Um estudo em vermelho — review do livro
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Um estudo em vermelho — review do livro

Quando o Dr. John Watson toma quartos em Baker Street com o detetive amador Sherlock Holmes, ele não tem idéia de que está prestes a entrar em um mundo sombrio de criminalidade e violência. Acompanhando Holmes a uma casa de mau presságio no s...

Rodrigo
4 min
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Um Estudo em Vermelho é o primeiro das histórias de Arthur Conan Doyle a contar com Sherlock Holmes.

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Quando o Dr. John Watson toma quartos em Baker Street com o detetive amador Sherlock Holmes, ele não tem idéia de que está prestes a entrar em um mundo sombrio de criminalidade e violência. Acompanhando Holmes a uma casa de mau presságio no sul de Londres, Watson se assusta ao encontrar um homem morto cujo rosto é contorcido em um rito de horror. Não há nenhuma marca de violência no corpo, mas uma única palavra está escrita na parede com sangue. O Dr. Watson está tão perplexo quanto a polícia, mas a brilhante habilidade analítica de Holmes logo descobre um rastro de assassinato, vingança e amor perdido…

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Citação favorita

“…um certo Sr. Sherlock Holmes, que, como amador, demonstrou algum talento na linha de detetives, e que, com tais instrutores, pode esperar a tempo de atingir algum grau de sua habilidade”.

(De Um estudo em vermelho de Arthur Conan Doyle, página 135)

Review

Com Um Estudo em Vermelho sendo o primeiro dos livros de Conan Doyle a apresentar seu detetive icônico, testemunhamos o encontro de dois dos maiores personagens da ficção detetive: Sherlock Holmes e Dr. Watson, e aprender como este último se torna o cronista dos casos sobre os quais posteriormente vamos ler. É o primeiro livro perfeito de uma série, lançando bases firmes para o que está por vir, mas funciona igualmente bem se lido fora de seqüência.

Gostei como esta história foi apresentada, em duas partes, a primeira sendo o caso e a segunda dando um relato claro do motivo por trás do crime, embora eu possa facilmente imaginar que nem todos vão gostar disto. A narrativa lê tão bem e flui tão facilmente, já que foi publicada pela primeira vez em 1887, e o ritmo foi bem acelerado. É um romance curto (minha cópia tinha cerca de 135 páginas), e graças ao estilo de escrita do autor, é rápido e fácil de ler.

Não apenas somos tratados para uma festa de contar histórias, mas o humor de Conan Doyle também brilha em lugares (veja a citação favorita acima). E, ele escreve de forma envolvente e divertida, tanto em termos de ficção policial como de ficção histórica, enquanto perambulamos por Londres vitoriana e depois somos transportados de volta no tempo para Utah de meados do século XIX.

A história passa de factual e técnica à medida que vemos como tanto Sherlock quanto a polícia processam as pistas da investigação — e chegam a respostas muito diferentes — para uma de alta emoção à medida que olhamos além do crime para os eventos que o motivaram. É fácil sentir simpatia pelos personagens da segunda parte do romance; de fato, presumo que seja essa a intenção, dado o retrato do mormonismo.

O elenco dos personagens é, é claro, fantástico. A interação entre Holmes e Watson é muitas vezes divertida, pois Holmes é sempre muito confiante em seu raciocínio (embora nem sempre esteja certo), enquanto Watson não é um homem “sim”. Seu papel não é assegurar que Sherlock Holmes pareça tão inteligente quanto ele sem dúvida é, mas traz consigo sua própria inteligência e conhecimento, o que agrega ao todo. Uma das melhores partes da história foi quando Watson listou aquilo em que ele percebe que Holmes é bom, e não tão bom assim. E depois há Lestrade, Gregson, Jefferson Hope e talvez um dos meus favoritos desta história, Lucy Ferrier. É certamente um elenco maravilhoso e rico.

Altamente recomendado, especialmente para aqueles que gostam de todas as recontagens inspiradas em Sherlock Holmes, adaptação