Polêmicas e processos da Quantic Dream: a nova desenvolvedora de games de Star Wars
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Polêmicas e processos da Quantic Dream: a nova desenvolvedora de games de Star Wars

Semanas atrás foi anunciado o novo game de Star Wars com o nome de “Eclipse”. O jogo será desenvolvido pela Quantic Dream, detentora de títulos como Detroit: Become Human. Porém, um assunto ressurgiu em meio ao anúncio: de que o produtor da Q...

Projeto Star Wars
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Semanas atrás foi anunciado o novo game de Star Wars com o nome de “Eclipse”. O jogo será desenvolvido pela Quantic Dream, detentora de títulos como Detroit: Become Human. Porém, um assunto ressurgiu em meio ao anúncio: de que o produtor da Quantic Dream, David Cage, estaria envolvido em casos polêmicos e até processos.

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A Quantic Dream não é a única empresa a ser acusada de nutrir ambientes de trabalho tóxicos, o que parece ter sido uma prática comum na indústria de jogos, em maior ou menor grau, pelos últimos anos. A questão de abusos dos mais diversos tipos em ambientes de trabalho é extremamente delicada por envolver narrativas subjetivas que vão além das intenções das partes acusadas, mas muito da percepção de quem sofre esses abusos.

A empresa já havia perdido o processo movido por ex-funcionários que foram levados a pedir demissão do estúdio por posturas como estas não serem punidas dentro da empresa, acusação que Cage e outros altos executivos da Quantic Dream negaram veementemente.

O Tribunal de Apelações Francês, órgão imediatamente anterior ao que seria a última instância legal no sistema judiciário francês, julgou que essas montagens de forma alguma eram homofóbicas ou degradantes em relação à parte que moveu o processo e não estariam de qualquer forma relacionadas à saída do funcionário em questão, sendo fatos não conectados.

A decisão da corte francesa em favor do estúdio, apesar de legalmente inocentar a empresa das acusações, não diminui seu peso e ainda é possível que os ex-funcionários tentem levar o processo ao Tribunal de Cassação, última instância do sistema legal francês, mas não necessariamente este dará continuidade ao processo.

Como foi dito, a Quantic Dream não é a primeira a ser acusada de tais práticas. Ano passado, a Nautghy Dog também foi acusada de impor um ritmo de trabalho desgastante ao finalizar o jogo The Last Of Us Part II. De todo modo, isso é uma questão que cabe a justiça.

Outra polêmica foi uma fala de David em que ele diz: “em meus jogos, todas as mulheres são prostitutas”. Ao contrário das questões anteriores que, como foi dito, cabe a justiça, neste caso, e apesar de ser polêmico, queira ou não, isso acaba sendo uma decisão que cabe à produção de determinado game. Eu discordo totalmente, até porque ser ou não mulher, não deveria determinar tal papel. Pegando um exemplo em Star Wars, nós podemos ter uma mulher heroína como a Jyn Erso, Leia ou Jaina Solo, ao mesmo tempo que temos uma mulher vilã como a Governadora Pryce, que é uma pessoa extremamente má, como na cena em que ela tortura a Hera Syndulla.

Como efeito de comparação, o autor Manoel Carlos é conhecido por seguir uma tradição de todas as suas novelas, as protagonistas se chamarem Helena. Ou seja, isso acaba ficando pra decisão do criador. Eu discordo de ambos, tanto de David, quanto de Manoel Carlos, acho que não é porque é isso ou aquilo que você está fadado a interpretar só um tipo de personagem ou só com um nome, afinal é para isso que temos atores, poder interpretar várias vidas em vários papéis, entretanto isso é decidido sempre por eles, e aí cabe a cada um criticar caso não goste.

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