A bola chega em meio a 2 volantes, um zagueiro na sobra, ninguém por perto e com um toque na bola Renato clareia a jogada e segue sua corrida elegante, quase lenta, em direção ao próximo espaço que ele mesmo vai criar.
A bola chega em meio a 2 volantes, um zagueiro na sobra, ninguém por perto e com um toque na bola Renato clareia a jogada e segue sua corrida elegante, quase lenta, em direção ao próximo espaço que ele mesmo vai criar. | ||
Incansável. Volta, pede a bola, arma, abre, finaliza. | ||
Renato joga num dos clubes de maior pressão do planeta. Muito mais do que 99% dos times da Europa. E aguenta. Perdeu as referências técnicas do time ao longo do ano e segurou sozinho. Levou nas costas. | ||
Maestro. Meia clássico. De frente pro gol, não fazendo pivô ou se esquivando de dividida. | ||
O toque lúcido, lúdico e útil. O jogador que ao sair do time desequilibrou o Brasil na Copa de 2018 e que ao voltar pra ele quase nos classificou na injusta derrota pra Bélgica. | ||
Renato joga bem o tempo todo. Onde for, na condição que for, no esquema que precisar. | ||
Não há um jogador como Renato mais no futebol brasileiro. O meia "meia". O 10. O cara que dita ritmo, direção e intensidade na partida. | ||
Sua temporada não se resume em números. Porque ele parece não se importar em dar o último passe ou fazer o gol. É da sua personalidade não querer o holofote, embora os mereça. Joga o tempo todo pra quem estiver melhor colocado e se preciso volta 20 metros no campo pra que outros possam avançar. | ||
Jogador de nível europeu, padrão brasileiro. Craque. | ||
Essa foto é a roupa que Renato devia usar em campo e não na concentração. | ||
Sem malabarismo. Sem show. Sem marketing. O mais antigo dos modernos, o mais moderno dos meias antigos. | ||
O último deles, talvez. | ||
Nos meus 26, estaria. Ninguém precisa testa-lo ou apostar nele. É tiro certo. | ||
Quem sabe? | ||