as maravilhas do
as maravilhas do |
diálogo interior. |
Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam |
aceitáveis para ti, Senhor, minha rocha e meu redentor. |
aravilhas vão acontecer na sua vida quando os pensamentos e |
sentimentos interiores concordarem com as palavras que saem da sua |
boca. A propósito disso, eu gostaria de mencionar o seguinte caso: um |
homem estava envolvido em um processo judicial demorado que, além de |
um tempo considerável, vinha consumindo muito dinheiro por conta das |
despesas com advogados. Ele estava esgotado, amargo e hostil em relação à |
outra parte e aos seus próprios advogados. O seu diálogo interior, que |
representa os seus pensamentos internos, silenciosos e não externados, era |
mais ou menos assim: “É um caso perdido! Já vem se arrastando há cinco |
anos; estou sendo passado para trás. É inútil continuar. O melhor que |
tenho a fazer é desistir” etc. Expliquei a ele que esse diálogo interior era |
altamente destrutivo e estava, sem dúvida, desempenhando um importante |
papel no prolongamento do caso. Jó disse o seguinte: “Aquilo que eu mais |
temia me aconteceu.” |
O homem mudou de forma radical o seu diálogo interior e exterior |
quando entendeu completamente o que vinha fazendo consigo mesmo. Na |
verdade, ele estivera rezando contra si mesmo. Eu lhe fiz uma única |
pergunta: “O que você diria se eu lhe informasse neste minuto que uma |
solução perfeita e harmoniosa foi alcançada e que toda a questão foi |
concluída?” |
O homem respondeu o seguinte: “Ficaria encantado e eternamente |
grato. Eu me sentiria maravilhosamente bem por saber que tudo terminou.” |
Ele concordou, a partir daquele momento, em adotar medidas para |
garantir que o seu diálogo interior, como destacou Ouspensky, |
2 estaria |
alinhado com o seu objetivo. O homem passou, então, a fazer regular e |
sistematicamente a seguinte oração que lhe sugeri: “Agradeço pela solução |
perfeita e harmoniosa que surgiu da sabedoria do Onissapiente.” Ele repetiu |
frequentemente essa frase para si mesmo durante o dia. Quando |
dificuldades, atrasos, reveses, discussões e o medo lhe vinham à cabeça, ele |
afirmava silenciosamente essa verdade. Parou completamente de fazer |
declarações verbais negativas e começou a vigiar o seu diálogo interior, por |
saber que este último sempre se manifestaria. O que sentimos |
interiormente é o que expressamos. Podemos dizer uma coisa com a boca e |
sentir outra no coração, mas é o que sentimos que é reproduzido na tela do |
espaço. Nunca devemos afirmar internamente o que não desejamos |
vivenciar externamente. Os lábios e o coração devem concordar, e quando |
isso acontece, a nossa oração é atendida. |
Precisamos vigiar o nosso estado psicológico interior. Algumas pessoas |
resmungam consigo mesmas, são invejosas, ciumentas, fervilham de raiva e |
hostilidade. Essa atitude mental é altamente destrutiva e deixa no seu |
rastro o caos, a doença e a privação. Você certamente conhece alguém que |
se justifica, que diz a si mesmo que tem o direito de ficar zangado, de tentar |
se vingar e procurar ajustar as contas. Essa pessoa está tocando um velho |
disco na vitrola do subconsciente que recita todos os álibis, desculpas e |
justificativas para o seu estado fervilhante. É bem provável que esse |
indivíduo não saiba que esse estado mental o faz perder energia psíquica |
em grande escala, tornando-o ineficiente e confuso. O diálogo interior |
negativo de uma pessoa geralmente é direcionado contra outra. |
Conversei recentemente com um homem que me contou que tinha sido |
tratado com desprezo, que sentia um ódio imenso do seu ex-empregador e |
que planejava se vingar. Esse homem tinha úlceras no estômago causadas |
pelo tumulto e irritação interiores. Expliquei que ele vinha registrando |
impressões muitos destrutivas de raiva e ressentimento na sua mente |
subconsciente, que sempre manifesta aquilo que é gravado nela. Essas |
