O "sincero" abraço de Lula e Alckmin.

Longe de mim querer bancar o analista político. Porém, o acontecimento deste domingo (19) é, na minha visão, um marco desde a redemocratização.

“Ontem” inimigos, “hoje” possíveis amigos. Como o mundo gira.

Para falarmos dessa relação é importante voltarmos no tempo, 2006, especificamente, o ex-Tucano e o Petista protagonizaram o segundo turno das eleições presidenciais, naquela ocasião, o debate, como de costume, extrapolou o campo das ideias/propostas e acabou se tornando uma disputa de acusações.

Acontecimento esse que, provavelmente, será relembrado pelos opositores, caso a chapa se confirme. O jogo político Brasileiro em seu estado puro, ataque a persona e não a proposta.

QUAL O OBJETIVO DESSA APROXIMAÇÃO?

Por enquanto, não temos uma resposta direta para essa pergunta, mas o que sabemos é que todas as vezes que o PT venceu as eleições presidenciais, sem exceção, o vice foi alguém que tinha boa comunicação em outro espectro político e/ou social.

Tendo isso em vista, é possível que a intenção de Lula ao se aproximar de Alckmin tenha como finalidade a boa interação com algum setor da centro-direita e com o empresariado. 

E OS ELEITORES?

Uma das maiores dificuldades para uma parte do eleitorado Petista é aceitar a parceria com alguém que, em certo momento, já foi seu maior rival político e defensor de ideias conflitantes com a visão de mundo dos Lulistas.

Certamente a repercussão foi muito maior pelo lado de Lula, por conta de sua posição nas pesquisas. Até porque, o ex-Presidente sabe que, no quesito votos, o Tucano de carreira tem pouco ou quase nada a acrescentar.

Estamos nos encaminhando para 2022 e o jogo político vai se esquentando cada vez mais. 

Emerson Lucas.