Minas revela que não queria dispensar Maurício
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Minas revela que não queria dispensar Maurício

O que nós imaginávamos foi confirmado. O diretor do Minas teve um áudio vazado explicando a situação do Maurício no clube.

Rica Perrone
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O que nós imaginávamos foi confirmado. O diretor do Minas teve um áudio vazado explicando a situação do Maurício no clube.

"Ele não foi mandado embora porque ele é homofóbico, porque ele não é homofóbico. O que ele falou foi uma declaração pessoal dele. Ele foi mandado embora para a proteção dele. E ele recebeu integralmente o salário dele e a proteção do Minas".

E segue:

"Nós fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído, tá? E que todos saibam que nós pagamos o contrato dele integral até maio. Ele não ficou desamparado. Ele recebeu o salário dele todo antecipado e nós fizemos isso porque nós não tivemos apoio".

Quer mais? 

"A gente tem que aprender a ser proativo e não reativo. Essas comunidades radicais elas são ativas. Eles foram na presidência da Melitta na Alemanha, eles foram na Fiat em Betim, lá na Itália, tá certo? E nós ficamos literalmente rendidos, tudo o que nós fizemos nós fizemos a gente era de simplesmente derrotados, porque haviam milhares de manifestações contra o Minas, contra o Maurício".

Eis o jogo. 

Se discordam, destroem. Se juntam, pressionam, ganham da maioria porque ameaçam. As marcas sofrem de síndrome do pânico hoje no planeta. 

Ninguém tem culhão pra dizer "eu não vou me meter", ou "a responsabilidade é dele. Processe-o". 

Todos correm. Todos tiram da reta. Entendo o lado do clube, mas honestamente, alguém vai deixar de comprar um FIAT por causa dessa merda?

Não fode. 

É terrorismo. Milícia digital. 

Ou faz o que eu quero, ou eu te arrebento. E ai de quem não fizer. 

Fizeram.

E esclarecendo hoje que nem queriam fazer. Venceu a minoria que grita. Porque?

Porque você também tem medo e se cala. Todos nós. 

Repito: Somos um grupo de 50 correndo de meia duzia. 

Eles tão armados, é verdade. Apontam um microfone calibre 38 na sua reputação se você discordar deles. 

Mas ainda assim, são só 6. 

Vamos continuar correndo? Ou brigar pelo direito DELES e também os nossos de opinar, discordar e não fazer disso um assassinato em praça pública pra dar exemplo?

Não precisa concordar com o Maurício. Eu não concordo. Mas é preciso interromper esse poder paralelo dado a alguns por meio de um microfone de determinar quem segue ou quem tem sua vida destruída. 

Ou vocês acham que se fizerem campanha a Globo vai demitir o Andreoli? Esquece. Eles sabem que só um lado arrega. E é o nosso. 

RicaPerrone