Corinthians demite Sylvinho e procura um substituto com mais experiência
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Corinthians demite Sylvinho e procura um substituto com mais experiência

Por: Riva

Redação
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Por: Redação

Atualizado: 05 de fevereiro de 2022 / sábado / 12h00

O Corinthians terminou o campeonato brasileiro de 2022 na quinta colocação com cinquenta e sete pontos. Se nós observarmos somente para os números, podemos dizer que a temporada foi positiva. Mas, quando observamos a qualidade do futebol jogado, o resultado é negativo e existia uma enorme necessidade de evolução técnica, tática e física.

O trabalho do ex-técnico Sylvinho não agradava, mas, Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, optou pela permanência do técnico mesmo sabendo que a pressão por bons resultados e futebol bem jogado aconteceria nas primeiras partidas da temporada 2022.

Calendário no futebol brasileiro é um problema crônico e, dificilmente, uma equipe com elenco curto e limitado tecnicamente consegue ter um bom início de temporada.

O elenco do Corinthians não é ruim, mas precisamos colocar os pés no chão e entender que muitos jogadores não conseguem ter uma boa sequência de jogos, as condições físicas estão distantes da ideal e a necessidade de fazer uma boa pré-temporada é muito grande.

Antes da derrota para o Santos por 2 a 1, o Corinthians empatou com a Ferroviária ( 0 a 0) e venceu o Santo André por 1 a 0. Além de somar apenas quatro pontos em nove disputados no campeonato paulista, o futebol apresentado foi ruim e a demissão do técnico Sylvinho depois da derrota para o Santos foi inevitável.

A demissão de Sylvinho poderia ser normal para um técnico que não mostrava evolução no trabalho. Mas, da forma que foi feita, Duílio Monteiro Alves e seus comandados deixaram bem claro que a demissão só foi realizada por causa da pressão da torcida.

Entre vaias e xingamentos, os gritos que vinham das arquibancadas “se o Sylvinho não cair, olê, olê, olá! O pau vai quebrar!’’ e uma nota emitida nas redes sociais pela torcida organizada “Gaviões da Fiel’’ convocando os torcedores para um protesto do CT Joaquim Grava neste sábado, 05 de fevereiro, foram a gota d’água que restava para que Sylvinho fosse demitido.

Não concordo com esses tipos de manifestações, mas sei que a maioria dos dirigentes dos clubes brasileiros fazem o possível para agradar as torcidas organizadas e casos de abrir CT para que membros dessas torcidas tenham conversas com jogadores e comissão técnica é normal.

A necessidade de contratar um técnico de ponta é muito grande. Só não é maior do que a necessidade de dar tranquilidade para que o próximo técnico possa implantar um sistema de jogo de acordo com o elenco que tem para trabalhar.

Até o momento, três nomes – Jorge Jesus, Renato Gaúcho e Cuca - estão sendo sondados para comandar o Corinthians. Na minha opinião, nenhum dos três vai assumir o comando técnico da equipe.

Jorge Jesus custa R$ 3 milhões mensais (salário dele e da comissão técnica), ainda está recebendo do Benfica, sabe que dificilmente vai repetir o trabalho que fez no Flamengo em 2019 e que o elenco do Corinthians não tem condições técnicas e físicas para executar um plano de jogo igual ao do Flamengo de 2019.

Renato Gaúcho tem um índice altíssimo de rejeição porque não aceitou (muitos afirmam que ele não deu a atenção devida) uma proposta feita pelo Corinthians em 2021. Na época, Renato Gaúcho disse que queria descansar, mas, depois de poucos dias, aceitou a proposta para treinar o Flamengo. A opção de ter ido treinar o Flamengo faz parte do jogo e qualquer profissional tem o direito de escolher o local para trabalhar.

Cuca também enfrenta uma enorme rejeição porque pesa em seu currículo pessoal uma condenação de ordem sexual. O fato ocorrido em 1987 é complexo e a diretoria não vai “comprar briga’’ com os torcedores.

Com o sonho de competir de igual por igual com Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras, os dirigentes do Corinthians continuam longe da realidade e, pagar um salário de futebol europeu para um técnico, é, na minha opinião, um erro.