emoções destrutivas precisam ter um escoadouro; no caso dele, tinham se |
materializado como neurose e úlceras. |
Esse homem reverteu os seus processos mentais, liberando o exempregador no oceano ilimitado do amor de Deus e desejando para ele |
todas as bênçãos do céu. Ao mesmo tempo, preencheu a mente com as |
verdades de Deus, identificando-se com a presença de cura infinita e |
compreendendo que a harmonia, a paz e a perfeição do ser infinito estavam |
saturando a sua mente e o seu corpo, tornando-o sadio em todos os |
aspectos. As vibrações espirituais que lhe permearam a mente foram |
transmitidas para todo o seu sistema, e as células do seu corpo adquiriram |
uma nova qualidade espiritual que resultaram na cura da sua condição |
dissonante. |
A Bíblia diz o seguinte: “Se dois dentre vós concordarem na terra acerca |
de qualquer coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai que |
está nos céus.” Quem são esses dois? O texto está se referindo a você e ao |
seu desejo, ou seja, se você aceitar mentalmente o seu desejo, a mente |
subconsciente o tornará realidade, porque o consciente e o subconsciente |
concordaram ou se sincronizaram. Os dois, quando concordam, |
representam o pensamento e o sentimento, a ideia e a emoção. Se você |
conseguir conferir emoção ao conceito, o aspecto masculino e o feminino da |
sua mente terão concordado e haverá um resultado, a saber, a oração |
atendida. |
É preciso lembrar que o que quer que aceitemos ou sintamos ser verdade |
é impregnado na mente subconsciente. O subconsciente é o veículo |
criativo; a tendência dele, como ressalta Troward, |
3 é sempre em direção à |
vida. Ele controla todos os órgãos vitais, é a sede da memória e o agente de |
cura do corpo. O subconsciente é alimentado por fontes ocultas e se |
identifica com a inteligência infinita e o poder infinito. |
É muito importante dar as instruções adequadas ao subconsciente. Se |
uma pessoa, por exemplo, se concentra em obstáculos, atrasos, dificuldades |
e obstruções à sua programação, o subconsciente vai entender essas ideias |
como um pedido e passará a produzir dificuldades e contratempos na |
experiência desse indivíduo. Procure sempre alimentar o subconsciente com |
premissas que sejam verdadeiras. |
Que tipo de diálogo interior que não é expresso em voz alta tem lugar |
em você o tempo todo? É o seu diálogo interior que o subconsciente escuta |
e ao qual obedece. O subconsciente registra os seus pensamentos e |
sentimentos silenciosos, e é um gravador muito fiel. Ele registra tudo e toca |
o disco gravado para você na forma de experiências, condições e eventos. |
Você não precisa viajar psicologicamente com o medo, a dúvida, a |
ansiedade e a raiva. Nenhuma lei determina que você tenha que viajar com |
bandidos, assassinos, criminosos, invasores e ladrões na sua mente. Se você |
continuar a convidar esses ladrões e outros marginais para a sua mente, eles |
vão privá-lo da sua saúde, felicidade, paz e prosperidade, tornando-o um |
desastre físico e mental. |
A pressão sanguínea de uma mulher era superior a vinte, o que |
provocava intensas crises de enxaqueca. E a causa de tudo isso era o seu |
diálogo interior destrutivo. Ela sentia que uma certa pessoa não a tinha |
tratado corretamente e se tornou muita negativa em relação a ela. A |
mulher justificava para si mesma que era adequado ser hostil e antipática |
com a pessoa em questão, e permitiu que a situação se prolongasse por |
várias semanas, encontrando-se, portanto, em um estado emocional |
profundamente perturbado. Essa atitude negativa drenava a sua força, |
causando mudanças fisiológicas na sua corrente sanguínea. Em suas |
próprias palavras, ela estava prestes a explodir de raiva. A pressão interior, a |
crescente tensão e a fervilhante hostilidade eram a causa da hipertensão, |
aliada à enxaqueca, que a castigava. |
