as maravilhas do
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as maravilhas do

as maravilhas do

anderson
13 min
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as maravilhas do

diálogo interior.

Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam

aceitáveis para ti, Senhor, minha rocha e meu redentor.

aravilhas vão acontecer na sua vida quando os pensamentos e

sentimentos interiores concordarem com as palavras que saem da sua

boca. A propósito disso, eu gostaria de mencionar o seguinte caso: um

homem estava envolvido em um processo judicial demorado que, além de

um tempo considerável, vinha consumindo muito dinheiro por conta das

despesas com advogados. Ele estava esgotado, amargo e hostil em relação à

outra parte e aos seus próprios advogados. O seu diálogo interior, que

representa os seus pensamentos internos, silenciosos e não externados, era

mais ou menos assim: “É um caso perdido! Já vem se arrastando há cinco

anos; estou sendo passado para trás. É inútil continuar. O melhor que

tenho a fazer é desistir” etc. Expliquei a ele que esse diálogo interior era

altamente destrutivo e estava, sem dúvida, desempenhando um importante

papel no prolongamento do caso. Jó disse o seguinte: “Aquilo que eu mais

temia me aconteceu.” 

O homem mudou de forma radical o seu diálogo interior e exterior

quando entendeu completamente o que vinha fazendo consigo mesmo. Na

verdade, ele estivera rezando contra si mesmo. Eu lhe fiz uma única

pergunta: “O que você diria se eu lhe informasse neste minuto que uma

solução perfeita e harmoniosa foi alcançada e que toda a questão foi

concluída?”

O homem respondeu o seguinte: “Ficaria encantado e eternamente

grato. Eu me sentiria maravilhosamente bem por saber que tudo terminou.”

Ele concordou, a partir daquele momento, em adotar medidas para

garantir que o seu diálogo interior, como destacou Ouspensky,

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alinhado com o seu objetivo. O homem passou, então, a fazer regular e

sistematicamente a seguinte oração que lhe sugeri: “Agradeço pela solução

perfeita e harmoniosa que surgiu da sabedoria do Onissapiente.” Ele repetiu

frequentemente essa frase para si mesmo durante o dia. Quando

dificuldades, atrasos, reveses, discussões e o medo lhe vinham à cabeça, ele

afirmava silenciosamente essa verdade. Parou completamente de fazer

declarações verbais negativas e começou a vigiar o seu diálogo interior, por

saber que este último sempre se manifestaria. O que sentimos

interiormente é o que expressamos. Podemos dizer uma coisa com a boca e

sentir outra no coração, mas é o que sentimos que é reproduzido na tela do

espaço. Nunca devemos afirmar internamente o que não desejamos

vivenciar externamente. Os lábios e o coração devem concordar, e quando

isso acontece, a nossa oração é atendida.

Precisamos vigiar o nosso estado psicológico interior. Algumas pessoas

resmungam consigo mesmas, são invejosas, ciumentas, fervilham de raiva e

hostilidade. Essa atitude mental é altamente destrutiva e deixa no seu

rastro o caos, a doença e a privação. Você certamente conhece alguém que

se justifica, que diz a si mesmo que tem o direito de ficar zangado, de tentar

se vingar e procurar ajustar as contas. Essa pessoa está tocando um velho

disco na vitrola do subconsciente que recita todos os álibis, desculpas e

justificativas para o seu estado fervilhante. É bem provável que esse

indivíduo não saiba que esse estado mental o faz perder energia psíquica

em grande escala, tornando-o ineficiente e confuso. O diálogo interior

negativo de uma pessoa geralmente é direcionado contra outra.

Conversei recentemente com um homem que me contou que tinha sido

tratado com desprezo, que sentia um ódio imenso do seu ex-empregador e

que planejava se vingar. Esse homem tinha úlceras no estômago causadas

pelo tumulto e irritação interiores. Expliquei que ele vinha registrando

impressões muitos destrutivas de raiva e ressentimento na sua mente

subconsciente, que sempre manifesta aquilo que é gravado nela. Essas

emoções destrutivas precisam ter um escoadouro; no caso dele, tinham se

materializado como neurose e úlceras.

