O isentodireitinha, o hambúrguer e a bosta
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O isentodireitinha, o hambúrguer e a bosta

Diacho! Que figura iludida - se não ingênuo - é este isentodireitinha.

O Prognata
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Diacho! Que figura iludida - se não ingênuo - é este isentodireitinha.

Esbanjando certa superioridade moral - eles acreditam nisso hehe -, enfezam-se e correm para arremessar pedras do altar - construído por eles e para eles - em quem estiver passando.

Adoram - e como adoram - criticar. Defendendo um mundo que provavelmente nunca vão vislumbrar, se sentem no direito, e na obrigação, de nivelar tudo, socando em um mesmo saco todos, pareando o mal educado com o saqueador.

Preferem se apresentar como isentos a se comprometer com a realidade, e a realidade leitor, pouco se interessa com o que você ou qualquer um ache dela. Como aquele garotinho, que bastava chorar para ganhar tudo o que queria dos pais, o isentodireitinha, agora frustrado, se contenta em fazer beicinho, olhar com cara feia e berrar quando o mundo real não o presenteia com o que ele pediu - Ah, mimado! -.

Se os vendedores de bosta vociferassem: “Não comam hambúrguer, estes têm colesterol alto, são entupidos de caloria, gordura trans e o diabo a quatro!”, o isentodireitinha ia correndo gritar aos quatro ventos quanto o hambúrguer é danoso, apontaria 254 defeitos e ainda soltaria risadinhas para os que o comessem. Ah! Como sentiria prazer em ver aqueles seres inferiores, uns comendo merda, outros blend de alcatra, e tanto faz, são todos iguais - para este, se no dia desejar comer paella, nada mais lhe apetece -.

Pondere leitor, não é que eu defenda o hambúrguer como o melhor dos alimentos, nem que eu me incomode com quem os critique - não mesmo, lhe juro! -. O que me espanta é como os que vendem bosta conseguem convencer os que eram para preferir mil vezes comer um hambúrguer a esterco, que não há males piores entre um ou o outro.

Assim, o isentodireitinha vendo que no cardápio só há essas duas opções, grita feliz: prefiro morrer de fome!