Sobre Confiança
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Sobre Confiança

O que nós fazemos para que nós sejamos dignos da confiança dos outros?

Saulo Arruda
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Foto de Brett Jordan publicada em&nbsp;<a href="https://unsplash.com/photos/CDoKLQeUHyk" target="_blank">https://unsplash.com/photos/CDoKLQeUHyk</a>
Foto de Brett Jordan publicada em https://unsplash.com/photos/CDoKLQeUHyk

Sempre que reflito sobre confiança me vem a tona uma sensação de que isto tem mais a ver com os outros do que com nós mesmos. A máxima que: Existem pessoas que são dignas da nossa confiança e outras que não são.

Mas, e o que nós fazemos para que nós sejamos dignos da confiança dos outros? 

Claro que existem pessoas do tipo "não confio em ninguém", mas acredito que seja um tanto difícil viver em sociedade com essa lógica.

E a ficção sempre nos prova que quem diz "não confio em ninguém" naturalmente não é digno de confiança, pois geralmente dá esse conselho: "Não confie em ninguém filho" (leia com voz de brucutu). E também são os primeiros a trair a confiança de quem recebeu esse conselho.

O mais interessante é que na ficção isso normalmente é bem óbvio. Mas, na vida real é bem difícil escolher em quem confiar. Para isso, tenho uma fórmula simples: 

"Confiar em todo mundo, até deixar de confiar".

Veja que é diferente de "desconfiar de todo mundo". Dar um voto de confiança a outra pessoa ao meu ver é retribuir a ela o fato de que essa pessoa também pode confiar em você. Afinal, por que seria diferente?

Sendo assim, muitas vezes não faz muito sentido pra mim as atitudes das pessoas que nos traem a confiança. Seja lá qual for a traição eu sempre procuro entender o motivo. Por que raios essa pessoa fez isso? Qual é a real motivação? Ciúmes, inveja, ganância, vaidade, insegurança, culpa, medo, vergonha, raiva, ódio, amor? (são palavras que as vezes resumem bem os motivos e também são ótimas para começar a conversa!).

Só que geralmente esta atitude quebra a confiança que você tinha colocado na outra pessoa. Especialmente quando não entendemos a real motivação. Muitas vezes por falta de comunicação mesmo.

Não acho que a traição seja o fim da linha, mas com certeza a incapacidade de falar a respeito é. Entender os motivos, e com isso tentar melhorar a nós e a relação com o outro, é essencial para prevenir que aconteça novamente (ou pelo menos estar melhor preparado pra isso). 

Nós só conseguimos mudar a nós mesmos, lembra? Do outro só podemos esperar o melhor.