Sobre a paixão de Cristo
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Sobre a paixão de Cristo

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NCP
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Talvez tenhamos entendido errado!

Paixão de Cristo não é o que parece ser... Paixão vem de passio, do latim, que quer dizer sofrimento.

O dia de hoje é sobre isto, sofrimento! Mas não sofrimento de um Deus, um rei, ou um salvador.

Naquela sexta-feira Ele era apenas um fora da lei, preso pela “polícia”, em concordância com a “igreja” da época. Lembra, o primeiro julgamento de Jesus não foi o de Pilatos, foi o de Caifás, o sacerdote.

Ele não foi julgado por ser o Jesus que conhecemos hoje, foi julgado por concorrer com o poder da igreja local, por concorrer com a estrutura político-social que não podia aceitar alguém tão bom.

O tempo passou e as coisas não mudam, a sociedade continua não aceitando qualquer iniciativa que lhe tire da mesmice, que balance sua estrutura de poder. É o medo de que o diferente lhe seja prejudicial, quando o presente não lhe favorece em nada.

Não foram os donos do poder que foram às ruas gritar crussifica-o, foram justamente aqueles que eram atendidos por Jesus no dia-a-dia. Era o familiar do aleijado curado, o que testemunhou a visão do cego e a pele nova do leproso. Era também o que se indignou com o não apedrejamento da adúltera, que achou ruim a conversa com a samaritana, e era o pobre que se sentiu incomodado ao saber que o rico não entraria facilmente no céu.

As coisas não mudam, há sempre um povo sofrido fazendo as vontades de poderosos. A gente mata o outro, e se mata, todo dia, em nome de causas que nunca nos beneficiam.

Crucificação - Imagem pública 
Crucificação - Imagem pública 

Depois do ocorrido, aí não é difícil perceber, como disseram os operários da crucificação no momento do terremoto: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus”.

Continuamos provocando sofrimento, e matando Jesus todos os dias.

Que terremoto ainda estamos esperando?