A FORÇA ANTES DO COMEÇO.
A FORÇA ANTES DO COMEÇO. |
Os antigos escritos da índia chamados Vedas fazem parte do rol das mais antigas escrituras |
conhecidas, alguns estudiosos chegando a acreditar que a coleção possa datar de 7.000 anos. Em um de |
seus mais conhecidos textos, o Rig Veda, existe a descrição de uma força que fundamenta a criação, a |
origem da formação de todas as coisas — a força que existia antes do "começo". Essa energia, denominada |
Brahman, é identificada como "o não-nascido [...] aquele em que todas as coisas permanecem". Mais adiante |
o texto torna claro que todas as coisas existem porque "o Uno se manifesta como muitos, o informe que se |
coloca de muitas formas. |
Usando outra linguagem, poderíamos pensar na Matriz Divina precisamente da mesma maneira — |
como sendo uma força anterior a todas as outras forças. E o recipiente que contém o universo, como um |
modelo para tudo o que acontece no mundo físico. Como é a substância do universo, fundamenta o |
raciocínio de que existiu desde o começo da criação. Sendo esse o caso, a questão que vem à baila é: "Por |
que os cientistas só agora encontraram provas da existência da Matriz?" |
Essa excelente pergunta é a que sempre faço, em todas as oportunidades que surgem, aos cientistas e |
pesquisadores que investigam esse campo. Em todas as vezes que formulo a pergunta a resposta é tão |
semelhante que quase posso prever o que vai ocorrer. Primeiramente, sou olhado com um olhar de |
descrença, de quem custa a acreditar que eu esteja afirmando que a ciência deixou passar despercebido |
algo tão importante como o campo de energia que interliga todas as coisas. Em seguida a discussão se volta |
para equipamentos e tecnologia. "Simplesmente não tínhamos a tecnologia necessária para detectar um |
campo tão sutil", é a forma que a resposta toma, normalmente. |
Ainda que isso possa ser verdadeiro até certo ponto, pelo menos durante os últimos cem anos tivemos |
a capacidade de construir detectores que nos dizem que a Matriz Divina (ou o éter, ou a rede da criação, ou |
qualquer outro nome pelo qual queiramos designá-la) realmente existe. Corresponde mais à realidade |
afirmar que o grande obstáculo para a descoberta da Matriz Divina foi a relutância da corrente científica |
principal em reconhecer sua existência. |
Essa força primordial de energia fornece a essência para tudo o que experimentamos e criamos. Ela |
retém o segredo dos mistérios mais profundos sobre quem somos, bem como a resposta às mais antigas |
questões sobre como funcionam as coisas aqui neste mundo. |
TRÊS EXPERIMENTOS QUE MUDAM TUDO |
A história verá o último século como o da descoberta, como o século de uma revolução científica. Podese argumentar, com alguma razão, que as descobertas mais importantes, que ficaram sendo alicerces de |
disciplinas inteiras, ocorreram ao longo dos últimos cem anos. Das descobertas dos pergaminhos do Mar |
Morto em 1947, passando pelos duplos helicoides do modelo do DNA de Watson e Crick, até a tecnologia |
da miniaturização da eletrônica de microcomputadores, o século XX foi um século sem precedentes em |
termos de avanços científicos. Muitas descobertas surgiram tão rapidamente que nos deixaram zonzos. |
Ainda que elas tenham aberto a porta para novas possibilidades, ainda não fomos capazes de dar uma |
resposta à seguinte pergunta: "O que essa informação significa em nossa vida?" |
Assim como o século XX foi a época da descoberta, podemos pensar o século XXI como um período |
destinado a dar significado às nossas descobertas. Muitos cientistas, professores e pessoas importantes de |
hoje em dia estão engajados nesse processo. Ainda que a distância de um campo de energia universal tenha |
sido teorizada, visualizada, descrita em muitos textos e imaginada durante um bom tempo, apenas |
recentemente foram feitos experimentos provando, de uma vez por todas, que a Matriz existe. |
Entre 1993 e 2000, uma série de experimentos sem precedentes demonstrou a existência de um campo |
subjacente de energia banhando o universo. Para fins deste livro, escolhi três que ilustram, de maneira |
clara, o tipo de estudo que redefine nossa ideia de realidade. Enfatizo que esses experimentos são apenas |
representativos, pois existem outros relatados com resultados semelhantes e, aparentemente, em bases |
diárias. |
Ainda que tais estudos sejam fascinantes, o que realmente me interessa é o pensamento por trás de |
cada investigação. Por exemplo, quando os cientistas projetam experimentos para determinar a relação |
entre o DNA humano e a matéria física, podemos ficar absolutamente seguros de que uma importante |
mudança de paradigmas está prestes a ocorrer. Digo isso porque antes desses experimentos provarem que |
tal relação existia, a crença comum era a de que todas as coisas do mundo eram separadas umas das outras. |
Assim como ouvíamos cientistas da "velha escola" afirmar claramente que, se algo não pudesse ser |
medido era porque esse algo não existia, de maneira semelhante, antes da publicação dos experimentos a |
seguir, acreditava-se que, se duas coisas estão fisicamente separadas, uma não exerce efeito algum sobre a |
outra — não existiria a menor conexão entre elas. Mas essas convicções mudaram nos últimos anos do |
século. |
Foi nessa época que o biologista quântico Vladimir Poponin relatou a pesquisa que ele e seus colegas, |
incluindo Peter Gariaev, estavam fazendo na Russian Academy of Sciences. Em um artigo que apareceu |
nos Estados Unidos em 1995, os dois cientistas descreveram uma série de experimentos indicando que o |
DNA humano afetava diretamente o mundo físico por meio do que eles acreditavam ser um novo campo |
de energia, um campo que unia o DNA ao mundo físico8 |
. Minha impressão é que o campo com que eles |
acabaram trabalhando não era "realmente novo", no sentido mais verdadeiro da palavra. O mais provável é |
que esse campo sempre tenha existido, simplesmente nunca tendo sido reconhecido pelo fato de ser uma |
forma de energia para a qual ainda não existiam equipamentos adequados de medição. |
O Dr. Poponin visitava uma instituição norte-americana quando esses experimentos foram repetidos e |
publicados. O quanto esse estudo, "The DNA Phantom Effect", nos diz acerca do nosso mundo, talvez |
esteja mais bem resumido nas próprias palavras de Poponin. Na introdução do seu relatório, ele diz: |
"Acreditamos que essa descoberta tenha uma enorme importância para a explicação e a compreensão mais |
profunda dos mecanismos subjacentes a fenômenos de energia sutis, inclusive de muitos fenômenos de |
curas alternativas observadas". |
Mas, afinal, o que realmente Poponin está nos dizendo aqui? O experimento I descreve um efeito |
ilusório e o que esse efeito nos conta a respeito de nossa relação com o mundo, com nosso semelhante e |
com o universo além de nós. [...] É totalmente voltado para nós e para o nosso DNA. |