Esse homem reverteu os seus processos mentais, liberando o exempregador no oceano ilimitado do amor de Deus e desejando para ele

todas as bênçãos do céu. Ao mesmo tempo, preencheu a mente com as

verdades de Deus, identificando-se com a presença de cura infinita e

compreendendo que a harmonia, a paz e a perfeição do ser infinito estavam

saturando a sua mente e o seu corpo, tornando-o sadio em todos os

aspectos. As vibrações espirituais que lhe permearam a mente foram

transmitidas para todo o seu sistema, e as células do seu corpo adquiriram

uma nova qualidade espiritual que resultaram na cura da sua condição

dissonante.

A Bíblia diz o seguinte: “Se dois dentre vós concordarem na terra acerca

de qualquer coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai que

está nos céus.” Quem são esses dois? O texto está se referindo a você e ao

seu desejo, ou seja, se você aceitar mentalmente o seu desejo, a mente

subconsciente o tornará realidade, porque o consciente e o subconsciente

concordaram ou se sincronizaram. Os dois, quando concordam,

representam o pensamento e o sentimento, a ideia e a emoção. Se você

conseguir conferir emoção ao conceito, o aspecto masculino e o feminino da

sua mente terão concordado e haverá um resultado, a saber, a oração

atendida.

É preciso lembrar que o que quer que aceitemos ou sintamos ser verdade

é impregnado na mente subconsciente. O subconsciente é o veículo

criativo; a tendência dele, como ressalta Troward,

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vida. Ele controla todos os órgãos vitais, é a sede da memória e o agente de

cura do corpo. O subconsciente é alimentado por fontes ocultas e se

identifica com a inteligência infinita e o poder infinito.

É muito importante dar as instruções adequadas ao subconsciente. Se

uma pessoa, por exemplo, se concentra em obstáculos, atrasos, dificuldades

e obstruções à sua programação, o subconsciente vai entender essas ideias

como um pedido e passará a produzir dificuldades e contratempos na

experiência desse indivíduo. Procure sempre alimentar o subconsciente com

premissas que sejam verdadeiras.

Que tipo de diálogo interior que não é expresso em voz alta tem lugar

em você o tempo todo? É o seu diálogo interior que o subconsciente escuta

e ao qual obedece. O subconsciente registra os seus pensamentos e

sentimentos silenciosos, e é um gravador muito fiel. Ele registra tudo e toca

o disco gravado para você na forma de experiências, condições e eventos.

Você não precisa viajar psicologicamente com o medo, a dúvida, a

ansiedade e a raiva. Nenhuma lei determina que você tenha que viajar com

bandidos, assassinos, criminosos, invasores e ladrões na sua mente. Se você

continuar a convidar esses ladrões e outros marginais para a sua mente, eles

vão privá-lo da sua saúde, felicidade, paz e prosperidade, tornando-o um

desastre físico e mental.

A pressão sanguínea de uma mulher era superior a vinte, o que

provocava intensas crises de enxaqueca. E a causa de tudo isso era o seu

diálogo interior destrutivo. Ela sentia que uma certa pessoa não a tinha

tratado corretamente e se tornou muita negativa em relação a ela. A

mulher justificava para si mesma que era adequado ser hostil e antipática

com a pessoa em questão, e permitiu que a situação se prolongasse por

várias semanas, encontrando-se, portanto, em um estado emocional

profundamente perturbado. Essa atitude negativa drenava a sua força,

causando mudanças fisiológicas na sua corrente sanguínea. Em suas

próprias palavras, ela estava prestes a explodir de raiva. A pressão interior, a

crescente tensão e a fervilhante hostilidade eram a causa da hipertensão,

aliada à enxaqueca, que a castigava.

