Boa tarde pessoal!!

Eu sou a Tahiana D'Egmont, também conhecida como Tahi, e essa é a edição #015 da Alavancas: a newsletter semanal com insights de marketing, growth, produto e negócios para te ajudar a encontrar as alavancas de crescimento da sua empresa.

Nesta edição eu trago 2 alavancas de crescimento do Shopify para vocês, além de outros tópicos relevantes.

🚜 Estudo de caso: Como o Shopify gerou uma receita de $2.9 bilhões de dólares?

💡 Insight da semana: Modelo Fogg: O Que Você Quer Que Seus Usuários Façam?

🛠️ Ferramentas: Crie um app sem escrever uma linha de código

🎓 Curadoria de conteúdo: Criando a primeira milha de produto

🚜 Como o Shopify gerou uma receita de $2.9 bilhões de dólares?

O Shopify é uma empresa canadense fundada em 2004 que permite com que seus clientes criem lojas virtuais em poucos minutos, eles democratizaram o acesso a dados de performance, integrações e automações robustas com outras plataformas. Resumindo, a empresa fornece todos os recursos necessários para criar e escalar um e-commerce do zero, o que chamou a atenção do nicho de dropshipping, que utiliza a solução com mais alguns apps para vender produtos da China, enviando os pedidos diretamente dos fornecedores.

Alguns dados sobre a Shopify

• Shopify tem mais de 2.1 milhões de usuários ativos diariamente
• Shopify gerou mais de US $2.9 bilhões em 2020
• Mais de 1.75 milhões de comerciantes vendem na Shopify
• A loja de apps da Shopify já possui mais de 3.2K apps

Alavanca 1: Marketplace de apps

Uma das maiores alavancas de crescimento do Shopify é a estratégia de SEO que eles construíram e aprimoraram ao longo dos anos.

Nessa edição vou focar em uma parte importante que compõem essa estratégia.

Se você já mexeu com o Shopify, sabe que eles possuem uma loja de aplicativos interna que é composta por ferramentas criadas por outras empresas, mas que deixam a experiência de usar o Shopify ainda mais completa. Algumas, eles até chegaram a adquirir, como a Oberlo, que faz a integração de produtos do AliExpress direto para o site de dropshipping que o usuário cria dentro da plataforma.

A criação de um marketplace de apps foi uma ideia genial não só do ponto de vista de produto, dando mais opções e deixando a plataforma mais completa.

Também foi essencial como motor de crescimento da empresa.

Um dos motivos se da pelo fato das próprias empresas que criam apps dentro do marketplace, usarem recursos próprios para atrair usuários para usarem suas ferramentas, consequentemente, fazendo com que se cadastrem no Shopify.

O outro motivo, e que tem a ver com o começo do texto, em que falo de SEO, é como eles utilizam o reconhecimento das outras empresas para trazer tráfego orgânico para a página deles.

Como o Shopify faz isso?

Criando landing pages individuais e cheias de palavras-chave relacionadas a cada um dos principais apps dentro da loja deles.

Por exemplo, se eu você pesquisar “Zendesk” no Google (que se refere a uma plataforma de customer services sales), uma das páginas que o Google irá ranquear será essa:

Clicando nesse link, você será redirecionado para uma página sobre o app da Zendesk dentro da loja de apps da Shopify, que possui um CTA para um teste grátis

Ou seja, o Shopify aproveita o reconhecimento e sucesso de outras empresas, para gerar tráfego orgânico e consequentemente aumentar a aquisição de novos usuários.

Alavanca 2: Distribuição

Algo que eu e o Gabriel sempre repetimos é que a empresa que mais vende, não necessariamente é a que possui o melhor produto, mas é a que mais distribui e sabe se vender.

O Shopify entendeu esse jogo e focou em gerar valor e divulgar a solução deles no maior número de canais e formatos que eles pudessem.

Eles criaram um blog que é alimentado com pelo menos uma curadoria de conteúdos por dia, criados pelos usuários da Shopify e também pelo time de marketing da empresa. A página do blog chegou a bater 27 milhões de visitas no ano passado.

Eles também criam diversos ebooks bem aprofundados sobre diversos temas relacionados a e-commerce, o que ajuda os leitores com dicas valiosas e ainda torna a Shopify como sinônimo de autoridade no nicho. Já foram baixados mais de 65K ebooks no ano passado.

Outro canal que eles estão explorando, é dos podcasts. Eles lançaram o Shopify Masters, com objetivo de passar para os ouvintes dicas acionáveis sobre como começar uma loja, além de entrevistar referências. O podcast já conta com mais de 1.5 milhões de reproduções

Na página principal, eles reservaram um espaço com um mini curso com 5 aulas passo a passo ensinando desde como criar uma loja no Shopify até aulas mais estratégicas.

