Renato, o mais carioca dos gaúchos em seu no novo lar: o Flamengo
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Renato, o mais carioca dos gaúchos em seu no novo lar: o Flamengo

Ontem foi a estreia oficial de Renato Portaluppi como treinador do Flamengo, mas esse texto não foi escrito com o intuito de falar especificamente do jogo de ontem, mas sim de como a chegada do novo treinador pode impactar o elenco de forma p...

THIAGO RIBEIRO FREITAS
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Ontem foi a estreia oficial de Renato Portaluppi como treinador do Flamengo, mas esse texto não foi escrito com o intuito de falar especificamente do jogo de ontem, mas sim de como a chegada do novo treinador pode impactar o elenco de forma positiva.

Renato chega ao Flamengo após a saída de Rogério Ceni, que é tido como um técnico estudioso, aplicado e que indiscutivelmente entende muito da parte tática do futebol, esta última característica inclusive, já era notada ainda em seus tempos de jogador.

  Entretanto, essas qualidades não são garantia para o sucesso no futebol brasileiro, principalmente em um clube como o Flamengo, clube de massa do Rio de Janeiro, da gente carioca, que prefere uma forma mais leve de viver e adeptos da “boa malandragem”.

Ocorre que Rogério Ceni é exatamente o oposto disso, Rogério é o cara que trabalha duro e que é muito competente exercendo sua função, mas que não possui jogo de cintura algum para lidar com pessoas e isso não é de agora.

 Rogério já é um treinador de muita qualidade, mas ainda não é um bom gestor de pessoas, e isso dentro do vestiário de um tempo grande é muito importante.

Certa vez, ouvi que o Rio de Janeiro é muito peculiar quando se trata de adaptação de pessoas vindas de outras regiões, do país, pois, ou você entra no ritmo do carioca ou muito provavelmente não vai ser feliz morando no Rio, e sinceramente acho que isso resume muito bem a passagem de Rogério Ceni pelo Flamengo.

Por outro lado, quem assume o comando do clube é Renato, um gaúcho de origem, mas tão carioca que já foi intitulado como rei do Rio quando ainda era jogador. 

Renato é o típico carioca, que entende muito bem o que é viver no Rio de Janeiro, que lida com os jogadores e com a imprensa com uma habilidade única, que faz os jogadores comprarem sua ideia de jogo e correrem por ele em campo, como se ele fosse um amigo querido.

Importante lembrar que Renato não é apenas isso, é também um indivíduo que entende demais de futebol, que revela bom jogadores por onde passa e que possui uma capacidade incrível de recuperação de jogadores esquecidos e também de potencializar o desempenho de jogadores comuns.

Dentro das linhas é imprescindível ter alguém capacitado no quesito tático e que enxergue rapidamente o que precisa ser reavaliado, configurado ou configurado no momento.

Mas treinar um tempo grande no Brasil, ainda mais como o Flamengo, vai muito além disso, é preciso demonstrar que está ao lado dos jogadores, mostrar que eles serão muito cobrados sim, mas na entrevista coletiva, quem vai para si a responsabilidade é o treinador, sem configurações desnecessárias e sem tentar demonstrar que é maior que o grupo, e Renato é mestre nisso.

Além disso, pra quem ainda acha que Renato é pouco identificado com o clube carioca, sugiro estudar o passado do mesmo, pois como jogador ele brilhou no Flamengo ao lado de Zico e muitos outros, foi campeão brasileiro jogando muita bola e quando estava de saída iminente para o time da Roma, uma torcida do Flamengo fez até vaquinha pra frequentar-lo no clube.

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Renato é sim o maior ídolo da história do Grêmio, mas por anos morou em um hotel, por não se sentir totalmente à vontade em Porto Alegre, seu habitat natural na verdade sempre foi a praia.

Renato é o mais carioca dos gaúchos e que em minha opinião vai um belo casal com o Flamengo, tendo como sua casa no Rio de Janeiro e no quintal desta casa, a praia, os amigos, o Chopp gelado e o futevôlei.