A vida como ela é
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A vida como ela é

Nada foi mais importante em 2021 pro Flamengo do que o jogo contra o Ceará. 

Rica Perrone
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Nada foi mais importante em 2021 pro Flamengo do que o jogo contra o Ceará. 

Não foi um jogão, o time não foi bem pra cacete, o resultado não muda o cenário de quase título do Galo. Mas lá estavam 40 mil pessoas fazendo o que o mundo virtual jamais sugeriu. 

Na internet é o fim dos tempos. Um time fracassado, uma torcida puta, um jogador ameaçado e um ano "perdido".  No Maracanã, o povo real. O apoio, os aplausos, a verdade.

Uma torcida que foi lá pra dizer que "tá tudo bem". Afinal, não somos todos burros. Se em 3 anos ganhamos 12 taças, não sou idiota de vir aqui te xingar ou achar que vivemos uma crise por terminar 21 perto de duas sem conquista-las.

Nem todos que estão nas redes sociais são idiotas. Mas todo idiota está numa rede social. 

Todo sujeito excluido da turma, fora da realidade, aquele cara sem amigos, sem convívio social e de visão limitada e deturpada da vida que quando garoto se isolava na escola achou uma forma de ser ouvido.

Encontrou um lugar pra ser quem ele queria ser, não quem ele é. Juntou-se com outros "excluidos" e passou a discutir em peso absurdos que parecem pautas populares.

10 minutos em madureira você descobre que o Twitter não representa nada. 15 em Trancoso você passa a rir das modelos felizes do instagram. 

Hoje, ao entrar no Maracanã que abraçava o time, Andreas e não foi lá pra protestar, você entendia que mais uma vez a rede social é uma bolha.

Viva o mundo real.  Ele existe. Acreditem.

RicaPerrone