Atlético-MG e Flamengo disputaram a final da Supercopa do Brasil em alto nível
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Atlético-MG e Flamengo disputaram a final da Supercopa do Brasil em alto nível

Por: Riva

Redação02/21/2022
4 min
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Por: Redação

Atualizado: 21 de fevereiro de 2022 / segunda-feira / 12h30

Quando eu escrevi na manhã deste domingo, 20 de fevereiro, que não existia favorito na final da Supercopa do Brasil, para muitos era um exagero. Afinal, o Atlético-MG tem um time mais organizado e uma ideia de jogo bem consolidada do que o Flamengo. Mas, como não é novidade para ninguém, quando a bola rola e dois gigantes (as duas melhores equipes do futebol brasileiro) ficam frente a frente tudo pode acontecer e o “favoritismo” cai por terra.

Tudo que nós queríamos era uma partida bem jogada, com chances de gols e, obviamente, muitos gols.

Nos primeiros quinze minutos, o Atlético-MG foi mais incisivo e dominou a partida. Mariano guardava o posicionamento porque Bruno Henrique não permitia que ele saísse pro ataque, Guilherme Arana tinha um corredor para jogar e agredir com muita velocidade e intensidade, Jair e Allan protegendo o setor defensivo e com uma ótima saída de bola e adiantando as linhas, Nacho Fernández com muita liberdade para circular em todos os setores e próximo da área do Flamengo, Savarino aberto pela direita, Keno aberto pela esquerda e Hulk pelo meio. O grande problema era a linha de zagueiros. Nathan Silva com muitas dificuldades no um contra um e Godín sentido a falta de ritmo.

Depois dos quinze minutos, o Flamengo tomou conta da partida. Os três zagueiros – Fabrício Bruno, David Luís e Filipe Luís – encaixou a marcação e adiantou as linhas, os laterais / alas Rodinei e Everton Ribeiro saíram pro jogo forçando o recuo de Savarino e Keno, João Gomes e Willian Arão aplicados na marcação e saindo pro jogo, Arrascaeta livre para articular as jogadas e fazer com que Jair e Allan ficassem perdidos na marcação, Bruno Henrique aberto pelo lado esquerdo sem permitir que Mariano saísse pro jogo e Gabigol circulando em todos os setores do ataque.

Com as linhas adiantadas, o meio-campo articulando as jogadas sem ser incomodado pelos meio-campistas do Atlético-MG e uma enorme superioridade numérica em todos os setores, o Flamengo atacava e criava oportunidades para abrir o placar e definir a partida no primeiro tempo. O primeiro gol da partida poderia ter acontecido quando Bruno Henrique partiu no um contra um com velocidade e Nathan Silva colocou a mão na bola. O atacante do Flamengo ia sair sozinho na cara do gol e só tinha o goleiro Everson pela frente. O árbitro não marcou a falta e não advertiu o jogador do Atlético-MG.

O Flamengo teve um amplo domínio e desperdiçou várias oportunidades de abrir o placar. Placar que foi aberto pelo Atlético-MG depois de um chute forte de Guilherme Arana que Hugo Souza rebateu e Nacho Fernández aproveitou aos quarenta e dois minutos.

O segundo tempo iniciou com o Flamengo em desvantagem no placar, mas com a mesma vontade e determinação do primeiro tempo. Com o lado esquerdo do Atlético-MG completamente desorganizado, Arracaeta fez uma excelente jogada e cruzou para Bruno Henrique que foi bloqueado mas Gabigol aproveitou e empatou a partida aos dez minutos. O técnico Paulo Sousa substituiu o ala / meia Everton Ribeiro pelo atacante Lázaro aos dezoito minutos. Com menos de um minuto em campo, Lázaro recebeu um excelente passe de Arracaeta e, pelo lado esquerdo do ataque, aproveitou os espaços e cruzou para Bruno Henrique dar uma cavadinha e vencer o goleiro Everson aos dezoito minutos.

Paulo Sousa substituiu Bruno Henrique pelo volante Diego aos vinte e seis minutos. Bruno Henrique estava exausto e o Atlético-MG pressionava com as linhas adiantadas e jogando mais próximo da área do Flamengo. O técnico Antonio Mohamed oxigenou o ataque aos vinte e sete minutos com Ademir no lugar de Savarino e Vargas no lugar de Keno. As substituições do Atlético-MG foram positivas e, aos vinte e nove minutos, Ademir cruzou para Vargas que, de cabeça, deixou Hulk diante do gol para chutar forte e empatar a partida.

Aos trinta e seis minutos, Paulo Sousa fez as últimas três substituições sem mudar o esquema tático que, vale a pena lembrar, deu certo. Arrascaeta foi substituído por Vitinho, Rodinei foi substituído por Matheuzinho e Filipe Luís foi substituído por Léo Pereira.

A partida continuou sendo bem jogada e disputada em alto nível com uma pequena vantagem para o Atlético-MG que buscava o terceiro gol com mais volume de jogo, movimentação e ocupação dos espaços no campo ofensivo. Essa pequena vantagem não significava tranquilidade porque o Flamengo estava muito vivo e criou oportunidades de fazer o terceiro gol e definir a partida.

A decisão da Supercopa do Brasil de 2022 foi decidida nos pênaltis e, depois de vinte e quatro pênaltis, o Atlético-MG conquistou o título.

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