CRÍTICA - VIÚVA NEGRA

Natasha Romanoff sempre foi uma das personagens mais queridas de todo o MCU. Desde sua introdução em Homem de Ferro 2 até seu papel de destaque no primeiro Vingadores, os fãs sempre pediram por um filme solo da Viúva Negra. E então, quase 10 anos depois e com a personagem MORTA, a Marvel resolveu atender a esse pedido. Parabéns Marvel, o timing não poderia ser pior.

O filme começa contando o passado de Natasha, e de sua família temporária formada por Yelena, a irmã mais nova, e Alexei e Melina, os seus pais. A sequência é longa e termina com Natasha e Yelena sendo recrutadas pela Sala Vermelha, para se tornarem assassinas profissionais. 21 anos depois, logo após os eventos de Guerra Civil, Natasha é procurada pelo Governo Americano acusada de ter ajudado Capitão América e sua trupe. Por conta disso ela decide se isolar por um tempo, mas é confrontada com um novo inimigo, o Treinador. A Viúva então se reencontra com a sua irmã, e as duas entram numa jornada para derrotar o Treinador, e acabar com os resquícios da Sala Vermelha.

Viúva Negra é um filme de ação, com uma dose razoável de espionagem e que tenta construir um drama familiar como plano de fundo. Porém, não acho que ele consegue executar nenhuma dessas coisas super bem. O filme se move muito rápido, e apesar das cenas de ação serem impressionantes e bem coreografadas, elas tem pouco peso dramático. No final das contas parece muito mais um bando de bonequinhos lutando. Na questão do drama familiar, falta um pouco mais de profundidade no roteiro para  que o público se engaje na relação deles. 

O destaque no elenco para mim é Yelena Belova, interpretada por Florence Pugh. Ela é fodona, mete a porrada em geral, e além disso tem um timing cômico perfeito. A dupla Yelena e Natasha é muito boa, e elas tem uma dinâmica de irmãs muito verdadeira. Alexei, interpretado por David Harbour, é mais um alívio cômico do que qualquer outra coisa, e Melina, interpretada por Rachel Weisz, também não tem muito o que  fazer aqui. A Scarlett Johansson,  como Natasha, eu não preciso nem comentar. Ela já incorporou a personagem tantas vezes, que é muito natural vê-la em cena como Viúva Negra.

Analisando o filme como um todo,eu sinto que ele foi feito no momento errado. Primeiro porque há pouquíssimas conexões com o futuro do MCU, e segundo porque a personagem está literalmente morta. Sendo assim, esse deveria ser o filme de despedida da Natasha, mas ele só parece uma história aleatória da vida dela. Um evento super isolado que aconteceu alguns anos atrás na vida de Natasha, e que não serve para nada além de introduzir Yelena Belova, como a nova Viúva Negra (e até isso é feito de forma sutil). Infelizmente Viúva Negra é só mais um filme que vai ser esquecido e superado muito rapidamente, e que falha em honrar o legado de uma das figuras mais queridas da Marvel.