#Resenha 4 - Quando o diferente assusta!

Todos tem um filme que funciona como a sua "Lagoa Azul", um filme que sempre que podemos revemos. O contador (2016) é esse filme pra mim!

Christian Wolff é uma pessoa diferente, e não estou me referindo a seu autismo, estou me referindo a ele mesmo. Por sua condição especial ele foi desprezado por sua mãe e viveu como um soldado a ser treinado pela vida pelo seu pai. Entenda, seu pai o amava e por o amar demonstrou isso de um jeito bem diferente.

Seu pai o treinou para a vida, mas não qualquer vida, ele o treinou para um mundo que não gostava dele, para um mundo cruel. Seu irmão era o único "amigo" mais próximo, Christian não tinha fácil convivência quando criança.

Na verdade não é que a convivência com ele era difícil mas sim o fato de que as pessoas costumam se fechar para o diferente não? Já parou pra analisar quantas vezes vemos uma pessoa isolada no canto e deixamos por lá? Ou quantas vezes mantemos uma primeira impressão de alguém com quem nunca falamos? Estamos prontos a nos abrir com quem se abre conosco mas e com quem espera o primeiro movimento? O que torna um ser humano humano é justamente a personalidade que ele adquire durante sua vida.

Nessa resenha não vou tratar da história do filme em si, da excelente mira ou da grande capacidade analítica de Christian, isso é secundário. Quero tratar aqui de como ele era uma boa pessoa a espera de alguém que o enxergasse assim. Dana Cummings consegue fazer isso. A curiosa analista que descobriu que faltava dinheiro nos balanços da empresa consegue quebrar o muro que Christian havia colocado entre ele e o mundo.

Mas bem antes disso já era de se notar como Christian, apesar de diferente e de não mostrar que gostava muito do convívio, mostrava que gostava das pessoas. Ele ajudou e posteriormente salvou um casal de idosos que tinha em um primeiro momento problemas contábeis e posteriormente por seu relacionamento com Christian problemas com os que queriam matá-lo.

Ele também foi atrás de Dana e, comprometendo seu disfarce, a salvou de homens que seu empregador pagou para matá-la. Ele também poupou a vida do investigador Ray King, mudando a carreira dele completamente apenas por ele ter sido um bom pai.

Ele manteve a clínica quando se tratou como criança e empregou sua primeira amiga da clinica que tinha "problemas" iguais a ele a transformando na voz do telefone.

Christian era uma boa pessoa, apesar de o mundo muitas vezes não enxergar pessoas como ele assim, ver pessoas diferentes e entendê-las não é uma tarefa fácil, mas é algo a ser feito pois todos nós temos uma história pra contar.

Ser diferente assusta, mas pode cativar, impressionar, apaixonar e entre outras coisas. Se permita conhecer o diferente, ele pode mudar a sua vida!

Caso goste do texto e queira ler essas e outras resenhas peço que cadastra seu e-mail, assim que os textos saem eles são encaminhados para ele. Muito obrigado por estar aqui!