Essa mulher começou a praticar as maravilhas do diálogo espiritual |
interior. Compreendeu que estivera se envenenando e que a outra pessoa |
não era de modo nenhum responsável pela maneira como ela pensava ou |
se sentia a respeito de si mesma. Ela era a única pensadora no seu universo, |
e estivera alimentando pensamentos malévolos, destrutivos e malintencionados que eram venenosos para todo o seu sistema. Começou a |
entender e perceber que ninguém poderia tocá-la a não ser por meio dos |
seus próprios pensamentos ou da sua atividade mental. Tudo o que tinha |
que fazer para praticar as maravilhas do verdadeiro diálogo espiritual |
interior era se identificar com o seu propósito, que era paz, saúde, |
felicidade, alegria, serenidade e tranquilidade. A mulher começou a se |
identificar com o rio da paz de Deus e o amor de Deus, que circulavam |
através dela como um rio amarelo-dourado que reconfortava, restaurava e |
revigorava a sua mente e o seu corpo. |
Ela passou a rezar em silêncio, durante quinze minutos, três ou quatro |
vezes por dia. Os seus pensamentos e sentimentos interiores eram os |
seguintes: “Deus é amor, e o amor Dele invade a minha alma. Deus é paz, e |
a paz Dele preenche a minha mente e o meu corpo. Deus é saúde perfeita, |
e a saúde Dele é a minha saúde. Deus é alegria, a alegria Dele é a minha |
alegria, e eu me sinto maravilhosa.” Esse tipo de diálogo interior, que |
representava os seus pensamentos interiores a respeito de Deus e das |
qualidades Dele, produziu um completo sentimento de equilíbrio, |
estabilidade e harmonia na sua mente e no seu corpo. Quando |
pensamentos sobre a outra mulher lhe vinham à cabeça, ela imediatamente |
se identificava com o seu propósito: a paz de Deus. Ela descobriu as |
maravilhas do verdadeiro diálogo interior quando os seus lábios e o seu |
coração passaram a se unir e se identificar com as eternas verdades de |
Deus, tornando-se com isso impermeável ao impacto de ideias e |
pensamentos negativos. |
Como você lida com as pessoas na sua mente? Esse é o teste decisivo da |
verdade que liberta. Se você enxerga o Deus que existe nelas, isso é |
maravilhoso, porque você está praticando as maravilhas do diálogo interior |
de um ponto de vista construtivo, já que está se identificando com o seu |
propósito, que é Deus ou o bem. Ouspensky salientou que o nosso diálogo |
interior deve sempre concordar com o nosso objetivo. |
Um jovem tinha um propósito: ter uma saúde perfeita. No entanto, sua |
mente consciente sempre lhe lembrava de que ele sofria de uma doença no |
sangue há anos. O rapaz estava tomado pela ansiedade, medo e dúvida. Os |
familiares não paravam de lhe lembrar de que a enfermidade era |
duradoura e que ele talvez nunca se curasse. É claro que o seu |
subconsciente estava recebendo todas essas impressões negativas, e o rapaz |
não conseguia melhorar. Era necessário que o seu diálogo interior |
concordasse com o seu propósito. Em outras palavras, as duas fases da sua |
mente tinham que concordar e estar em sincronia. Esse jovem começou a |
ter uma conversa diferente com o seu subconsciente. Recomendei a ele, |
que me ouviu ávida e atentamente, que afirmasse devagar, com |
tranquilidade, delicadeza, amor e sentimento, várias vezes por dia: “A |
inteligência criativa criou o meu corpo e está criando o meu sangue agora. |
A presença restauradora sabe como curar e está transformando, agora, cada |
célula do meu corpo conforme o padrão de Deus. Eu ouço e vejo o médico |
me dizendo que estou saudável. Tenho essa imagem na mente agora, eu o |
vejo com clareza, ouço a sua voz e ele está me dizendo: ‘John, você está |
curado. É um milagre!’ Eu sei que essas imagens construtivas estão |
descendo à minha mente subconsciente, onde estão sendo reveladas e |
implementadas. Eu sei que ela está em contato com o Ser infinito e a |
sabedoria, e o poder Dele está tornando o meu pedido realidade, apesar de |
