A agricultura, a pecuária e as florestas cultivadas no Brasil exigem um intensivo cuidado quanto ao controle de pragas e doenças. As mais diferentes espécies de microrganismos, animais e plantas podem se desenvolver em meio às plantas de interesse comercial competindo por recursos. | ||
Uma das formas de preservar o potencial produtivo das culturas alimentícias, forrageiras e fontes de fibras, é a utilização de agrotóxicos. Apesar de indispensáveis, são produtos que exigem uma correta orientação para sua utilização. | ||
A Receita Agronômica foi constituída como a ferramenta capaz de garantir que a informação correta chegasse até o seu destino. Vejamos abaixo as 5 razões que fazem a emissão de Receituários Agronômicos tornarem-se tão importantes: | ||
1 - Profissional - Valorização | ||
A Receita Agronômica foi constituída a partir de orientações e normas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA. Desde o surgimento, a Receita somente pode ser emitida por um profissional habilitado e para isso, vinculado ao respectivo conselho de classe. Assim, o profissional assume um papel de protagonista na orientação e recomendação, assim como também assume as responsabilidades intrínsecas de seus atos. | ||
2 - Técnica - Uso correto do produto | ||
A Receita Agronômica é a recomendação obrigatória para o uso do agrotóxico. De forma geral, o objetivo é prover o agricultor com orientações específicas de acordo com a sua realidade. Uma prescrição personalizada permite uma correta compra e utilização de agrotóxicos, evitando também aplicações desnecessárias. O acompanhamento efetivo pelo profissional é a garantia de maiores e melhores colheitas. Assim, ao reduzir o uso indiscriminado, reduz também a pressão para o surgimento de resistências e perda de eficiência dos ingredientes ativos. O MIP/MID - Manejo Integrado de Pragas/Doenças, como o próprio nome indica, busca encontrar a melhor opção de controle utilizando todas as ferramentas possíveis, além da química. Essa informação é obrigatória e deve constar na recomendação justamente para preservar a eficiência das ferramentas químicas por mais tempo. | ||
3 - Econômica - Produção mais eficiente | ||
“Quanto maior for a colheita, maior será o resultado financeiro”. Apesar de parecer óbvio, o que cremos em relação a isso nem sempre está correto. Produzir mais sempre é um objetivo, mas não a qualquer custo. O conceito de rentabilidade difere do de lucratividade, mas mesmo assim o motor propulsor da agropecuária é produzir. Uma empresa rural somente se perpetua no tempo se for capaz de produzir mais e com menores custos. Dessa forma, o uso tecnicamente correto dos defensivos agrícolas auxilia na construção de resultados superiores em produção e rentabilidade ao agricultor. | ||
4 - Social - Segurança ao usuário | ||
Os negócios são apresentados geralmente por números. No entanto, as pessoas são o capital mais relevante das organizações. São estes personagens que atuam no dia-a-dia transformando as tarefas individuais em uma grande obra complexa. Os profissionais que atuam diretamente no uso dos agrotóxicos têm na Receita Agronômica uma fonte oficial de informações quanto a segurança e controle de riscos no manuseio e operação. Informações como o intervalo de segurança, após a aplicação, até precauções de uso e orientação quanto à obrigatoriedade da utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual). | ||
Os agrotóxicos são perigosos de acordo com as características químicas de suas formulações. Porém, mesmo algo perigoso pode gerar baixo risco quando utilizado de acordo com as recomendações. A segurança no manuseio e aplicação é tão importante quanto a segurança para o consumidor final, especialmente os resíduos em alimentos. As bulas e rótulos dos produtos trazem informações, geradas e validadas durante anos, para minimizar ao máximo os resíduos no produto a ser colhido. A Receita Agronômica permite que as informações corretas de uso proporcionem um produto com Limites Máximos de Resíduos seguros, de acordo com os órgãos internacionais de saúde. | ||
5 - Ambiental - Proteção ao meio ambiente | ||
Por fim o Meio Ambiente. A ação antrópica é incapaz de não ser percebida no ambiente em que se está inserida, pois a produção agropecuária se funde aos biomas. O fato de não ser possível dissociar a natureza da atividade produtiva não pode ser confundida com degradação ambiental. A geração de impacto pela agropecuária, apesar de existente, é, e deve ser, menor a cada dia. Caso contrário, se tornaria insustentável do ponto de vista produtivo também. É por isso que agrotóxicos passam por rigorosa avaliação de órgãos ambientais antes de serem expostos ao ambiente. É função, também, da Receita Agronômica prover informações adequadas ao correto uso dos pesticidas a fim de preservar o meio ambiente em sua totalidade e diversidade. | ||
Receita Agronômica é o documento através do qual o profissional se identifica e prescreve o tratamento preventivo e/ou curativo em função de seu diagnóstico, realizado após prévia e atual visita ao local de aplicação do produto, orientando o usuário sobre como proceder ao utilizar um agrotóxico ou outra medida alternativa da Defesa Sanitária Vegetal. Apesar desta ser uma definição ampla, cabe ainda muitas outras razões para os Profissionais do Agro utilizarem esta ferramenta de forma correta! | ||