Eles chegaram ao nível de criar uma enciclopédia sobre negócios, com objetivo de acelerar o tráfego orgânico. Essa inciativa coloca eles na primeira página do Google em termos como “O que é [termo do mercado]?”

Por exemplo, se pesquisar “What is retail?” (Em português “O que é varejo?”), o Google vai retornar uma página do business encyclopedia como primeiro resultado da pesquisa:

Com essa estratégia de distribuição o Shopify conseguiu conquistar:

• 27 milhões de visitas no blog
• 1.5 milhão de reproduções no podcast
• 65K downloads de guias e ebooks

Resumo

Marketplace de apps - A criação de um marketplace de apps foi uma ideia genial não só do ponto de vista de produto, dando mais opções e deixando a plataforma mais completa, mas também foi essencial como motor de crescimento da empresa. Pelo fato das próprias empresas que criam apps dentro do marketplace usarem recursos próprios para atrair usuários para usarem suas ferramentas, consequentemente, fazendo com que se cadastrem no Shopify e também por criarem páginas individuais para cada app, aproveitando a busca orgânica pelas ferramentas que eles possuem no catálogo.

Distribuição - O Shopify entendeu o jogo da distribuição e focou em gerar valor e divulgar a solução deles no maior número de canais e formatos que eles pudessem. Chegaram a criar um blog, páginas com guias e ebooks, podcasts e até uma enciclopédia com respostas para dúvidas relacionadas a negócios

💡Modelo Fogg: O Que Você Quer Que Seus Usuários Façam?

Você gostaria de conseguir modificar o comportamento dos seus usuários para que eles tomem a ação que você gostaria em seu produto digital? O Modelo Fogg pode te ajudar a chegar lá!

Um dos estudiosos da psicologia comportamental aplicada à tecnologia é B.J. Fogg, cientista e responsável pelo “Behavior Design Lab”, da Universidade de Stanford. Mas por que design lab? Bem, porque design impacta comportamento.

A Base Do Modelo Comportamental De Fogg

De acordo com o Modelo Fogg, três elementos precisam estar presentes para que um comportamento ocorra: motivação, habilidade e gatilho.

O modelo pode ser resumido por: B (comportamento) = M (motivação) x A (habilidade) x T (gatilho), ocorrendo ao mesmo tempo.

Se um comportamento desejado não ocorre é porque um desses elementos não ocorreu ao mesmo tempo e aí zero multiplicando resulta em zero, não é mesmo? A ausência de qualquer um dos itens, então, não gera comportamento.

Pense que se você tem alta motivação (“quero fazer isso!”), habilidade (é fácil fazer o que precisa ser feito, é fácil tomar uma ação) e um gatilho (como um call to action em um site ou ainda uma mensagem de escassez no momento certo), você muito provavelmente vai ter o comportamento esperado. É por isso que buscamos o topo direito da imagem que representa o modelo:

Se você tiver alta motivação e habilidade baixa (difícil de fazer), vai ficar frustrado. Se tiver baixa motivação e alta habilidade (fácil de fazer) você ficará irritado de ser tão simples fazer algo que não quer.

Quer saber mais sobre o Modelo Fogg? Eu escrevi um artigo completo sobre o assunto

🛠️ Crie um app sem escrever uma linha de código

O Bubble é uma das melhores opções para quem precisa criar um web app do zero mas não tem um dev por perto. Utilizando componentes da própria ferramenta, você consegue criar um app clicando, arrastando e editando funcionalidades pré-prontas.

>Acesse

🎓 Criando a primeira milha de produto

Nesse texto, o autor mostra como as primeiras etapas do usuário dentro do produto são as mais importantes, mas ainda muito desvalorizadas. “Poucas pessoas dão importância para esse processo, mas se você quer que milhões de usuários utilizem seu produto, é preciso passar por cima dessa tendência.” O artigo vai explicar como arrasar no desenvolvimento da first mile e como criar um produto que leva o usuário até o “The Zone”, aquele momento em que ele entende o real propósito e objetivo do seu produto. Além disso, apresenta templates, dicas e táticas que irão facilitar muito esse processo.

>Acesse

🙂 Fim

Chegamos ao fim da 15ª edição da Alavancas. Ahhhhh, que pena!

Espero que você tenha curtido e que pense como esse conteúdo pode te inspirar:

• O que eu consigo pegar desses aprendizados e aplicar na minha atuação, fazendo modificações que façam sentido pro meu objetivo?
• Ou como eu conecto esses aprendizados a outros que já tenho para criar algo novo?

Até a próxima, pessoal!

Tahi (Tahiana D'Egmont)