todas as evidências palpáveis em contrário. Eu sinto e acredito nisso, e estou |
neste momento me identificando com o meu objetivo: ter uma saúde |
perfeita. Este é o meu diálogo interior de manhã, à tarde e à noite.” |
O rapaz repetia essa oração de dez a quinze minutos quatro ou cinco |
vezes por dia, especialmente antes de dormir. Devido ao hábito, de vez em |
quando a sua mente se descontrolava, afligindo-se, estressando-se, |
preocupando-se, repassando o veredito dos outros e os seus repetidos |
fracassos anteriores no processo de cura. Quando esses pensamentos lhe |
vinham à cabeça, ele dava a ordem: “Parem! Eu sou o Senhor. Todos os |
pensamentos, imagens e respostas precisam me obedecer. De agora em |
diante, todos os meus pensamentos giram em torno de Deus e do Seu |
maravilhoso poder de cura. É dessa maneira que alimento o meu |
subconsciente. Eu me identifico o tempo todo com Deus, e é assim que |
penso e me sinto interiormente: ‘Obrigado, Pai.’ Faço isso cem ou mil vezes |
por dia, se for necessário.” |
Em três meses, o jovem ficou curado da doença no sangue. Essa é a |
maravilha do verdadeiro diálogo, quando o diálogo interior é o mesmo que |
aconteceria se você já tivesse recebido a resposta à sua oração. Acredita que |
o tens agora e o receberás. Por meio da prece, da repetição e da meditação, |
ele conseguiu levar a sua mente subconsciente a concordar com o seu |
desejo; em seguida, o poder criativo de Deus respondeu em concordância. |
A tua fé te curou. |
Uma mulher de sessenta e sete anos me relatou todos os motivos pelos |
quais não poderia se casar; posteriormente, ela começou a praticar em |
silêncio o diálogo interior correto da seguinte maneira: “Eu lhe agradeço, |
Pai, pelo meu companheiro perfeito, ideal e divino.” Ela repetiu essa frase |
para si mesma muitas vezes por dia; passado algum tempo, esse conceito foi |
registrado no subconsciente e ela conheceu um farmacêutico aposentado |
com quem se casou. Os dois são verdadeiramente felizes. O discurso |
interior dessa mulher era idêntico ao seu objetivo. Ela falava interiormente |
como se o que desejava já tivesse ocorrido, o que era verdade, já que tinha |
acontecido no único lugar onde poderia acontecer, ou seja, na sua mente. |
Eis um exemplo do diálogo interior feito da forma errada: certa mulher, |
membro da nossa organização, estava tentando vender uma casa havia três |
anos. Ela decretava: “Entrego esta bela casa para a mente infinita. Sei que |
ela é vendida na ordem divina para a pessoa certa com o preço correto. |
Agradeço agora que tudo esteja resolvido.” Essa era a sua oração, e não há |
nada errado com ela, mas a mulher constantemente a neutralizava ao dizer |
em silêncio para si mesma: “As coisas estão devagar, o preço está alto |
demais, as pessoas não têm dinheiro. O que há de errado comigo? Por que |
não consigo vender a casa?” É fácil perceber que ela estava tornando sua |
oração sem efeito. |
O homem é aquilo que pensa no coração. O diálogo interior da mulher |
era muito negativo, e era assim que ela realmente se sentia com relação ao |
assunto, de modo que esse estado mental se manifestou durante três anos. |
Ela então reverteu o procedimento: todas as noites e todas as manhãs |
fechava os olhos durante cinco ou seis minutos e imaginava este autor |
parabenizando-a pela venda. Durante o dia, o diálogo interior era o |
seguinte: “Agradeço pela venda da minha casa; o comprador está |
prosperando e é abençoado por causa dessa compra.” A repetição da frase |
foi registrada na sua mente subconsciente, que fez com que a transação se |
manifestasse. Uma semana depois, um homem que se sentou ao lado dela |
na igreja comprou a casa e ficou muito satisfeito. A mulher compreendeu |
que é impossível avançar em duas direções ao mesmo tempo. |
Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam |
aceitáveis para ti, Senhor, minha rocha e meu redentor. |