Entre os meus 15 anos, quando eu iniciei na empresa do meu pai, e os meus 20 e poucos anos aconteceram algumas coisas. Hoje eu vou falar sobre um momento importante na vida de todo mundo quando chega no “terceirão”.
Entre os meus 15 anos, quando eu iniciei na empresa do meu pai, e os meus 20 e poucos anos aconteceram algumas coisas. Hoje eu vou falar sobre um momento importante na vida de todo mundo quando chega no “terceirão”. |
Eu já tinha trabalhado com meu pai, mas não era uma hipótese fazer a minha vida aqui. Eu sou muito boa em exatas e eu decidi que faria engenharia. Nessa lógica. Passei o ano pulando de engenharia em engenharia. Eu defini que seria sanitária e ambiental, depois engenharia naval e definia uma todo mês. Até que eu resolvi me perguntar “por que essa?” e eu não soube me responder. Voltei para os testes vocacionais. Surgiu uma tal de engenharia de produção, fui pesquisar e eu entendi que era uma engenharia junto com um curso de administração (desde já desculpa aos meus colegas, vai muito além disso). |
Nesse momento eu lembrei do meu sonho fútil de infância, que era usar uma roupa social num corredor, ir para a melhor sala do prédio e as pessoas me admirassem enquanto eu andava. Achei que tinha potencial de se realizar com esse curso (eu poderia não escrever essa parte, mas que me conhece sabe o quanto isso é Dandara e eu quero que vocês me conheçam). |
Instantes depois eu lembrei que muita gente dizia que eu deveria fazer administração para dar continuidade na empresa do meu pai. Eu tinha pavor. Administração era curso de quem não sabia o que queria. Cá entre nós, quase ninguém sabe o que quer com 16/17 anos, mas segue o baile. Então esse era o curso da minha vida e por sorte, era mesmo! |
Mas poderia não ser. Eu poderia ter feito administração ou psicologia, ou nutrição, ou qualquer outra coisa. Eu sou muito privilegiada em ter feito a minha escolha certa, mas não vejo como o ponto crucial para eu estar aqui hoje. Os conhecimentos que eu aprendi na faculdade foram uma base legal pra mim, mas a maior parte do que eu faço na empresa eu aprendi com meu pai, aprendi fazendo, aprendi com a vida. A gente exercita os músculos quando está com a mão na massa. |
Se eu tiver que responder qual curso você tem que fazer para trabalhar na empresa da sua família: o que você quiser. O que tu achar que gosta, vai lá e faz. É claro que se for algo na área da empresa serve como atalho, mas quando a gente decide por esse variável soa obrigação. Obrigação parece distante de felicidade, de empoderamento. As vezes a gente precisar conhecer o mundo lá fora pra ter certeza (ou não) que é aqui dentro o nosso lugar. Decidimos qual curso fazer tão cedo que nos resta tanto tempo ainda pra errar, acertar e errar de novo. |
Eu não vou entrar na discussão se cursar faculdade durante 4/5 anos é perca de tempo ou não. Eu sou muito grata pela minha experiência acadêmica. |
Mas se por acaso eu te despertei curiosidade sobre o meu curso: eu amo a engenharia de produção, amo ser engenheira e amo tudo que aprendi. Amo quando ouço Tallis Gomes falar que os engenheiros são os melhores profissionais do mercado porque eles tem uma capacidade gigante de aprender. Não sei se somos os melhores, mas somos muitos bons mesmos. |
Acho que a essa altura você já sabe a resposta do título, mas para reafirmar: engenheira e filha do meu pai. |