Itália demonstra na Euro que não é refém de estilo de jogo
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Itália demonstra na Euro que não é refém de estilo de jogo

No dia de ontem, em jogo emocionante, a Itália eliminou a Alemanha nos pênaltis e se classificou para a grande final da Eurocopa 2020, e agora aguarda a definição do confronto entre Inglaterra x Dinamarca, para conhecer seu último adversário ...

THIAGO RIBEIRO FREITAS
2 min
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No dia de ontem, em jogo emocionante, a Itália eliminou a Alemanha nos pênaltis e se classificou para a grande final da Eurocopa 2020, e agora aguarda a definição do confronto entre Inglaterra x Dinamarca, para conhecer seu último adversário na competição no dia 11 de julho.

Tivemos um ótimo jogo ontem, mas o que chamou a atenção foi uma forma escolhida pela Itália para jogar, se nos jogos anteriores vimos uma seleção que gostava de proporção o jogo independente do adversário, contra a Espanha como as coisas foram bem diferentes.

Inclusive, acredito que não é preciso apresentar estatísticas para demonstrar a diferença evidente entre a maneira que o time Italiano jogou na semifinal, se compararmos com as partidas anteriores.

O ponto principal, é que a Itália mostrou às seleções e também aos clubes que se pode jogar de maneiras bem diferentes com o mesmo elenco, e ainda sim conquistar bons resultados.

Até as oitavas de final, os Italianos demonstravam um futebol mais ofensivo, com a posse da bola na maior parte do jogo e tendo as principais ações de ataque dentro das partidas.

No segundo tempo do jogo contra a Bélgica, esse modelo de jogo foi se alterando, o que se explica pela vantagem de dois gols que conseguido, assim passou a ser uma seleção mais cautelosa e marcadora em campo, bem postada defensivamente.

Situação que se repetiu ontem desde o início, onde observamos um tempo mais reativo, que oferecia um posse de bola para Espanha e permitia ser atacado em várias oportunidades, para depois tentar o contra-ataque com bolas longas e rápidas, e foi assim que chegou ao gol.

Obviamente, a classificação poderia não ter ocorrido, principalmente em um jogo definido nos pênaltis, ainda assim o modelo tático apresentado foi efetivo na maior parte do jogo.

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Como dito anteriormente, uma lição que a Itália ensinou ontem, foi que não é necessário que uma equipe seja refém de uma única maneira de jogar.  

Na maior parte das vezes, o que acompanhamos são treinadores que insistem sempre no mesmo esquema de jogo, seja ele defensivo ou ofensivo, e quando precisar mudar simplesmente não conseguem fazer suas equipes se comportarem de outra forma em campo.

 Estamos falando de uma mesma seleção que foi efetiva jogando de formas muito diferentes dentro de uma mesma competição, e uma competição curta, algo raro hoje em dia, mas que é possível sim.

Fico na torcida para que o exemplo possa ser seguido em vários países e campeonatos diferentes, para que possamos entender que as vezes, abrir a mão de uma forma de jogar pode resultar na mesma efetividade, desde que a forma alternativa seja bem transmitida e executada.