Resumo da Semana - #18

Oi, genteeee!

Por onde começar?

Essa semana foi um roteiro de Lars von Trier filmado por Wes Anderson - e se você não faz a menor ideia de quem são esses cineastas, só saiba disso: seria um filme confuso. Mas se a gente vai parando, voltando, lendo as críticas… no fim a gente entende.

Então vamos tentar.

Vacina vencida?

Quando a gente acreditava que a semana já caminhava para o final, a Folha lança uma bomba: 26 mil brasileiros teriam tomado vacinas vencidas contra a covid. A reportagem levantou uma dúvida séria (e grave para o jornalismo, nesse momento de descrença que a gente enfrenta na profissão). Só que eles fizeram um cruzamento de dados da vacinação dos cidadãos com os lotes cadastrados pelo SUS - e isso indicava, sim, que pessoas haviam se vacinado com doses vencidas.

Mas as prefeituras responderam com inúmeras desculpas para os dados estarem incorretos e mostraram que o preenchimento do sistema é, na verdade, uma bagunça. E é, de fato, muito sério que o sistema do SUS seja falho dessa maneira e isso precisa ser corrigido mas, afinal de contas, algum brasileiro tomou vacina vencida? Isso ainda não se sabe.

Para entender melhor essa treta, a reportagem do G1 - menos catastrófica que a da Folha:

CPI do No Limite

No reality preferido do Circo de Vera Cruz, a semana foi de dúvidas. Isso porque a Folha (sim, ela de novo) revelou um suposto esquema de propina que teria cobrado US$ 1 por dose de vacina no ministério da Saúde.

O problema é que o vendedor que teria ouvido o pedido de propina depôs e… bem, não convenceu ninguém. A ponto de os membros da CPI desconfiarem que ele foi “plantado” na comissão só pra tumultuar - e, claro, desviar o foco da denúncia que é mais séria e grave, a da pressão pela compra da Covaxin (que teria sido negociada por 1000% a mais do preço original).

Quem também foi ouvido na CPI foi o empresário Carlos Wizard, que ficou calado em todas as questões. A postura contrastou com todas as entrevistas e vídeos da internet em que ele se mostrava tão entendido em saúde pública, vacinas, epidemiologia - e até riu dos mortos pelo coronavírus. Um covarde. Além de apoiador do genocídio.

Quem também demonstrou medo de tanta bobagem que fala (e olha que não é pouca coisa) foi a deputada homenageada com uma música pelo presidente da CPI.

Se você não pegou a referência da música no parágrafo anterior, vale a pena ler essa thread que postei aqui. Mostra como a 5ª série está no poder, no Brasil. Inclusive essa deputada anda triste, gente.

Que dó, não?

Mudou a lei, sabiam?

Sim, sim. Agora, está liberado dizer que “não sabia de nada” em relação a denúncias de corrupção. Antes, não podia. Mas agora, ao comentar o lamaçal em seu governo, o Ex-Comentarista do Superpop mandou essa.

E uma boa (?) notícia

Também quando a semana já quase acabava, o Conversa com Bial trouxe uma revelação importante: o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu que é gay. A interrogação ali no título se dá porque, ao mesmo tempo que essa é uma notícia importante para a comunidade LGBTQIA+, porque mostra como as pessoas podem - e devem - cada vez mais viver aquilo que elas são, também gerou muitas críticas.

Isso porque Eduardo Leite, em 2018, apoiou o genocida homofóbico que governa o Brasil. Como pode alguém que se mostrou tão bem resolvido para o Bial ter feito campanha para alguém que já disse que “se tivesse um filho gay, encheria de porrada?”

Esse texto do advogado Thiago Amparo tenta esclarecer o paradoxo.

Vídeo da Semana

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Tchau!

É isso, pessoal! Semana que vem, estou de volta. Obrigado pela companhia de vocês, também por aqui. Até lá!