Ainda bem que eu não fui
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Ainda bem que eu não fui

Ontem eu fiquei chateada de agora ter um horário fixo. Ontem, também, eu fiquei extasiada de agora ter um salário fixo. Eu poderia falar do quanto a minha geração quer, sem se envergonhar ou esconder, o bônus sem o ônus. Entretanto o papo aqui é outro.

Dandara de Andrade Medeiros
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Ontem eu fiquei chateada de agora ter um horário fixo. Ontem, também, eu fiquei extasiada de agora ter um salário fixo. Eu poderia falar do quanto a minha geração quer, sem se envergonhar ou esconder, o bônus sem o ônus. Entretanto o papo aqui é outro.

A minha vida profissional é orquestrada pelo meu pai. Ele faz questão de manter uma coerência. Quando eu tinha quinze anos, eu queria um iPhone 4. O meu pai disse que era muito absurdo o preço daquele celular, mas se eu quisesse um mais barato poderíamos negociar. O negócio foi eu trabalhar um semestre para comprar. Eu não ganhei, eu aprendi pela primeira vez como fazer dinheiro.

Talvez você ache meu pai um pouco radical. Meu pai é empresário e tinha condições de me dar inclusive um iPhone 4. Ele escolheu não dar. Eu sou infinitamente grata por isso. Para dizer que ele não foi “bonzinho”, ele foi. Eu ganhei o celular antes de trabalhar. Talvez para algumas pessoas, seria um gatilho para logo desistir. O meu pensamento foi “se o meu pai confiou tanto assim em mim, eu tenho que ir até o final”. 

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