Expectativa para a série Obi-Wan Kenobi

Dentre todos os anúncios no final de 2020 para Star Wars, a série de Obi-Wan Kenobi certamente foi a que mais me empolgou. Embora não fosse uma novidade, a série ganhou de fato uma confirmação, inclusive afirmando a volta de nada mais, nada menos que Hayden Christensen de volta para Star Wars. Interpretando Anakin em flashbacks? Interpretando Darth Vader, como já foi mostrado em uma imagem divulgada? Muito provável. Sem dúvida, foi a maior notícia para o momento.

Pouco depois, tivemos a confirmação de mais atores escalados para a série. Entre eles o ator Joel Edgerton, que interpretou Owen Lars em Star Wars Episódio II: O Ataque dos Clones e Episódio III: A Vingança dos Sith, e a atriz Bonnie Piesse, que interpretou a Tia Beru também nos dois últimos filmes da Trilogia Prequel. Ou seja, mais do que justo e mantendo os atores que já conhecemos no papel.

Aliás, os dois atores, juntamente com Ewan McGregor como Obi-Wan Kenobi, estavam em uma das cenas mais emocionantes (se não a mais) de Star Wars, quando Obi-Wan entrega Luke Skywalker ainda bebê para a Tia Beru no final de A Vingança dos Sith.

Inclusive em uma das imagens divulgadas da série, vemos Obi-Wan Kenobi usando um Eopie para se locomover pelo deserto de Tatooine, mesma espécie que ele usou para chegar na Fazenda dos Lars, para entregar Luke Skywalker a eles. Se é o mesmo ou não durante esses 10 anos, ainda assim foi uma grande referência.

Indo para o trailer, a caracterização do Grande Inquisidor chamou atenção por não estar tão parecido com ele na série Rebels. Sim, não é fácil trazer um personagem de uma animação para uma produção live-action, mas em A Vingança dos Sith, lá em 2005, também vimos um personagem de Utapau e ele estava muito bem feito. Poderiam usar um pouco de CGI no Grande Inquisidor para auxiliar nas cenas de luta? Por que não? Ele pareceu mais um Darth Bane do que o líder dos Inquisidores. Porém, como já falei em publicações anteriores, não estraga o hype para a série. Pelo menos não estragou a série por esses motivos.

A primeira parte do trailer da série, até aparecer o logo da Lucasfilm, passou um pouco do que espero da série e acredito que a maioria também. “A luta acabou. Nós perdemos” ao som de um Battle Of Heroes bem lento, e no final, vem o sinal da esperança; primeiro vem uma apresentação triste, e na sequência temos o sorriso emocionado, quando vemos Luke Skywalker brincando de Piloto. E é isso que deve nortear a série em termos de clima e sentimento. As Guerras Clônicas acabaram, os Jedi, a República, tudo que Obi-Wan conhecia como sua vida foi destruído e ele teve que se adaptar nesse novo meio, mas o Luke simboliza a esperança de que o jogo pode virar.

O Grande Inquisidor também fala que “os Jedi não conseguem ser diferentes. A compaixão deles deixa um rastro. O código Jedi é como uma coceira: ele não consegue evitar”. Entre essas falas, aparece uma Inquisidora em Tatooine mostrando a algumas pessoas em Tatooine uma espécie de “lição” para os que tentarem defender algum Jedi ou algo semelhante contra o Império. E é justamente aí que os Jedi não conseguem se segurar, querendo ajudar quem está sofrendo.

Um grande exemplo disso temos no game Star Wars Jedi: Fallen Order. Em meio a um interrogatório, a Segunda Irmã fala para os que trabalhavam em Bracca que um Jedi estava entre eles. Caso não se revelasse, todos morreriam. O amigo de Cal Kestis, então, tenta convencê-la do contrário, mas ela acaba o matando. Vendo isso, Cal Kestis não se segura, aciona seu sabre de luz e parte para cima da Inquisidora, revelando-se. Um bom exemplo do que Obi-Wan Kenobi pode sentir em uma situação dessa: salvar uma pessoa e acabar se revelando e pondo em risco o pequeno Luke, ou deixar acontecer?

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