PunkYoga de bolso: vingança do povo morcego
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PunkYoga de bolso: vingança do povo morcego

Eu tava com a mão no botão para enviar a edição dessa semana com uma entrevista incrível que eu fiz com uma artista maravilhosa. 

Nathan Fernandes
3 min
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Eu tava com a mão no botão para enviar a edição dessa semana com uma entrevista incrível que eu fiz com uma artista maravilhosa. 

Mas fui informado que vai rolar uma audição do disco que ela lança semana que vem e escolhi esperar. 

Como já tava todo o resto pronto, aproveito então pra falar de um outro trampo bonito que eu fiz essa semana. 

Esses dias, mandaram no grupo de estudos lá da Unicamp esse artigo da antropóloga Els Lagrou: Nisum: a vingança do Povo Morcego e o que ele pode nos ensinar sobre o novo coronavírus. Ela fala da cosmovisão Huni Kuin e de como nós, os brancos, deixamos a situação chegar nesse nível. 

Fiquei apaixonado pelo leitura e usei ela como referência pra essa reportagem que escrevi essa semana pro UOL TAB, na qual, além da professora Els, conversei com a icônica Sônia Guajajara e o escritor Daniel Munduruku. 

Tófoli definiu a matéria como bonita e triste. E é verdade. Mas acho que ela pode trazer um pouco de esperança também. 


O que eu tô ouvindo:

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Numa live que os meninos do Bruxedo fizeram com a Bruxa Preta Pam Ribeiro essa semana, eles criticaram o fato do termo "deusas negras", geralmente, estar associado a entidades ligadas ao submundo, à escuridão e a formas terríveis, sendo que, na verdade, elas não têm nada de negras. Deusas negras são Iemanjá, Nanan, Oxum, Iansã... E elas não tem nada a ver com o mundo "inferior". Casou perfeitamente com essa música abençoada que apareceu pra mim do nada e me preencheu nessa semana difícil: Saudação às Deusas


O que eu tô lendo:


Cada vez mais venho percebendo que são as matérias que venho fazendo e as newsletter que venho escrevendo que têm mantido a minha sanidade mental. E, se eu conseguir ajudar de alguma forma a manter a sanidade de quem lê essas coisas, acho que já temos um fim de mundo um pouco mais saudável. 

Se quiser me dizer o que se passa nessa cabecinha, é só me responder esse e-mail ou me achar lá no Insta ou Twitter

E a partir de agora vou me despedir da forma que a Ivy me ensinou. 

Beijos de luz y anarquia.

Com amor, 

Nathan

Se você chegou aqui através de um link, deve tá pensando: "Como eu assino essa newsletter maneira?". Ora, é só deixar seu e-mail aqui. E dá pra ler as edições anteriores aqui também. Se não curtiu e tá aqui lendo esta última linha, admiro sua capacidade de autoflagelação.