Judô masculino do Brasil evoluí para Paris 2024
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Judô masculino do Brasil evoluí para Paris 2024

No ciclo para a última Olimpíada, o judô masculino do Brasil não teve um bom desempenho. Apesar de classificar judocas para as 7 categorias, o resultado em Tóquio só não foi pior graças ao bronze de Daniel Cargnin. Quatro atletas foram elim...

Marcelo Romano
3 min
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Daniel Cargnin, hoje o principal judoca brasileiro
Daniel Cargnin, hoje o principal judoca brasileiro

No ciclo para a última Olimpíada, o judô masculino do Brasil não teve um bom desempenho. Apesar de classificar judocas para as 7 categorias, o resultado em Tóquio só não foi pior graças ao bronze de Daniel Cargnin. Quatro atletas foram eliminados logo na 1º luta, Eric Takabatake na 2º luta após pegar um adversário do Laos na estréia e Rafael Baby venceu uma luta e perdeu outras duas. Pelos resultados ruins em todo o ciclo, os brasileiros pegaram adversários difíceis nas estreias. 

Para este ciclo de Paris, os resultados estão bem melhores. Um dos motivos é a mudança na comissão técnica. Hoje o masculino é dirigido por Antonio Carlos Pereira, o Kiko, um dos mais vitoriosos técnicos. Ele treinou por algum período, medalhistas mundiais e olímpicos como João Derly, Tiago Camilo, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Daniel Cargnin.  

O principal judoca brasileiro hoje é Daniel Cargnin, que lidera o ranking olímpico dos 73kg. Cargnin foi bronze olímpico nos 66kg. Mudou de categoria e teve dificuldades naturais no início. Mas já no ano passado foi bronze no mundial. No fim de 2022 venceu o Masters que reúne os melhores da temporada. Este ano foi prata no duríssimo Grand Slam de Paris e bronze no Grand Slam de Tel Aviv. 

Quem evoluiu demais foi Rafael Macedo nos 90kg. No ciclo anterior era eliminado nas primeiras rodadas de quase todos os torneios que disputava. O mesmo ocorreu na Olimpíada.  Agora é o 6º do ranking com resultados muito bons:  bronze no Masters de 2022, bronze no Grand Slam da Turquia 2022 e 5º em Tel Aviv este ano. Tem enfrentado de igual, os judocas tops da sua categoria.  Nos 100kg, Leonardo Gonçalves, que ficou fora de Tóquio por muito pouco, vem de um bronze na semana passada no Grand Slam de Tel Aviv e vai ganhar mais oportunidades na equipe nas próximas competições. Ele vai disputar vaga olímpica com Rafael Buzacarini. 

Nos 81kg, Guilherme Schmidt apareceu neste ciclo e teve bons resultados ano passado : ouro nos Grand Slam da Hungria e da Turquia. Este ano ainda não teve um resultado expressivo, mas ocupa o 9º lugar no ranking olímpico. Nos 66kg, apesar de ainda não ter bom ranking ( está em 30º), William Lima é outro nome novo que já demonstrou potencial. 

Na categoria mais pesada, a de 100 kilos acima, o titular segue sendo Rafael Baby, dono de 2 bronzes olímpicos. Ele é o 16º no ranking. O peso em que o Brasil está mais ameaçado de ficar fora de Tóquio no masculino é a mais leve, dos 60kg. Nesta, o campeonato pan-americano que dá muitos pontos no ranking, será fundamental para melhorar a situação dos brasileiros. Hoje o melhor ranqueado é Matheus Takaki em 44º.