Líder Supremo Snoke: muito pouco para uma saga que tinha Imperador Palpatine

Acima dos antagonistas, sempre há outro maior. O que realmente comanda. Assim como na Trilogia Original tivemos Darth Vader e Tarkin tendo, acima deles, o Imperador Palpatine, na Trilogia Sequel, tivemos Kylo Ren e General Hux como braços do Líder Supremo Snoke. Em sua primeira aparição, no Episódio VII: O Despertar da Força, ele aparece em um holograma mostrando-o em uma dimensão gigantesca, dando uma noção de quem manda na Primeira Ordem.

No Episódio VIII: Os Últimos Jedi, ele dá as caras fisicamente. Em seu trono a bordo de sua gigantesca nave, a Supremacy, ele demonstra toda sua superioridade na hierarquia, protegido por seus guardas Pretorianos. Quando Kylo Ren tenta o atacar em respostas dos insultos que estava recebendo, Snoke mostra imediata defesa ao atingi-lo com um raio. Com isso, passa a impressão de que ele é quase imbatível. Momentos depois, fala que foi ele quem uniu Kylo e Rey através da Força, para que ela caísse na armadilha e se rendesse a Primeira Ordem. Isso sem contar as vezes em que ele brinca com Hux e a própria Rey, como se fosse meros fantoches jogados pra lá e pra cá.

Entretanto, logo na sequência, Snoke é derrotado de uma forma que ele poderia facilmente prever. “Ah, mas o Kylo estava em um estado de concentração absurda, que ele conseguiu enganar o seu mestre”. Primeiro, eu não duvido da capacidade do Kylo nesse sentido. Realmente ele poderia praticar tal ato, já que o Snoke afundava-se na sua própria arrogância de poder que tinha. Porém, o cara que prever qualquer ataque, combina Rey e Kylo criando uma armadilha para ela (se é que foi combinado por ele, ou foi só um blefe da parte dele), não conseguir prever o sabre girando na poltrona? A cena em si até passa a áurea de que o Kylo é agora o Líder Supremo e que ele conseguiu derrotar o seu mestre assumindo de vez o posto. Legal. Agora, do ponto de vista do Snoke, a maneira como ele perdeu foi bizarra.

Apesar disso, esperava-se que no episódio seguinte, o Kylo fosse ser o vilão definitivo da trilogia, mas você sabe o que veio na sequência com o retorno do Palpatine.

Além disso, mostra que “Ah vamos fazer uma trilogia depois do Episódio VI: O Retorno de Jedi? Vamos. Mas, nós vamos deixar integrar essa trilogia como também sendo ‘Saga Skywalker’”. Com isso, você assume a responsabilidade de, além de ter que ser fiel ao que foi escrito até então, por ser “Saga Skywalker”, você tem ainda mais que preservar os conceitos construídos até aqui, o que não foi feito, pois quiseram fazer quase um remake da Trilogia Original, tendo que trazer Palpatine de novo, quebrando a Profecia do Escolhido e deu no que deu.

Apesar das incoerências sobre o Snoke, dava pra aceitar e esperar que o Kylo, junto com o General Hux (e o General Pryde revelado anos depois como sendo um dos principais antagonistas do Episódio IX), fossem os caras a serem batidos na Primeira Ordem pela Resistência, mas tiveram a brilhante ideia de que o Palpatine era um bom tapa buraco para a situação, sendo que não precisava, pois havia os nomes acima citados.

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