Thor: Amor e Trovão (2022) | Crítica

A grande definição para Thor: Amor e Trovão é aquele filme de sessão de tarde pra você espairecer sua mente por 1hr e 30min com uma comédia romântica culminada com ação. Aqui é aquela premissa de filmes mais antigos do James Bond: Um vilão muito mal quer matar a todos e o mocinho tem que salvar o dia. Nisso, embarcamos na jornada de Thor: Amor e Trovão.

Após os eventos de Vingadores: Ultimato, Thor se encontra num período com os Guardiões da Galáxia. Ele busca descanso após tantas lutas e períodos de luto porém quando Gorr, o carniceiro dos Deuses se apodera da Necroespada e começa a matar todos os Deuses, Thor percebe que será o próximo da fila e terá novamente uma batalha pra enfrentar.

Taika Waititi retorna a direção após seu excelente trabalho em Thor Ragnarok e aqui parece que o diretor teve carta branca da Marvel pra escrever, dirigir e fazer o que quiser no filme. Parece que entramos a fundo na mente do Taika ao assistirmos o filme. O filme é absurdamente colorido, com uma explosão de cores vivas e totalmente frenético. É muito cartunesco.

O roteiro assinado por Taika Waititi e Jennifer Kaytin Robinson é totalmente simples e mínimo e isso de uma forma, é justo, honesto. Eles reconhecem que não tem uma história totalmente rebuscada e complexa para contar, querem apenas trazer o bom e velho divertimento.

Agora a rasgação de seda pra esse filme vai para Christian Bale. Posso ser parcial por ele ser o meu ator favorito porém isso só prova porque o considero isso. Bale que fez o melhor Batman de todos os tempos junto com o melhor filme de herói (Cavaleiro das Trevas) vem aqui trazer toda a sua excelência em atuação para o MCU.

Lembro-me quando foi anunciado que Bale estaria presente no filme fiquei imaginando que o projeto deveria ser muito especial pra ele pois quem o conhece sabe que escolhe os filmes que vai atuar a dedo e ele vem nesse filme para somar. Bale interpreta Gorr, um adorador dos Deuses que se revolta e busca vingança sobre todos eles. Ele trabalha bem muito a nuance no começo de um adorador cego e inocente e como dá água pro vinho, se transforma no carniceiro, um demônio só buscando vingança e morte. Consegue trazer peso emocional ao vilão, a sua motivação e ao filme. Detalhe que ele não aparece no filme a todo tempo mas as cenas que aparece são as melhores, recheadas de umas nuances de terror, drama e trevas. Ele simplesmente rouba a cena e caracteriza o melhor vilão do MCU.

Algumas menções honrosas ao filme:

1) a fotografia está fenomenal com os jogo de cores. Sem entrar em detalhes mas há uma cena onde Thor luta com Gorr que há um jogo de cor entre o preto e branco e o filme colorido que é muito linda de se ver.

2) A Trilha sonora também é muito boa, com músicas de Guns N´ Roses e a sensacional "Rainbow In The Dark" do Dio.

3) Os Guardiões da Galáxia aparecem por 5 minutinhos porém dão um show e são sensacionais. A cena em si e todo o contexto é muito maneira.

4) Natalie Portman retornando ao papel de Jane Foster é um acerto, pois fecha um ciclo deixado em aberto lá trás e também a atriz parece a vontade no papel, vindo para somar ao projeto.

Resumindo, Thor: Amor e Trovão é um filme simples, tem defeitos como o excesso de piada (a cada 2 minutos) e não se aprofundar na história trágica do Gorr porém os seus idealizadores buscam fazer um filme sem querer recriar a roda. Eles são honestos e o seu objetivo é entregar um filme de sessão da tarde pare você se divertir com seus amigos. Vá com a mente aberta e sairá contente com o mais novo filme do deus do trovão.

Nota: 7,9