Um amor com prazo de validade

Era um dia cinza e frio, acordei e o relógio da parede estava parado, geralmente todos os dias ele corre apressado, mas não dessa vez.

Pode parecer loucura minha, mas eu sabia que tínhamos um prazo de validade, o que sinceramente, não é raridade para casais caóticos como nós.

Quando os ponteiros pararam, meu coração doeu, os meus pés tocaram o chão gelado e naquela enorme cama não tinha ninguém, só eu. 

Eu levantei e me recusei a seguir, tentei consertar os ponteiros do relógio mas estavam fixamente emperrados ali, e então me lembrei das inúmeras vezes em que eu te disse que queria que tivéssemos mais tempo.

Não há como escapar de relações que tem uma data para acabar, mas por meio segundo, me julguei mais esperta que o destino e pensei que poderia nos dar uma nova direção. 

Quando nosso tempo acabou, isso me devastou  e eu me mantive deitada na cama em negação.

Você por outro lado, se conformou fácil demais, foi embora na noite anterior, antes mesmo que o relógio parasse e você fosse obrigada a me deixar para trás.