Eu gosto sempre de começar a conversa neste vídeo aqui do designer Stefan Sagmeister, que infelizmente não tem legenda. Mas vou destacar um trecho que dá um belo resumo:
Todo mundo adora mandar um “storytelling” pra falar de conteúdo… | ||
Eu gosto sempre de começar a conversa neste vídeo aqui do designer Stefan Sagmeister, que infelizmente não tem legenda. Mas vou destacar um trecho que dá um belo resumo: | ||
“Recentemente eu li uma entrevista com um designer de montanhas-russas e ele se referiu a si mesmo como um storyteller. 'Não, idiota, você não é um storyteller. Você é um designer de montanhas-russas e isso é fantástico. Que bom pra você. Mas porque você ia querer ser um storyteller se você cria montanhas-russas?’” | ||
Ele pode ter sido meio honesto demais ai, mas não falou nenhuma mentira. “Pessoas que realmente contam histórias, como escritores e diretores de cinema, não veem a si mesmos como storytellers”. | ||
Contando historinha | ||
Procure aí pelo Google e você vai achar muitas definições do que storytelling significa. Pode ir de algo simples tipo “contar uma história” até algo mais complexo no nível “criar uma jornada para o público utilizando conflitos e mensagens”. | ||
Mas marketing não é storytelling. O mundo do marketinho tentou criar um valor para a jornada clássica de atração-retenção-venda. Como se a ideia de contar uma história com significado fosse tornar isso mais valoroso e significativo. | ||
O storytelling tem um papel específico na estratégia: capturar a atenção e dar contexto para alguns conteúdos. Quando eu conto uma história, eu busco manter a pessoa atenta e envolvida para absorver melhor o que eu tenho para transmitir. Não há conversa. Eu falo, você presta atenção. | ||
Mas você já sabe, conteúdo de verdade é conversa. E não dá pra conversar contando história. Senão vira interrupção. A tal da narrativa deve ser só um guia, mas não pode ser a base de todo o conteúdo. Muito menos do marketing, senão você volta a ser a marca que só fica falando, falando e falando… | ||
Dá para fazer uma estratégia de rede social inteira como storytelling? Não. O que dá para fazer é um post (carrossel, por exemplo). Algo com começo, meio e fim, que retenha a atenção e depois gere uma resposta. O mesmo para um vídeo ou até uma newsletter. Eu vou começar em algum lugar, passar por um caminho e chegar ao meu destino e o público não vai interferir em nada. Não há interação. | ||
O storytelling é apenas uma ferramenta da sua estratégia. Uma das muitas maneiras de começar ou incentivar uma conversa. | ||
Minha recomendação? No mundo do conteúdo, seja menos storyteller e mais conversation maker. Menos a pessoa que quer contar histórias e mais aquela que quer engajar e interagir com os outros. Afinal, ninguém gosta de palestrinha. | ||
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RECHEADA DE INFORMAÇÃO | ||
Toda semana, um gráfico pra você pensar… | ||
Brasileiro adora uma foto. Então só faz sentido que também adore juntar elas pra se inspirar. | ||
TÁ QUENTINHO (hoje só sobre social) | ||
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo. | ||
WhatsApp vai criar Comunidades… | ||
São um novo tipo de grupo, mas com funções de administrador que permitem deletar mensagens, retirar usuários e fazer chat de áudio para até 32 pessoas. A Meta ainda não deu mais informações, mas já foi vazado para o mercado que esse novo recurso permitirá mais de 200 pessoas em cada “grupo”. Na prática, é a versão do Zuckerberg para o Telegram. Como isso deve afetar o engajamento dos usuários? Bastante. Tanto que o STF daqui até já bateu um papo com os donos da ideia para adiar o recurso até depois das eleições… | ||
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O TikTok liberou usuários para fazerem 👎 | ||
O recurso de dar um “não gostei” nos comentários já estava sendo testado há algumas semanas, mas passou a ser disponibilizado mais amplamente nos últimos dias. O objetivo é reforçar a moderação com a ajuda dos usuários. Com isso, a rede social espera “fomentar engajamento autêntico nos comentários” e se livrar de spams e outros conteúdos que naturalmente sempre aparecem quando uma plataforma começa a atrair mais e mais usuários. O preço do sucesso. | ||
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Quanto mais hashtag melhor? Na verdade… | ||
Não é bem assim. Um levantamento feito pelo SocialInsider revelou que o uso das #hashtags não afetam o alcance dos posts no Instagram. O próprio Head da rede social, Adam Mosseri, já havia afirmado isso na semana passada. Mas agora a ciência comprovou. Na prática, o recurso só ajuda a categorizar o conteúdo, ou seja, pode ajudar seus posts a serem encontrados com mais facilidade, mas não afetam o algoritmo em nada. E quer saber mais? Quantidade de # usadas também não. Desculpa ser eu a te contar isso. | ||
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Sabe o que acontece quando você compra seguidores?… | ||
Não muita coisa, de acordo com o Hootsuite. Eles fizeram o teste prático e desembolsaram uma grana para ganharem “seguidores de qualidade”, supostas pessoas reais que, além de seguir o perfil, dão like e comentam. O resultado: 335 novos seguidores a um custo de 1,50 Dólar cada e pouco efeito real no engajamento. Dava para conseguir o mesmo ou mais com uma boa campanha de impulsionamento e uma estratégia acertada de postagens. Mas vale conferir o texto completo em inglês onde eles detalham mais sobre esse submundo da compra de likes. | ||
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E o melhor horário para postar nas redes sociais é… | ||
Das 9:00 às 10:00, entre terça e quinta-feira. O levantamento foi feito pela Sprout Social, considerando seus mais de 30 mil clientes. O resultado é uma média considerando as principais redes sociais. No detalhe de cada uma, a Agenda do Vai Dar Bom fica assim: | ||
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Ah, e o pior dia geral para postar? Domingo. Para entender melhor a metodologia e considerações de fuso-horário, dá uma conferida no levantamento completo, em inglês. | ||
É CASE QUE VOCÊ QUER, @? | ||
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo. | ||
A Sephora queria entrar na conversa sobre auto-imagem e autoconfiança feminina. Para isso, contou com a ajuda da influencer @girlboss para desenvolver esse podcast de bate-papo tratando justamente sobre o tema com diferentes convidadas de diferente experiências de vida. Em 2 temporadas e 13 episódios, #Lipstories também deu origem a uma linha de cosméticos e ajudou a reaproximar a marca do público jovem. | ||
Obrigado pela leitura! | ||
Esta é a newsletter RECHEIO. Toda quarta-feira, às 07h08, conteúdo que importa direto no seu e-mail. | ||
Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo, além de inovação, tecnologia e memes. | ||
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