CRÍTICA - CRUELLA (2021)

Depois de muitos anos, o filme estrelado por Emma Stone finalmente estreou no Disney+ e também nos cinemas nessa sexta-feira (28/05). Com a proposta de contar a origem da personagem, o filme a acompanha desde a infância até a sua ascensão como a maléfica estilista de sucesso. Com elementos e easter eggs do clássico "101 dálmatas", vemos uma versão que humaniza mais Cruella, e que busca preencher lacunas no passado da vilã.

A atuação de Emma Stone é o maior destaque do filme. Ela encarna muito bem as várias facetas de Cruella, e traz um novo olhar para a personagem. No entanto, não se engane achando que há uma descaracterização da vilã. Ela mantém seus traços maldosos, mas com um toque a mais aqui. Cruella também é criativa, rebelde, vanguardista e charmosa. Claro que grande parte disso se deve a ótima atuação de Emma Stone no papel principal.(A atriz está melhor aqui do que estava em La La Land, no papel que lhe rendeu um Oscar)

A trilha sonora é irretocável. Músicas clássicas, desde Bee Gees até Rolling Stones, surgem durante o filme, e engrandecem vários momentos da história. Os figurinos também são de cair o queixo e conseguem representar muito bem toda a rebeldia e genialidade de Cruella. (Sinto cheiro de Oscar de Melhor Figurino vindo aí)

O resto do elenco, principalmente Emma Thompson, está excelente. Claro que alguns não recebem tanto tempo de tela, mas todos cumprem bem a sua função. Destaque também para o maravilhoso John Mcree que interpreta o Artie. O personagem mostra mais um avanço da Disney na representação de personagens LGBTQ+.

Mesmo possuindo algumas inconsistências no roteiro, Cruella é um ótimo filme. Divertido e charmoso ,a obra busca trazer um novo olhar sobre o material original (diferentes de outros remakes que apenas copiam cada segundo da história… cof cof bela e a fera cof cof). Por fim, recomendo muito que você assista Cruella, pois foi uma surpresa muito agradável pra mim e espero que também seja pra você.