa que o fato seja o mesmo. Cada um irá se submeter às suas próprias crenças, não fazendo diferença a forma como elas foram construídas ou adquiridas. Mas chegará um momento em que a verdade irá se impôr igualmente para todos com o mesmo imperativo, e nesse caminho em que estamos, será tarde para a minoria que ousou reagir e foi punida, e para a maioria que a ignorou  e fez côro a quem puniu os resistentes. O controle pretendido, quando estabelecido, não premiará os casuistas e aderentes. O fim das liberdades atingirá a todos da mesma maneira. O inferno é igual para todos.

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