Essa mulher começou a praticar as maravilhas do diálogo espiritual

interior. Compreendeu que estivera se envenenando e que a outra pessoa

não era de modo nenhum responsável pela maneira como ela pensava ou

se sentia a respeito de si mesma. Ela era a única pensadora no seu universo,

e estivera alimentando pensamentos malévolos, destrutivos e malintencionados que eram venenosos para todo o seu sistema. Começou a

entender e perceber que ninguém poderia tocá-la a não ser por meio dos

seus próprios pensamentos ou da sua atividade mental. Tudo o que tinha

que fazer para praticar as maravilhas do verdadeiro diálogo espiritual

interior era se identificar com o seu propósito, que era paz, saúde,

felicidade, alegria, serenidade e tranquilidade. A mulher começou a se

identificar com o rio da paz de Deus e o amor de Deus, que circulavam

através dela como um rio amarelo-dourado que reconfortava, restaurava e

revigorava a sua mente e o seu corpo.

Ela passou a rezar em silêncio, durante quinze minutos, três ou quatro

vezes por dia. Os seus pensamentos e sentimentos interiores eram os

seguintes: “Deus é amor, e o amor Dele invade a minha alma. Deus é paz, e

a paz Dele preenche a minha mente e o meu corpo. Deus é saúde perfeita,

e a saúde Dele é a minha saúde. Deus é alegria, a alegria Dele é a minha

alegria, e eu me sinto maravilhosa.” Esse tipo de diálogo interior, que

representava os seus pensamentos interiores a respeito de Deus e das

qualidades Dele, produziu um completo sentimento de equilíbrio,

estabilidade e harmonia na sua mente e no seu corpo. Quando

pensamentos sobre a outra mulher lhe vinham à cabeça, ela imediatamente

se identificava com o seu propósito: a paz de Deus. Ela descobriu as

maravilhas do verdadeiro diálogo interior quando os seus lábios e o seu

coração passaram a se unir e se identificar com as eternas verdades de

Deus, tornando-se com isso impermeável ao impacto de ideias e

pensamentos negativos.

Como você lida com as pessoas na sua mente? Esse é o teste decisivo da

verdade que liberta. Se você enxerga o Deus que existe nelas, isso é

maravilhoso, porque você está praticando as maravilhas do diálogo interior

de um ponto de vista construtivo, já que está se identificando com o seu

propósito, que é Deus ou o bem. Ouspensky salientou que o nosso diálogo

interior deve sempre concordar com o nosso objetivo.

Um jovem tinha um propósito: ter uma saúde perfeita. No entanto, sua

mente consciente sempre lhe lembrava de que ele sofria de uma doença no

sangue há anos. O rapaz estava tomado pela ansiedade, medo e dúvida. Os

familiares não paravam de lhe lembrar de que a enfermidade era

duradoura e que ele talvez nunca se curasse. É claro que o seu

subconsciente estava recebendo todas essas impressões negativas, e o rapaz

não conseguia melhorar. Era necessário que o seu diálogo interior

concordasse com o seu propósito. Em outras palavras, as duas fases da sua

mente tinham que concordar e estar em sincronia. Esse jovem começou a

ter uma conversa diferente com o seu subconsciente. Recomendei a ele,

que me ouviu ávida e atentamente, que afirmasse devagar, com

tranquilidade, delicadeza, amor e sentimento, várias vezes por dia: “A

inteligência criativa criou o meu corpo e está criando o meu sangue agora.

A presença restauradora sabe como curar e está transformando, agora, cada

célula do meu corpo conforme o padrão de Deus. Eu ouço e vejo o médico

me dizendo que estou saudável. Tenho essa imagem na mente agora, eu o

vejo com clareza, ouço a sua voz e ele está me dizendo: ‘John, você está

curado. É um milagre!’ Eu sei que essas imagens construtivas estão

descendo à minha mente subconsciente, onde estão sendo reveladas e

implementadas. Eu sei que ela está em contato com o Ser infinito e a

sabedoria, e o poder Dele está tornando o meu pedido realidade, apesar de

todas as evidências palpáveis em contrário. Eu sinto e acredito nisso, e estou

neste momento me identificando com o meu objetivo: ter uma saúde

perfeita. Este é o meu diálogo interior de manhã, à tarde e à noite.”

