Em entrevista ao The AV Club, a líder por trás do novo título contou o que estava procurando ao montar a sala de roteiristas para The Acolyte: “o que eu procurava eram pessoas que eu achava que poderiam executar um ótimo roteiro, número um”, ...
Em entrevista ao The AV Club, a líder por trás do novo título contou o que estava procurando ao montar a sala de roteiristas para The Acolyte: “o que eu procurava eram pessoas que eu achava que poderiam executar um ótimo roteiro, número um”, contou a diretora. “E então, na entrevista de emprego, realmente conversar com pessoas que tiveram experiências de vida diferentes das minhas e que tinham conexões diferentes com ‘Star Wars’ do que eu”. | ||
Headland, que é conhecida por ser co-criadora na série da Netflix Russian Doll e dirigir o filme Quatro Amigas e um Casamento, diz que a experiência foi muito gratificante, já que tudo que ela não queria na sala de roteiristas eram fanáticos concordando com toda e qualquer decisão, só por estarem a frente do líder de uma série da franquia. “Eu literalmente tive um escritor que dizia: ‘Nunca vi nenhum deles. Eu nunca vi nada de Star Wars’. 'E antes de iniciarmos, ela me mandou uma mensagem do tipo ‘Luke e Leia são irmão e irmã, o que...? '”, contou aos risos. | ||
“Foi tão bom, porque eu realmente adoraria saber de alguém que não está totalmente imerso neste universo, e poder perguntar abertamente ‘o que você acha do pitch que acabamos de fazer?’” ela disse. “Então, enquanto a roteirista fazia sua devida diligência e muita pesquisa, ela, simultaneamente, era uma pessoa com quem conversávamos e dizíamos: 'Ok, se tirarmos todos os significantes de isso, e esta é a versão ‘Star Wars’ do “fulano”, o que isso significa para você?'”. | ||
Em entrevista ao The Wrap, a criadora Leslye Headland explicou que a decisão de contar uma história tantos anos no passado veio justamente do que sentiu ao ver o Episódio I. Lembrando que tinha 18 anos quando esse “filme-evento” foi lançado, ela ficou interessada no que teria acontecido para levar aos eventos do longa: | ||
“Na verdade, fiquei muito intrigada com por que George Lucas nos levou àquele ponto em particular. Fiquei pensando ‘mas o que aconteceu para nos levar até aqui?’, foi o tipo de coisa que meu cérebro de fã de Star Wars pensou. ‘Como chegamos a isto?’”. | ||
Acho que é importante ter vozes com uma abordagem um pouco mais parecida com a de George Lucas no Episódio IV, sabe? Quando escreveu Uma Nova Esperança, ele não estava pensando ‘bem, em Star Wars tem essa coisa’. Ele disse várias vezes que sua inspiração para o filme veio de poemas sinfônicos ou de uma escola de cinema que era sobre representar sentimentos de forma visual.” | ||
Outro grande objetivo dessa escolha é agradar o maior número possível de fãs de Star Wars. Citando The Mandalorian como modelo, ela explica que é importante falar com amantes antigos da saga: | ||
Jon Favreau fez isso perfeitamente com The Mandalorian. Foi uma série que, na segunda cena especificamente, te recompensou se você for um fã de Clone Wars ou de outras partes da franquia. Você fica ‘ai meu Deus, isso é ótimo’, e então no final da primeira temporada, com o Sabre Sombrio, você fica ‘ah meu Deus, isso é incrível. Então é para aí que eles estão indo.’” | ||
Por outro lado, é ainda mais importante criar uma história sólida que fale por si mesma e conquiste novos fãs: | ||
“Mas minha mãe também pode ver The Mandalorian. Minha mãe, que tem um entendimento superficial de Star Wars pode assistir a série e realmente fica investida na conexão central entre os dois protagonistas, porque é universal e profundamente emblemático o que George Lucas quis trazer ao mundo que criou”. | ||
COMENTÁRIO SOBRE A ENTREVISTA | ||
Agora vamos para alguns comentários sobre a entrevista. Muito se falou sobre a questão de ela chamar para a produção quem não tinha nunca visto Star Wars. É um questionamento legítimo, afinal depois dos últimos filmes, evidentemente ficaremos apreensivos com qualquer produção. Mas acredito que seja importante trazer pessoas “de fora” da saga para trazer ideias e conceitos novos. Isso não quer dizer que vai poder fazer qualquer coisa com a saga esquecendo a base já estabelecida. Até foi mencionado de que ela “não queria fãs fanáticos concordando com tudo”. Bom, não sei se ela sabe, mas Star Wars é aonde mais tem divergência na fanbase e é isso que faz a saga ter um diferencial também. | ||
Sobre a produção da série, ela menciona a curiosidade de como George Lucas chegou ao Episódio I, se referindo ao que tá acontecendo na galáxia nesse momento. Eu achei isso bem interessante da parte dela, porque Star Wars é detalhe, então enquanto tá acontecendo algo nos filmes, o que será que tá rolando em outro canto? Qual o contexto? A curiosidade dela e o que provavelmente vai nortear a série certamente foi algo que me agradou. Vamos ver como vai ser a série. | ||
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