Chegou a hora de analisar o novo Analytics…

Na edição passada eu joguei a bomba e sai correndo. Mas é claro que eu ia voltar aqui para contar mais sobre a tal aposentadoria do Google Analytics atual para a chegada do GA4, a nova versão da plataforma de medição de audiência.

Fato é que o Google foi até bonzinho e, desde 2020, vem soltando comunicados, orientações e dicas de como colocar a nova versão da ferramenta dentro da sua operação. Muitos especialistas em SEO bateram o pé e defenderam que não era hora de migrar e que seriam necessários muitos testes antes de validar as métricas oferecidas pela nova versão. Mas agora não tem jeito, a partir do ano que vem, todo mundo vai ter que usar, ou vai pilotar no escuro (e sem faróis).

Mas é grave assim?

Sim e não. A mudança é bem drástica na operação, mas nada que vá invalidar o que você aprendeu até hoje. Na verdade, a ideia é evoluir. E para nossa sorte, muitos especialistas se debruçaram sobre o GA4 nas últimas semanas para explicar pra gente as principais mudanças que vamos ter que trazer para nossas vidas. Respira fundo e vem comigo. Mesmo que você não domine nada de métricas, esta vai ser uma boa janela pra começar a entender.

Primeiro, tem a análise em tempo real mais aprofundada. É possível olhar dados coletados em até 30 minutos passados, de onde eles vêm e os seus perfis de navegação. Também é possível ter detalhes da versão do app e abas abertas. Ou seja, muito mais detalhamento por usuário.

Outro ponto interessante que surgiu no GA4 é o tempo de engajamento do usuário, que considera o tempo de qualidade que as pessoas passam no site ou app. A ideia é olhar menos para bouce rate ou tempo na página e qualificar mais o tipo e a profundidade da navegação.

De olho nas tendências

Uma das promessas mais legais do novo Analytics é indicar mudanças de comportamento dos KPIs. Ou seja, ao invés de ficar olhando apenas para os números de acessos, pageviews e sessões e mirar em um resultado, o estrategista de SEO vai poder ser alertado sobre mudanças nas tendências dos visitantes e, assim, colocar outras estratégias para rodar.

Na prática, o GA4 é uma ferramenta para quem faz sites e aplicativos vivos e ativos na rotina do usuário, sempre focados em melhorar a experiência, não apenas atingir metas.

Para isso, se prepare para contar com muita inteligência artificial e machine learning, que trarão notificações e insights de como sua estratégia está performando. Pois é, SEO e conteúdo são trabalhos constantes.

Dado não é roubado

Quem está de antena ligada já percebeu: a farra dos dados acabou. A Apple pede sua autorização para compartilhar suas informações com apps terceiros. O Android também. E o Google já está contando os dias para descontinuar a tecnologia de cookies de navegação e trocar por um sistema que analisa comportamentos de pessoas sem que seja possível ter informações específicas sobre elas.

Mais do que nunca, o verdadeiro engajamento terá que ser baseado em análise de comportamento e menos em perfil de usuário. Não importa se é homem, mulher, jovem, idoso, brasileiro ou argentino. Para engajar, o que o conteúdo precisa saber é como a pessoa age, o que ela faz e do que ela gosta. Mantenha o foco nisso e seu conteúdo vai continuar performando muito bem. Perca-se nos números e se prepare para ser carta fora do baralho. Ou dado fora do tabuleiro…

RECHEADA DE INFORMAÇÃO

Toda semana, um gráfico pra você pensar…

Continuando na conversa da semana passada, alguns dados para você.

OPS…

No gráfico RECHEADO DE INFORMAÇÃO da semana passada, os dados eram referentes ao mês de janeiro de 2022, e não de 2020. Corrigi a publicação logo depois de ir ao ar, mas os e-mails disparados ainda assim foram com o ano incorreto.

TÁ QUENTINHO

As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.

CNN ENTRA NA ONDA DO STREAMING…

Com (isso mesmo, você adivinhou) o CNN+. Há quem diga que a empresa está chegando tarde em um mercado já saturado, mas a aposta da gigante de mídia é criar “o serviço mais completo direto ao usuário de assinatura de notícias”, segundo o VP executivo e Chief Digital Officer, Andrew Morse. A plataforma foi lançada esta semana nos EUA e oferece uma programação ao vivo exclusiva diferente do canal a cabo, além de séries e documentários e um acervo enorme de produções do passado. Ainda não há previsão de chegada ao Brasil.

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Podpah prestes a dominar a programação…

Pois é, o Podpah, possivelmente o maior podcast brasileiro hoje, está planejando se tornar um canal de YT com programação diária variada. Eles já contam com mais de 5,25 milhões de inscritos no YouTube e fazem transmissões de entrevistas ao vivo em uma agenda cada vez mais disputada por celebridades, políticos e figuras do mercado. Igor Cavalari (Igão) e Thiago Marques (Mítico) dominam a bancada, mas já planejam colocar outros nomes à frente da programação. Uma clara visão de estratégia de expansão do negócio.

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Pinterest agora permite exportar vídeos…

E tem gente que até esquece que a plataforma tem vídeos, mas eles estão lá! Faz parte do serviço Idea Pins, uma tentativa de hackear o sucesso do TikTok. O formato é legal e permite leituras mais aprofundadas do que nos concorrentes. Porém, o recurso ainda é pouco usado, o que motivou a rede social a liberar o compartilhamento do conteúdo no Instagram e Facebook, com a devida marca d’água. Além disso, também é possível fazer download para aproveitar em outras redes.

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As 3 perguntas para criar conteúdo relevante são…

De acordo com John Hall, da Forbes:

1 - Quem realmente é seu público-alvo?

2 - Como anda a reputação online da sua marca?

3 - Como você pode mudar sua estratégia para melhor?

Achei a abordagem bem interessante pois ela propõe aprofundar mais no contexto do seu conteúdo do que nele propriamente. E, de fato, se você parte desse princípio e tem ele bem estabelecido, a criação fica muito mais fácil e objetiva. Vale a leitura do artigo completo.

CHORRINDO

Mais uma do imbatível @malvados

É CASE QUE VOCÊ QUER, @?

Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.

Em 2016, a Samsung ganhou o primeiro prêmio de branded content do tradicional evento de cinema Tribeca Film Festival com este curta metragem. Hearing Colors é sobre Neil Harbisson, um homem com acromatopsia e, por isso, incapaz de ver cores. Mas ele tem uma antena em sua cabeça que permite que ele possa ouví-las. Uma análise fascinante sobre a união entre humanidade e tecnologia que não mostra nenhum produto da marca patrocinadora para passar sua mensagem.

Obrigado pela leitura!

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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo, além de inovação, tecnologia e memes.

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