Não temos mais tempo para não sermos nós mesmos.
45
0

Não temos mais tempo para não sermos nós mesmos.

Rodrigo Portaro
0 min
45
0
Email image

🎬 Olá storytellers!

Você gosta de mudança?

Quando uma pessoa fala em uma entrevista de emprego que e ela gosta de mudanças repentinas e ambientes dinâmicos, provavelmente é mentira. Pessoas não gostam de mudar. Mudar exige esforço, é incômodo, mas tem vezes que é necessário. Quando percebemos que é preciso mudar, TALVEZ mudamos.

Rodrigo, estamos falando de mudanças, por quê?

Por que a nossa indústria precisa mudar. Isso é um fato, mas tem quem vai mudar, tem quem não vai mudar.

"Que mudança é essa, Rodrigo?"

Ontem ainda havia covid-19, a Ancine paralisada, uma guerra entre streamings, dúvida do que aconteceria com os cinemas ao redor do Brasil e do mundo, inseguranças e medo entre os profissionais. Algumas pessoas mais otimistas outros mais pessimistas.

Hoje, tudo isso permanece igual. Aparentemente igual. Só que essa "aparência" é uma mera ilusão. Muitas coisas fundamentais estão mudando e não me refiro ao "novo normal". Me refiro a uma mudança que vinha acontecendo desde antes da pandemia.

Nos últimos dias uma pequena e invisível mudança acontece dentro de cada um de nós.

Literalmente, a cada dia que passa, descobrimos nas redes sociais que alguém realizou um sonho que tanto imaginávamos realizar. Ao nos perguntar "como não fomos capazes de realizá-lo ainda?", percebemos que vivemos no piloto automático da vida. Poderíamos ter vivido, e não vivemos.  Aí pensamos que a vida é injusta ou que somos incapazes.

Também descobrimos que a nossa ansiedade surge da nossa necessidade de provar alguma coisa para alguém ou para nós mesmos. Ela surge de viver antecipadamente o futuro, de não conseguirmos enxergar o presente.

Ignoramos o fato de que todos os dias estamos nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas, com os mesmos assuntos, e que queremos que as coisas sejam diferentes.

Entendemos que a sociedade estabeleceu os padrões de sucesso e que nós "caímos nessa". 

Muitas vezes perdemos o sentido a nossa vida, simplesmente por nunca mudar nada.

Você se identifica com isso?

Logo, chegamos à conclusão de que pior do que a mudança é a estagnação em um lugar que não nos satisfaz. É isso que nos faz querer mudar e o que fará algumas pessoas da nossa indústria mudar.

Essa verdade quase não aparece nas redes sociais e não aparece nos jornais. Elas aparecem nas conversas na mesa do bar, na casa da amiga, no whatsapp com o amigo, em tantos lugares, mas principalmente nas conversas consigo mesmo(a).  

Essas descobertas nos levam a olhar o mundo com outros olhos, a ter novos desejos e sonhos, encontrar significado em pequenas coisas do dia a dia que fazem toda a diferença.

A verdade é que as pessoas estão perdendo a paciência com os padrões de sucesso do passado. Nós não temos mais tempo para não sermos mais quem nós nascemos para ser. Estamos falando de pessoas adquirindo outro nível de consciência. Essa é uma mudança que quando acontecer não tem volta. É um ponto de virada, é um incidente incitante.

"Como isso se relaciona com a indústria audio visual e cinematográfica, Rodrigo?"

Na minha opinião:

Os modelos de negócio que foram construídos e que nos trouxeram até aqui, não serão os modelos que nos levarão para o futuro. Nem mesmo os streamings vão sobreviver atuando como atuam hoje.

"Nossa, forçou a barra nessa frase", você pode pensar. 

Não digo que a Netflix vai desaparecer, ou a Disney plus, ou a Amazon Prime. Eles são poderosos demais para simplesmente desaparecer, mas mesmo com o poder que ele tem, a única saída é a mudança. E se os streamings estão ameaçados, imagina as TV's abertas e fechadas, e os cinemas!

Essa nova consciência de algumas pessoas da população está correndo nas veias das audiências, dos artistas, dos trabalhadores, e de muita gente. Essa nova linha de pensamento e comportamento não combina mais com os antigos modelos de negócios, nem com a mensatilidade e comportamento de antigos líderes de grandes Studios, Streamings, Produtoras, Distirbuidoras, Exibidores.

