23 de setembro de 2022 está na história. Aos 41 anos, Roger Federer fez sua última partida no Circuito Profissional de Tênis. E, aqui, pouco importam os números colecionados dentro e fora de quadra. Roger Federer está além disso porque mudou ...
23 de setembro de 2022 está na história. Aos 41 anos, Roger Federer fez sua última partida no Circuito Profissional de Tênis. E, aqui, pouco importam os números colecionados dentro e fora de quadra. Roger Federer está além disso porque mudou o esporte. | ||
Primeiro, pela plasticidade dos golpes e pela discrição em momentos de pura tensão, de pontos importantes, de capítulos decisivos. Roger foi mortal, sem ser espalhafatoso, e fez isso com maestria. Como não se lembrar de incontáveis slices que obrigavam o oponente a responder com recursos que não tinha? Forehand, Backhand, subidas à rede. No auge, que foi muito longo, ninguém foi melhor e mais completo que Federer. | ||
Segundo, pelo respeito aos adversários. O capítulo final, que poeticamente uniu o suíço e Nadal, é a síntese de uma carreira marcada por uma postura limpa. Raramente Federer se indispôs com o oponente ou com a arbitragem. Jogou limpo do início ao fim. | ||
Terceiro, pelo respeito à própria carreira. Fora de quadra, RF provocou uma das maiores reviravoltas do mercado esportivo ao deixar a Nike, mas fez com classe, exigindo o que achava que deveria receber. Simples. Dentro de quadra, quando o joelho começou a dar sinais do fim, optou por dois Grand Slams: Melbourne e Wimblendon. Aliás, a grama sagrada sentirá tanta falta dele quanto os amantes do esporte. | ||
Federer se despediu cercado de aplausos e lágrimas com um só significado: o de gratidão por ter transformado o tênis para sempre. |