Existem quedas e quedas
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Existem quedas e quedas

Caiu.  Enfim, o Grêmio caiu.  

Rica Perrone
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Caiu.  Enfim, o Grêmio caiu.  

Como se desenhava, não como se esperava. Surpreendente, merecido, absurdo e surreal. Como o Grêmio por vocação.

De 2016 pra cá foram 2 semifinais de Copa do Brasil, duas finais.

Duas semifinais de Libertadores, uma final.

Tres vezes entre os 4 melhores do Brasileirão.

4 títulos gauchos em sequencia.

Uma arena espetacular, milhões em revelações e quase nenhum grande investimento em reforços.

Finanças em dia. Organizado. 

Se isso for retrato de um clube que merece cair ou que precisa se reformular por completo, não sei o que pensar dos demais.

Voltará. Fácil. Brincando, eu diria. Ainda que o futebol seja inexplicável como foi em 2021.

Existem quedas e quedas. Todas doem. Algumas geram sensação de fim do mundo, outras de um deslize. 

Essa foi deslize.

Time grande cai, sim.  Mas volta. E fica.

O Grêmio viveu um fim de ciclo arrasador. Tal qual seu ciclo vencedor. 

Extremos. Como gosta o Tricolor. 

Até pra subir virou filme. Pra cair tinha que ser assim, dramático. Triste. Mas merecido dentro do campo.

E que assim seja a volta. Merecida, dramática se preciso for, mas urgente e definitiva.

A série A precisa muito mais do Grêmio do que o Grêmio da série A.

E saiba, confidencio, que doeu em mim bem mais do que como jornalista.  Aprendi a gostar desse clube e de sua torcida. Vê-los chorando me machuca. 

Mas eu sei, como vocês sabem, que é só mais um capítulo triste de uma historia sem fim. E gloriosa.

Até breve.  

RicaPerrone