É natural que líderes empresariais não queiram mudar para não perder influência, não perder mercado, não arriscar seu emprego. Eu tenho certeza que o EGO e os pontos CEGOS de muita gente fará seus negócios desaparecer em até 3-5 anos.

Veja bem, não é por mal que falo isso. Eu tenho uma produtora, eu admiro os studios, consumo os streamings, amo ir o cinema e tenho muitos amigos na indústria. A minha provocação é nos fazer pensar no detalhe como o que estou afirmando tem fundamento.

Em um mundo com mais consciência, em que artistas e trabalhadores querem viver com mais amor, colaboração, respeito próprio, respeito ao próximo e autenticidade, eu te pergunto: Como estabelecer uma relação de trabalho onde um lado ganha muito mais do que o outro? Como criar algo novo, sendo que o poder e o capital estão sempre nas mãos das mesmas pessoas?

Modelos de negócios são criados e geridos por pessoas. Eles são reflexo da mentalidade de seus líderes. Se a mentalidade não mudar, os modelos permanecerão os mesmos, e o risco da ruína é eminente. 

"Rodrigo, sempre foi assim, sempre houve centralização de poder e capital, as pessoas sempre se sentiram mal. Por que bem agora vai mudar?".

Até hoje, grandes mudanças não aconteceram, pois até hoje o poder e o capital são realmente fatores determinantes. Quem tem dinheiro e poder, define o futuro.

No entanto, isso já mudou em muitas indústrias. Pergunte para as grandes gravadoras de CD's que tinham poder e capital, pergunte para as coperativas de Taxi, pergunte para os donos de hotel, pergunte para as lojas de brinquedo.

A internet surgiu para estabelecer novas regras, ONDE O INDIVÍDUO PODE TER MAIS PODER DO QUE AS EMPRESAS.

Por exemplo, hoje me sinto muito mais preparado para o mercado de trabalho ao estudar  através da internet com um expert de mercado que eu admiro, do que através de uma universidade que é mal gerida, atrasada e longe da minha casa.

A diferença é que hoje nós podemos viver dos nossos talentos. Nós podemos ganhar dinheiro sendo quem tanto gostaríamos de ser, sendo orginais, sendo autênticos.

 Um roteirista pode ter sua própria newsletter e receber dinheiro por isso, um filmaker tem tecnologia suficiente para fazer tudo com seu próprio material de trabalho em casa, um ator pode criar um canal de comédia e fazer sucesso sozinho. Enfim, os exemplos são infinitos.

Por isso, os artistas e profissionais da indústria não vão tolerar trabalhar em um lugar para não exercer àquilo que eles não nasceram para fazer, para não ser autênticos, para ficar estagnados. E muito menos, se sentirem "explorados" na hora de negociar um contrato.

Pois agora eles tem uma alternativa.

Indo além, nem mesmo os funcionários de grandes empresas se sentirão à vontade de trabalhar em um lugar que não se relaciona de uma forma diferente com seus clientes. 

Entendam uma coisa.

Apesar das nossas diferenças de cor, sexualidade, formação, idade, cidade, quantia de dinheiro no banco, no final das contas, todos nós queremos as mesmas coisas: Ser feliz, se sentir pertencende, evoluir, significado para a vida. 

Galera, nós somos todos iguais. 

Em breve, alguém vai surgir com algum modelo que respeitará esse princípio de vida, e será um catalizador de pessoas que desejam a mudança, e isso vai crescer tão rápido, que vai incomodar ou eliminar quem não estiver preparado. Inclusive os streamings.

Você acha que as empresas precisam mudar, ou não?

Você já se olhou no espelho?

Se sim, para quem você pode emrpestar o espelho?

To be continued...

⚠️Sobre a construção deste conteúdo: 

  • Horas para ser produzido: 04 horas
  • Revisão: 01 revisão de terceiros

💡Todo gerador de conteúdo está dedicando horas de trabalho e conhecimento acumulado para levar até você alguns insights que podem te ajudar no dia a dia. Ajude um gerador de conteúdo sempre que achar que vale a pena, para que ele dê continuidade nesse trabalho. \o/ 

Pela página da web, você pode dar umas raquetadas🏓 nesse texto ou até dar um Pingback  (um cafézinho para animar o dia)!


Rodrigo Portaro é Fundador da Academia da Trama que cria soluções para criadores de histórias do mundo do entretenimento a pensarem suas histórias como negócios. Rodrigo também é sócio conselheiro  da The Plot Company que teve Joni Galvão e Robert Mckee como sócio (o cara que ajudou a Pixar a escrever Toy Story e mais de 60 alunos a vencer o Oscar).