Bahia perde para o Atlético-MG e a queda de rendimento preocupa
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Bahia perde para o Atlético-MG e a queda de rendimento preocupa

Por Riva / 29 de julho de 2021 / quinta-feira / 10h55

Redação
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Por: Redação

Atualizado: 29 de julho de 2021 / quinta-feira / 10h55

O Bahia não é o único clube brasileiro que não está 'nadando em diheiro' mas a situação não é desesperadora. Claro que o momento financeiro de todos os clubes exige cautela e contratações fora da realidade não é o melhor caminho. Mas, não é de hoje que a fragilidade do elenco do Bahia é notória e, após o campeonato brasileiro de 2020 - lembrando que o Bahia por pouco não foi rebaixado para a Série B -, os torcedores imaginavam que os dirigentes formassem um elenco qualificado e competitivo para disputar a temporada de 2021. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, não consegui reforçar o elenco e, para piorar a situação, perdeu o zagueiro Juninho e o meia Thaciano nos últimos dias.

A partida disputada na noite desta quarta-feira, 28 de julho, no Mineirão, contra o Atlético-MG pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi mais uma que deixou os torcedores do Bahia preocupados com os resultados e a performance da equipe.

O Bahia entrou em campo com três mudanças por opção do técnico Dado Cavalcanti. Danilo Fernandes no lugar de Matheus Teixeira, Luiz Otávio entrou no lugar de Ligger e Ronaldo no lugar de Rodriguinho. A equipe também teve o retorno de Daniel. Dado Cavalcanti repensou o modelo de jogo e decidiu reforçar a marcação com uma linha de quatro com - Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia -, uma linha de cinco com - Jonas, Patrick de Lucca, Daniel, Rossi e Ronaldo - e Gilberto mais adiantado.

Com as linhas muito baixas, o Bahia permitia que o Atlético -MG jogasse próximo da área de Danilo Fernandes. A marcação aproximada dificultava a penetração e forçava mais movimentação dos jogadores de criação do clube mineiro. O Bahia tentou aproveitar os espaços e, com Rossi pelo lado direito e Ronaldo pelo lado esquerdo, criou algumas oportunidades de abrir o placar. A oportunidade mais clara de abrir o placar foi aos dezessete minutos em um lance que Ronaldo ficou sozinho e Everson fez uma defesa importantíssima.

No primeiro lance em que os jogadores de criação do Atlético-MG conseguiram trocar passes com mais liberdade, Hulk - que tinha saído da esquerda pro meio - passou para Dodô que cruzou pra área e Zaracho marcou o primeiro gol da partida aos trinta e seis minutos do primeiro tempo.

Com um elenco inferior tecnicamente, o Bahia decidiu não arriscar e continuou jogando para não perder com uma diferença de gols mais elástica. O Atlético-MG buscava o segundo gol, mas, sem fazer uma boa partida, os cuidados defensivos era visível. O Bahia se segurava, mas, aos vinte e oito minutos do segundo tempo, Daniel tentou sair jogando com Luiz Otávio que estava de costas pro lance, a bola bateu nos pés do zagueiro e, com o setor defensivo desorganizado e os atacantes atleticanos de frente pro gol, Hulk marcou o segundo gol da partida.

Alguns torcedores podem dizer que o Bahia foi covarde e outros podem dizer que foi cauteloso. Eu (Riva) fico com a segunda opção. Afinal, partir pra cima do Atlético-MG poderia ser uma atitude heróica e ser contemplada com um empate ou uma vitória, mas também poderia ser catastrófico e sair de campo goleado. Lembrando que a partida de volta será realizada na próxima quarta-feira, 04 de agosto, no Jóia da Princesa em Feira de Santana, e, depois da derrota por 2 a 0, o Bahia dificilmente vai conseguir reverter o resultado e avançar de fase na Copa do Brasil.

A partir de agora, o objetivo do Bahia é manter distância da zona de rebaixamento do campeonato brasileiro e, mesmo que não tenha - até o momento - condições técnicas de apresentar um futebol de melhor qualidade, somar pontos. O Bahia está na nona colocação do campeonato brasileiro com dezessete pontos em treze jogos disputados. São cinco vitórias, dois empates, seis derrotas e 43,6% de aproveitamento dos pontos disputados. A equipe está em um momento ruim, foi derrotada nas últimas quatro partidas disputadas, sofreu onze gols e não conseguiu marcar.

A permanência do Bahia na Série A do campeonato brasileiro com uma boa pontuação e jogando um futebol mais vistoso depende das atitudes dos dirigentes. A necessidade de reforçar o elenco é urgente.