Cultura não é puff e video game
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Cultura não é puff e video game

Nunca canso de repetir que gente boa faz acontecer. O que faz as pessoas serem mais criativas, mais ousadas e mais engajadas com o negócio é a cultura.

Tiago Vailati
3 min
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Nunca canso de repetir que gente boa faz acontecer. O que faz as pessoas serem mais criativas, mais ousadas e mais engajadas com o negócio é a cultura.

Uma verdade para mim é que a cultura começa a se estabelecer por volta das primeiras 10 pessoas que integram o time, bem no começo do negócio. É neste ponto que começam-se a criar os padrões de comportamento e os valores fundamentais para que aquele time se torne campeão e consiga levar a empresa para os próximos estágios.

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Um erro grave de muitos líderes é querer forçar uma cultura. Cultura não se implanta, cultura acontece e não temos controle sobre o tempo que levará para se estabelecer. Tem mais, uma vez presente, nunca para de sofrer mutações para melhor ou para pior.

É fundamental, neste ponto, definir e manter viva a visão do que vale e o que não vale para a empresa.

Normalmente, estes valores são descritos num documento chamado de Culture Code, que contém a essência da cultura da empresa e serve de guia para as pessoas. O Culture Code da Hiper é público, você pode conhecê-lo neste link.

Puffs, video game, paredes coloridas, escritórios modernos e cheios de frufrus não fazem parte da regra. Pode confiar que ajudam, mas são, no máximo, ferramentas para dar leveza e criar um bom ambiente para se difundir o que faz a cultura de fato: valores sinceros e vividos na prática.

Na imagem, Jeff Bezos, fundador da Amazon em 1999, nos primeiros dias da companhia. Não pense que a realidade de várias outras empresas reconhecidas por grandes disrupções mundo afora tenha sido diferente.

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Várias startups são reconhecidas por grandes inovações e surgiram de estruturas muito simples, até precárias no seu início. Muitos mercados foram completamente transformados por empresas como Microsoft, Apple, Google, Uber, Nubank, Airbnb, entre muitas outras, quando ainda eram apenas startups. 

Agora reflita comigo. Como são, normalmente, os ambientes das startups no começo de suas histórias? É comum que sejam ambientes sem sofisticação nenhuma, cheios de improvisações, mas com gente engajada e afim de fazer as coisas acontecerem.

São nessas condições que surgiram culturas fortíssimas, legítimas e de onde saíram grandes negócios. O que temos visto do poder da cultura neste período de larga adoção do Home Office, em virtude das medidas de isolamento social consequentes da pandemia que estamos enfrentando, só comprova que o segredo não é a estrutura física e sim o que vem de dentro, das pessoas.

O que interessa é a essência das pessoas, suas atitudes e o conjunto de valores que somados vão direcionar o comportamento. Tudo pode ser copiado, menos o que cada pessoa, de maneira especial, acrescenta ao negócio.