O rapaz repetia essa oração de dez a quinze minutos quatro ou cinco

vezes por dia, especialmente antes de dormir. Devido ao hábito, de vez em

quando a sua mente se descontrolava, afligindo-se, estressando-se,

preocupando-se, repassando o veredito dos outros e os seus repetidos

fracassos anteriores no processo de cura. Quando esses pensamentos lhe

vinham à cabeça, ele dava a ordem: “Parem! Eu sou o Senhor. Todos os

pensamentos, imagens e respostas precisam me obedecer. De agora em

diante, todos os meus pensamentos giram em torno de Deus e do Seu

maravilhoso poder de cura. É dessa maneira que alimento o meu

subconsciente. Eu me identifico o tempo todo com Deus, e é assim que

penso e me sinto interiormente: ‘Obrigado, Pai.’ Faço isso cem ou mil vezes

por dia, se for necessário.”

Em três meses, o jovem ficou curado da doença no sangue. Essa é a

maravilha do verdadeiro diálogo, quando o diálogo interior é o mesmo que

aconteceria se você já tivesse recebido a resposta à sua oração. Acredita que

o tens agora e o receberás. Por meio da prece, da repetição e da meditação,

ele conseguiu levar a sua mente subconsciente a concordar com o seu

desejo; em seguida, o poder criativo de Deus respondeu em concordância.

A tua fé te curou.

Uma mulher de sessenta e sete anos me relatou todos os motivos pelos

quais não poderia se casar; posteriormente, ela começou a praticar em

silêncio o diálogo interior correto da seguinte maneira: “Eu lhe agradeço,

Pai, pelo meu companheiro perfeito, ideal e divino.” Ela repetiu essa frase

para si mesma muitas vezes por dia; passado algum tempo, esse conceito foi

registrado no subconsciente e ela conheceu um farmacêutico aposentado

com quem se casou. Os dois são verdadeiramente felizes. O discurso

interior dessa mulher era idêntico ao seu objetivo. Ela falava interiormente

como se o que desejava já tivesse ocorrido, o que era verdade, já que tinha

acontecido no único lugar onde poderia acontecer, ou seja, na sua mente.

Eis um exemplo do diálogo interior feito da forma errada: certa mulher,

membro da nossa organização, estava tentando vender uma casa havia três

anos. Ela decretava: “Entrego esta bela casa para a mente infinita. Sei que

ela é vendida na ordem divina para a pessoa certa com o preço correto.

Agradeço agora que tudo esteja resolvido.” Essa era a sua oração, e não há

nada errado com ela, mas a mulher constantemente a neutralizava ao dizer

em silêncio para si mesma: “As coisas estão devagar, o preço está alto

demais, as pessoas não têm dinheiro. O que há de errado comigo? Por que

não consigo vender a casa?” É fácil perceber que ela estava tornando sua

oração sem efeito.

O homem é aquilo que pensa no coração. O diálogo interior da mulher

era muito negativo, e era assim que ela realmente se sentia com relação ao

assunto, de modo que esse estado mental se manifestou durante três anos.

Ela então reverteu o procedimento: todas as noites e todas as manhãs

fechava os olhos durante cinco ou seis minutos e imaginava este autor

parabenizando-a pela venda. Durante o dia, o diálogo interior era o

seguinte: “Agradeço pela venda da minha casa; o comprador está

prosperando e é abençoado por causa dessa compra.” A repetição da frase

foi registrada na sua mente subconsciente, que fez com que a transação se

manifestasse. Uma semana depois, um homem que se sentou ao lado dela

na igreja comprou a casa e ficou muito satisfeito. A mulher compreendeu

que é impossível avançar em duas direções ao mesmo tempo.

Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam

aceitáveis para ti, Senhor, minha rocha e meu redentor.