A sucessão de Tite na seleção brasileira
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A sucessão de Tite na seleção brasileira

Redação
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Da esquerda para a direita: Marco Polo Del Nero - ex-presidente da CBF, não pode sair do Brasil porque pode ser preso e foi banido do futebol, Ednaldo Rodrigues - na época era presidente da Federação Baiana de Futebol, José Maria Marín - ex-presidente da CBF, está preso e foi banido do futebol.

A sucessão de Tite na seleção brasileira

Por Riva / 12 de dezembro de 2022 / segunda-feira / 18h25

Depois da eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo do Catar, os problemas foram expostos. Antes da eliminação, muitos jornalistas e torcedores não aceitavam qualquer tipo de crítica ou sugestão e, mesmo depois de tudo que aconteceu, poucos tocam no principal motivo da decadência do futebol brasileiro.

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é uma entidade privada comandada por pessoas que gostam muito mais de dinheiro e poder do que de futebol. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está na presidência há pouco tempo, mas, já fazia parte da entidade e, portanto, é também um dos responsáveis pelo planejamento / ou falta de planejamento do futebol brasileiro.

A preparação para uma Copa do Mundo não pode ser restrita as eliminatórias e aos amistosos contra seleções de baixíssima qualidade técnica. Os amistosos geram uma enorme receita com a comercialização e publicidade, mas não serve como parâmetro.

Os números são enganosos e a confirmação nós tivemos nas eliminações vergonhosas das Copas de 2018 e 2022 (sem falarmos dos 7 a 1 contra a Alemanha em 2014). A tão sonhada recuperação do futebol forte, competitivo, talentoso e organizado ficaram distantes.

A sucessão do técnico Tite deve ser feita com muito cuidado e, principalmente, conhecimento. Será que Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, vai formar uma equipe para avaliar o perfil dos técnicos disponíveis ou vai fazer a escolha sem ouvir profissionais capacitados?

É preciso saber se os dirigentes da CBF estão dispostos a recuperar a essência do futebol brasileiro ou se querem um técnico para servir como uma cortina de fumaça.

Para não repetir o fracasso da era Tite, o novo técnico da seleção brasileira precisa ter liberdade para trabalhar e acabar com as "panelas" que existem entre os jogadores e ex-jogadores. Acabar com as "panelas" não significa que os jogadores não possam conversar e dar sugestões.

Alguns jogadores, ex-jogadores e dirigentes continuam fazendo lobby / tentando influenciar na escolha do novo técnico da seleção brasileira e, esse tipo de comportamento pode comprometer o trabalho do novo técnico.